A sexta feira de Bruno começou devagar, recebeu a ligação matinal de Julia, coisa que ela sempre faz porque simplesmente não sabe viver sem o irmão. Pelo menos é o que ele pensa já que ela não perde essa mania desde o dia que ele saiu de casa para morar sozinho.
Após lembrar, graças a irmã, que ela e seus pais iriam para o Rio de Janeiro visitar a tia Joana, e seus primos antes do casamento da Jennifer e do Victor daqui algumas semanas, Bruno abriu a geladeira e percebeu apreensivo que não tinha absolutamente nada para comer, quase sempre comia na casa da mãe então mal reparava no seu estoque de comida. Este fim de semana ele ia precisar cozinhar e só de pensar nisso fica ainda mais desanimado.
Vestiu uma bermuda, camisa e chinelo e foi até a padaria da rua de trás para comprar pão e manteiga e fez uma anotação mental de que precisava ir ao supermercado para encher sua dispensa. Mas ainda era cedo demais, o sol mal nascera e o mercado ainda estava fechado.
Na volta para casa, reparou que a casa do vizinho não estava mais vazia, pelo menos é o que parece já que tem um táxi com a mala aberta bem em frente à casa. Pensou primeiro que era Seu Beto, mas porque o táxi? E a placa de "Aluga-se" não estava mais lá.
Deu de ombros e entrou em casa para tomar café e comer seu pão calmamente. Não tinha tantos motivos para correr para o trabalho já que ele só iria receber novas informações ainda naquela tarde, então decidiu que não iria esperar mais para fazer compras. Ligou para Fausto dizendo que precisava ir a um lugar antes de ir para o escritório e ele nem se importou.
Bruno nunca fora assim, sempre foi ativo, sempre tinha um monte de coisas para fazer, mas de um tempo pra cá muitas coisas não lhe davam tanto prazer quanto antes. Gostava de sair a noite para bares com os amigos, era focado na academia, não faltava um dia. Mas agora ele arruma desculpa para quase tudo.
Então assim que terminou de comer se forçou a sair para o mercado que não ficava tão longe. Colocou tênis, uma roupa confortável e aproveitou o tempo ameno para dar uma corrida até o mercado.
Chegando lá pegou um carrinho e andou de corredor em corredor procurando o que ele conseguiria cozinhar sem queimar ou se enrolar. Nunca foi bom cozinhando.
O mercado é grande e uma parte dele está em reforma. Uma reforma bem demorada por sinal. Bem ao lado dos congelados onde ele está considerando se leva o carrinho cheio disso para não precisar cozinhar. Olhava as lasanhas e os nuggets, viu um movimento com seu canto de olho e fixou o olhar na loira que estava absorta em suas compras. Ele não sabia o que tinha acontecido para aquela mulher chamar sua atenção, mas ele continuou olhando a bela mulher distraída quando escuta um grande estalo.
De onde ele estava , pode ver uma sobra no pano branco que dividia o mercado da parte em reforma. Esta sombra estava cada vez maior e bem na direção estava a loira bonita. Sem pensar duas vezes Bruno largou seu carrinho de compras e correu de encontro a mulher que não tinha até agora reparado que alguma coisa estava vindo em sua direção.
A mulher levou um tremendo susto quando um homem enorme veio correndo em sua direção e a pegou em seus braços fortes derrubando-a no chão com grande força, mas não reclamou como pretendia depois que viu uma estrutura de quase três metros de puro ferro cair próximo aos seus pés.
Foi uma comoção geral no mercado, mesmo que não estivesse muito cheio, todos os funcionários e clientes correram para ver o que tinha acontecido.
-Você esta bem? - Bruno perguntou para a mulher que ainda estava caída no chão, mas segura em seus braços.
A loira ainda estava em choque, mas moveu a cabeça positivamente ao som da voz de Bruno.
- Ótimo, eu vou levantar e te ajudo, ok? - Ela confirmou novamente.
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Sob Sua Vigilância
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