Amores recíprocos

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Sasuke estava de boca aberta com tudo que sua mãe relatou na carta.

_ De onde mamãe tirou isso?

_ Acredito que dá conversa que teve com sua Sakura.

_ Infelizmente ela não é minha. - disse dobrando o papel e colocando no bolso. _ Sakura nunca deu indícios que sentia algo por mim. - apertou o peito com força.

_ Sasuke, apenas volte para a casa e diga com todas as palavras o que sente por ela. - suspirou Itachi. _ Mas diga exatamente o que sente, sem enrolação ou tentativa de adivinhação.

Sasuke o olhou confuso.

_ Você a ama e nunca disse a ela. Ela o amo e nunca te disse. - gesticulava enquanto falava. _ Como diabos vocês queriam que soubesse de ambos os sentimentos?

_ É complicado. - respondeu o moreno mais novo. _ Sakura é uma pessoa muito sofrida e desconfiada em relação ao amor, então eu teria que ir com calma. E eu iria se tivesse escolha. Essa carta da mãe me deixou com mais dor.

_ Você mesmo está tirando sua escolha! Não foi você quem fez o acordo foi o pai, então vá a casa Hyuuga e diga a Hinata que você ama outra e para o pai dela que não existe acordo com você!

_ Mas…

_ Ora, Chega! - se irritou o mais velho. _ Irá perder a Sakura, espero que saiba disso. - se levantou. _ Fiz minha parte agora é com você. - deu dois passos e voltou ao irmão. _ Vi Konohamaru conversando com Jiraya antes de vir aqui, ele estava com o chapéu nas mãos em forma de respeito e bem vestido.

_ E o que isso tem a ver com o assunto? - perguntou confuso.

_ Assim como Konoha inteira sabe que você lamberia o chão que Sakura pisa, sabem sobre o jovem Sarutobi também. - piscou o olho e saiu rindo do rosto vermelho de raiva do irmão. _ Sakura Sarutobi soa bem, não acha? - disse alto para que ele pudesse escutar.

_ Não! Não acho! - gritou de volta. _ Dana-se os Hyuugas! - disse juntando suas coisas e enfiando na pequena mala de mão que trouxe. Parou em seguida refletindo. _ Mas eu deveria dar uma explicação a Hinata.

Com tudo isso acertado em sua mente, saiu para dar um fim aos seus sofrimentos.

Em alguns minutos se encontrava sentado no sofá da sala de visita com uma Hinata sorrindo forçada, e mais pálida que o normal.

_ Sente-se bem Hinata?

_ Oh.. Sim!

Não, não sentia. E não tinha nada de errado com seu físico e sim com seu espírito. Ela não queria se casar, mas a semana toda seu pai vinha dizendo que a qualquer momento o jovem Uchiha iria vir fazer tal pedido. E ela tinha esperança de Naruto ter falado com o amigo, mas pelo visto isso não aconteceu.

Ela não imaginava que o loiro já havia se adiantado e falado com seu pai, que o repeliu e disse que a filha já estava noiva, deixando o jovem médico totalmente de mãos dadas, mas não derrotado. Ele falaria com Sasuke, diria que ambos se amavam e que terminasse esse infortúnio para todos pois ele sabia que o moreno amava incondicionalmente Sakura. Só que uma emergência na cidade vizinha o fez ir às pressas, mas havia escrito uma carta ao amigo na esperança dele adiar o pedido até que ele voltasse para uma conversa. A carta chegou depois que o Itachi saiu.

_ O Sr. Hyuuga está em casa?

_ Não. - disse aliviada deixando Sasuke confuso. _ Ele foi ao centro resolver algo com o advogado.

_ Tudo bem. Em todo caso gostaria de lhe falar primeiro. - disse sério.

Hinata estava com as mãos suando frio. Ela queria gritar e até expulsar Sasuke de sua casa, não faria isso claro, mas tinha vontade. Sua vida não poderia ser decidida por ela? Porque ela deveria ficar a vida toda com um homem que não a ama? Porque ela deveria abrir mão do seu grande amor para satisfazer a vontade do pai? Não era justo.

Trágico é não saber amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora