Capítulo 25

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Sina Deinert

Acordo, não sabendo direito que horas são. A minha perna está latejando mais do que o normal, mas o pior nem é isso, mas sim porque aqui está tão frio que estou tremendo. Me encolho toda tentando ficar mais quente, me abraço tentando me aquecer mais.
Dou uma olhada para a janela e vejo que já é noite, a minha cabeça está doendo de novo, tem algo de muito errado comigo. Tento levantar a cabeça, mas sinto-a mais e mais pesada.
Sinto pequenas gotas de suor se formarem na minha pele, o frio aumentou mais.
Tento gritar pelo Noah, mas o que sai são apenas murmúrios.
Fico chamando por ele, uns vinte minutos e nada, estou fraca as minhas pálpebras estão quase se fechando tento mais uma vez chamar por ele.
— Noah, por favor, me ajuda, por favor...
A cada instante que passa, sinto que estou mais quente, os meus olhos vão se fechando a minha boca ficando ainda mais seca. Apago, em um sono pesado demais.
Acordo mais uma vez, já é a terceira vez que fico acordando e caindo em um sono a cada minuto que passa, sinto as minhas forças se diminuindo mais e mais. Já tem muito tempo que estou aqui sozinha, eu preciso de um banho talvez assim consiga ficar um pouco melhor e assim pedir ajuda.
Retiro o edredom que estava me cobrindo, só para sentir mais frio, os meus ossos parecem que a qualquer momento vão se quebrar em milhares de pedaços, é uma sensação horrível.
Coragem, você consegue.
Levanto a cabeça aos poucos sentindo-a e doer me sento na cama a muito custo.
Respiro profundamente, coloco um pé no chão, paro um pouco, para logo em seguida colocar o outro, o meu estômago está doendo, não como nada desde ontem.
Levanto-me, sinto uma tontura e me sento de novo — isso vai ser mais difícil do que imaginei, onde aquele infeliz deve estar?
O pior é o frio, respiro fundo umas três vezes tentando tomar coragem. Só aí consigo me levantar com segurança. Me seguro na parede e vou super devagar me arrastando até chegar até a porta do banheiro.
— Ótimo só mais um pouco — falo para mim mesma. Pego na maçaneta abro a porta e entro, vou até o vaso sanitário e me sento em cima da tampa tentando controlar um pouco a respiração. Abaixo a cabeça e nisso olho para a minha perna e vejo um caminho de sangue. Gotas de sangue vem da porta até aqui.
— Eu mereço, eu mereço — falo para ninguém em especial, — droga.
Vou desabotoando os botões da blusa nisso percebo que está encharcada de suor, a retiro ficando só de calcinha e sutiã.
Quando me levanto, dou três passos, caio e uma escuridão toma conta de mim: apago.

A Nerd na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora