Capitulo 29

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Sina Deinert

Burra, burra e burra fez merda e uma merda das grandes quando vou aprender.
Levanto-me e fico andando de um lado para o outro com os meus documentos na mão sem saber o que fazer, por que não é mais simples, não... Tem que ser complicado senão não seria a minha vida.
Sento e coloco a cabeça no meio das minhas pernas tentando controlar a minha respiração que inferno porque fui me apaixonar por você, se não tivesse envolvido sentimento nisso tudo não estaria nessa situação.
Burra mil vezes burra, se eu falar ele vai me odiar tenho certeza disso, lágrimas já inundam os meus olhos, deixo que elas caem uma por uma, só pensando na merda que fiz, não contando para ele no começo de tudo.
Fico ali uns quarenta minutos só chorando, aperto a cada instante a minha mão com esses papéis que foram tão importantes em tudo isso.
Levanto-me e vou ao banheiro, lavo o meu rosto e fico ali olhando para a minha imagem tentando pensar em uma saída que não inclua o Noah acabando comigo no final.
Nada absolutamente nada, nem uma miserável ideia, já são meia-noite e nada dele e se aconteceu alguma coisa? A angústia não para, fico acordada até as duas e meia, os meus olhos vão pesando mais e mais quando vou ver, ele entra e fecha a porta.
Acendo a luz do abajur e pego os meus óculos, para logo o ver retirando a blusa revelando pequenas manchas de sangue próximo do seu abdômen levanto-me na hora chego próximo dele procurando ferimentos e nada.
— Você está machucado?
Ele fica olhando para mim por um tempo, se vira e começa a tirar a roupa.
— O que você está fazendo acordada até essa hora?
Vou atrás dele.
— Você não chegou, fiquei preocupada, você não me respondeu e esse sangue, está machucado?
— Esse sangue não é meu, Sina — fala como se não fosse nada, o meu coração está batendo mais rápido a cada segundo.
— O que você fez, Noah?
Ele se vira e olha diretamente nos meus olhos.
— Você é inteligente aposto que sabe o que fiz.
— Você, você matou alguém?
— Por que isso agora? Você sempre soube do que sou capaz. Não faça essa cara de espanto.
Na verdade, lá no fundo pensei que ele fosse mudar, mas pelo visto eu estava completamente enganada. — Onde você estava?
— Para com isso, Sina, você não tem o direito de me cobrar nada. Não aja como se tivesse algum poder sobre mim, porque você não tem e vá dormir estou cansado e não te devo satisfação da minha vida.
Ele entra no banheiro e me deixa aqui parada no meio do quarto. Lágrimas caem livremente pelo meu rosto, as seco e me deito. Ele fica uns quinze minutos no banheiro quando não ouço mais o chuveiro ligado. Fecho os meus olhos, não quero mais falar com ele.
Sinto quando se deita do meu lado, está muito próximo sinto a sua respiração. Ele passa a mão pelo meu rosto me causando arrepios e me dá um beijo nos meus lábios e fica passando a mão pelo meu cabelo por um tempo.
— Você é tão linda.
A minha garganta se fecha a cada minuto, por que não é diferente? Porque tem que ser tão complicado gostar de você, será que algum dia irá sentir o mesmo que eu?
No fundo, sei que estou me enganando, que nada do que aconteceu foi real, que tudo absolutamente tudo foi um sonho. Um sonho que você pode mudar que possa entender porque mentir ou simplesmente que possa sentir pelo menos a metade do que sinto por você. Não quero aceitar, mas sei que no final disso tudo o único coração em pedaços será o meu.

A Nerd na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora