Capítulo 28

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Sina Deinert

Sinto alguém passando a mão no meu rosto, abro os olhos lentamente para logo ver o Noah do meu lado.
Sorri para ele que é logo correspondido.
— Oi!
— Oi! Dormiu bem?
— Muito bem, e você?
— Eu não dormi, mas fiquei vendo você e nossa você ronca demais.
— Sério? — falo me sentando. Ele começa a rir de mim.
— Brincadeira.
— Que merda, você não conseguiu dormir?
— Não, nunca consigo dormir em viagens assim. Dou um suspiro de alívio.
— Que bom, já chegamos?
— Sim, por isso vim te acordar.
— Ok. — Levanto e me visto. — Você sabe onde estão os meus óculos?
— Aqui. — Ele os pega do lado da cama e me entrega.
— Obrigado, só vou ao banheiro um minuto.
Entro no banheiro com a minha necessaire escovo os dentes e prendo os meus cabelos fazendo um rabo de cavalo. Saio e ele já não está mais aqui.
Pego a minha bolsa com o meu notebook, saio e ele está na porta me esperando. Chego perto dele, saímos e somos recebidos por um ar frio, ele passa o braço pelas minhas costas me trazendo para mais perto. Fico muito feliz com seu novo comportamento em relação a mim.
Um carro já está nos esperando. Entro e ele entra e se senta do meu lado, colocar uma mão na minha perna e fica fazendo círculos ali por um tempo.
Depois de uns trinta minutos já estamos na porta de um grande edifício, entramos e vamos para o Hall, minha boca deve estar aberta agora. O local é todo decorado nas cores amarelo-ouro e branco, uma mesa no centro de vidro com um vaso cheio de rosas amarelas, passamos por ele e vamos para a recepção. Duas moças de uniforme preto e branco estão na nossa frente agora, a de cabelo preto nos atende e começa a sorrir tanto que estou começando até a ficar com medo dela.
— Boa noite, já tem reserva?
— Sim está no nome de Noah Urrea.
— Ok. — Ela digita algo no seu computador e logo depois entrega um cartão.
— Sejam bem-vindos! Qualquer dúvida é só entrar em contato, estou a disposição do que o senhor precisar. — Ela pisca tanto que quase perguntei se tinha algum problema no olho.
— Obrigada... — Olho o seu crachá. — Elaine.
Vamos para o elevador e fico encostada olhando as minhas unhas.
— O que foi aquilo?
— Aquilo o quê?
— Você é muita coisa Sina, menos burra.
— Não sei do que você está falando.
Ele coloca os braços ao redor da minha cabeça e chegar próximo do meu ouvido.
— Está com ciúmes?
— Vai sonhando.
— Já te falei, ultimamente costumo sonhar muito principalmente com você.
Ele chega perto e nos beijamos ali mesmo sem se preocupar com absolutamente nada, só paramos quando o elevador para. Saímos e ele passa o cartão e a porta se abre revelando um quarto lindo. Vou direto para o banheiro, estou morrendo de vontade de fazer xixi, acabo o que fui fazer e saio, paro um pouco próximo da porta. Fico observando ele próximo da sacada olhando para fora, já não está com o blazer está agora com a blusa social preta, as mangas enroladas até o antebraço, bebendo seu uísque como sempre.
Aproximo-me mais e passo os braços pela sua cintura, absorvendo seu cheiro. Ficamos assim por um tempo sem falar nada só curtindo o momento, que é quebrado quando alguém bate na porta.
Quando vou ver quem é, me sinto um pouco tonta, respiro fundo e vejo que é um rapaz na minha frente com a nossa bagagem. O Noah o recebe e logo estamos sozinhos de novo, me sento na beirada da cama e vejo que as minhas mãos estão trêmulas.
— Algum problema?
— Eu devia ter comido algo, estou tremendo de fome, você acredita?
— Vindo de você acredito com certeza, vou pedir algo para jantarmos.
Balanço a cabeça apenas, retiro o meu tênis e procuro uma roupa para vestir, pego conjunto de dormir do Harry Potter e vou tomar um banho. Noah fica no quarto mexendo em seu computador.
Tomo um banho e fico lá uns quinze minutos, termino e me visto deixando o cabelo solto para secar mais rápido. Quando vou abrir a porta para sair ouço o Nicolai falando no celular.
— Não me interessa, quero saber o que ela estava conversando com o cabo da máfia russa, descubra o mais rápido possível, em dois dias estou de volta e quero isso na minha mão.
De quem ele está falando?
Mais uma vez sinto um calafrio pelo meu corpo.
Saio e o encontro sentado a mesa que por sinal está repleta de umas coisas melhores que a outra. Sento-me na sua frente e meus olhos chegam a brilhar de vontade de comer cada coisinha ali.
— Como sei que gosta de comer bastante, pedi umas coisas a mais. — Dou um sorriso de agradecimento para ele.
— Obrigada mesmo, estou morrendo de fome.
Pego um copo de suco e logo em seguida como tudo que tenho direito. Na verdade, como até demais, acho que vou explodir de tanto que comi agora. Olho para o Noah, este está me observando atentamente.
— Não sei como me surpreendo com você em relação a comida ainda, só espero que não passe mal comendo desse jeito.
— Nunca passei mal com comida até hoje, não vai ser agora que vou começar.
— Então vou dar uma saída agora. Devo voltar tarde não fique me esperando qualquer coisa que precise é só ligar para a recepção.
— Onde você vai?
— Quer mesmo saber? — fala levantando uma sobrancelha.
— Não, não precisa.
— Ok, já ia me esquecendo. — Ele retira algo do closet, e me entrega.
Abro e vejo a minha carteira com todos os meus documentos. Fico olhando para ele sem saber o que fazer.
— Por que decidiu me devolver?
— Agora confio em você.
Com essas palavras ele sai e fico sentada olhando para a porta.

A Nerd na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora