Capítulo 04

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Sina Deinert

Não quero ir para a Itália, a única coisa que queria era ficar aqui, só isso. Por que ele não entende? Só queria a minha vida de volta. Estou com saudade até do Eduardo uma coisa que pensei que nunca iria dizer.
Para falar a verdade, do meu apartamento, minha pequena coleção de revista em quadrinhos e tudo mais. Agora, de uma coisa tenho certeza. Que eu terei de volta a minha espada de Game of Thrones, nem que eu tenha que lustrar aquela careca de pirulito.
— Deseja alguma coisa, senhorita?
Uma moça extremamente linda me pergunta com seu uniforme impecável.
— Ela não vai querer nada, Andréia, pode ir.
Ela apenas balança a cabeça e se retira.
Já faz uma hora que entrei nesse jatinho particular com o Noah, Josh e o careca e o cabeça de espanador. O avião era todo decorado na cor marrom, com suas poltronas pretas que eram mais confortáveis do que a minha cama, assustador.
— Eu queria uma água, sabia.
— É só você se levantar e pegar.
— Engraçado, não estou vendo ninguém se levantar e pegar nada.
— Se você está incomodada, pode ser a primeira. Ele fala com aquele sorrisinho idiota no rosto.
— Ainda bem que tenho pernas para isso.
Levanto-me e pego um copo de água. Chego a minha poltrona que é na frente da dele, quando a aeromoça está lhe entregando uma toalha quente.
— Fala sério! Para que isso?
Sento-me esperando a sua resposta.
Ele pega a toalha e seca as suas mãos.
— Estou pensando em enfiar na sua boca, talvez assim você consiga ficar com ela fechada.
— Nossa... — falo colocando a mão no peito. — Assim eu não resisto a seus lindos olhos verdes.
— É sério garota, você é a pessoa mais irritante que já conheci. Você tem sorte que ainda preciso de você, por enquanto.
— Mas ainda precisa esse, é o ponto.
— Você não imagina o quanto espero para que isso mude logo.
— Você vai ter que esperar um pouco mais, ainda tenho que encontrar a pessoa que está com o seu dinheiro.
— Pensei que você fosse boa, penso que me enganei.
— Tentar fazer melhor, eu duvido.
Ele se aproxima o que faz com que eu me encoste ainda mais na poltrona. Gostaria de não sentir medo dele, mas é impossível, o seu tamanho e a sua cara envolta de uma aura tão negra e ruim que me faz sentir um medo sem igual.
— Você não imagina quando olho para você e imagino te torturando de todas as formas possíveis, o prazer que vou sentir em te vê sofrer, vai valer a pena a raiva que está me fazendo passar.
Ele fala pegando no meu rosto e bem próximo ao meu ouvido.
— Já parou com a seção de tortura psicológica? Se você pensa que vai me fazer ter medo está enganado — falo na maior cara de pau.
— Penso não, tenho certeza.
Ele se afasta o que faz com que eu volte a respirar de novo. Ele me olha de um jeito muito estranho o que faz com que todas as partes do meu corpo fiquem em alerta na hora.
— Talvez depois que isso tudo acabe, possa te fazer uma das minhas prostitutas em uma das minhas boates. Você não é a personificação de beleza, mas dá para o gasto, afinal é uma mulher e o principal, tem uma boceta no meio das pernas.
— Prefiro morrer, a ter que me submeter a isso. ninguém vai encostar um dedo em mim, mas não se esqueça, se você fizer isso, você nunca mais vai ver o seu dinheiro, e não estou falando só do que roubaram, mas sim de tudo.
Ele cruza as pernas e dá mais um de seus sorrisinhos.
— Eles não vão só encostar um dedo meu amor e sim te foder de todas as formas que esse corpo aguente. Por julgar por sua experiência, tenho certeza deve ser quase nenhuma você não sairá viva para contar a história.
— Você é prepotente e arrogante ao extremo se acha o quê, hein? O todo poderoso só porque tem dinheiro? Sem isso você não é nada.
— Uma coisa que você tem que aprender garota, com esse dinheiro consigo o que quero. Na hora que quero e nunca sou a caça igual a você, sempre sou o caçador.
— É o que você acha. Estou bem longe de ser uma caça resta apenas você perceber.
— Cala a boca. Tenho muita coisa para fazer e você está atrapalhando.
Ele encosta ainda mais na poltrona, coloca uma perna em cima da outra e vai mexer no seu celular.
O tempo se passa e nada de chegarmos. A minha bunda já está latejando de tanto ficar sentada aqui.
Levanto-me um pouco a procura de um banheiro, o Noah nem se dá ao trabalho de me olhar uma única vez, o que acho ótimo. Chego perto da aeromoça.
— Ah! Onde fica o banheiro?
— Naquela porta a esquerda.
Ela fala apontando o final do corredor.
— Ok. Obrigada.
Vou para o banheiro abro a porta e entro. Para um banheiro de avião esse até que é espaçoso. Faço as minhas necessidades e me olho no espelho, ok eu não sou linda igual a muitas mulheres por aí, mas também não sou feia igual ele vive falando. Decido sair antes que ele venha ver o que estou fazendo.
Sabe quando você tem a sensação de estar sendo observada? Isso é o que estou sentindo agora. Viro-me e o tal do Josh não para de me observar atentamente. Pensei que ele iria ficar sem graça e virar o rosto o que não aconteceu ele continuou a me olhar. Poderia ter ignorado e saído dali, mas não, tinha que abrir a boca de novo.
— Se você quiser, te dou uma foto, talvez assim pare de ficar encarando as pessoas.
Tão rápido quando falei, ele chega perto e me empurra contra a parede do banheiro se aproxima e chega bem perto do meu rosto.
— Quando isso acabar vou fazer questão de levar você para ficar comigo uns dias, vou dar uma serventia a essa boquinha gostosa, deixando-a bem ocupada envolta do meu pau, assim você fica calada.
Tento me afastar dele, mas não consigo.
— Vocês são todos iguais, todos loucos. Me deixa passar, idiota.
— Você vai saber o que é loucura quando estiver na minha cama.
— Continua sonhando, só assim mesmo para que isso aconteça.
— Vamos ver.
Ele me solta, aproveito e vou para a minha poltrona.
— Penso que já sei para quem te dar quando isso acabar.
Ele fala, mas não levanta a cabeça em momento nenhum.
— Você só pode estar brincando com a minha cara. Se pensa que vou ser a prostituta particular daquele cara.
— Você já deveria ter percebido que não costumo brincar com nada.
Ele me olha por um tempo depois me ignora como antes. Afundo ainda mais na poltrona, onde fui me meter, droga!

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