Capítulo 31

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Sina Deinert

Já faz uma semana que chegamos de viagem e até agora não me encontrei com ele. Só de pensar em suas palavras o meu coração se aperta ainda mais, gostaria de falar que estou bem que nada do que ele me disse me afetou. Estaria mentindo, fico a maior parte no quarto lendo um livro. Não estou com ânimo para nada só quero ficar aqui quieta.
Hoje em especial a minha cabeça está doendo muito, reviro o quarto à procura de um remédio e nada. Vou ao banheiro e começo a procurar nas gavetas, no fundo da última acho uma caixa a pego leio, começo a chorar que merda como fui ser tão estúpida a esse ponto, esqueci de tomar a pílula que ele comprou para mim.
Sento-me ali mesmo, o nervosismo é tanto que estou tremendo, como esqueci algo tão importante. Espera aí que dia é hoje? Faço as contas na minha cabeça. Já tem mais de um mês que estou aqui e até agora a minha menstruação não veio.
— Merda, merda! — Estou ferrada.
Calma! Talvez seja só um atraso. Não vou começar ficar doida sem ter certeza. Aconteceu tantas coisas talvez seja só o nervosismo. Preciso ir a uma farmácia, tenho que encontrar o Noah.
Lavo o meu rosto, procuro primeiro no seu quarto e nada, vou para a sala, cozinha e a mesma coisa onde aquele infeliz deve estar?
Vou a sua procura no seu escritório, bato na porta duas vezes.
— Entre.
Abro a porta para logo vê-lo sentado em sua cadeira digitando algo no seu computador, em momento nenhum ele olha para mim, engulo o meu orgulho.
— Preciso ir a uma farmácia.
Ele para de digitar, e olha para mim.
— O que você está querendo, me fala o nome que mando alguém comprar para você.
A minha língua coça para falar, vou comprar um teste de gravidez.
Porque esqueci de tomar a merda do remédio que você comprou e eu acho que estou grávida de um filho seu.
— É uma coisa pessoal.
— Que droga, Sina, fala o que você quer.
Por que ele é assim?
— Eu tenho que comprar um absorvente, tá bom eu tenho alergia a algumas marcas por isso tenho que ir ver qual que eles têm satisfeito.
Ele fica me observando por um tempo, volta a digitar sem me dá atenção.
— Pode ir, o meu motorista vai te levar.
— Obrigada.
Ele nem responde, como fui me meter nessa confusão, a minha vontade e mandá-lo se foder. Esse idiota! Por que fui me apaixonar logo por ele?
Pego a minha bolsa e saio, o motorista está do lado do carro me esperando, ele abre a porta e entro.
— Para onde, senhorita?
— Você poderia me levar a uma farmácia?
— Claro.
O meu único desejo é que esse teste dar negativo, porque se der positivo estou perdida.
Tem quinze minutos que estou segurando esse teste sem ter coragem de olhar o resultado, uma angústia toma conta de mim. Tomo coragem e o viro, lágrimas e mais lágrimas caem no meu rosto,
conhecendo ele como conheço tenho certeza que vai falar que fiz de propósito agora sim ele me mata, deu positivo.
Levanto-me e limpo o meu rosto, ele que se exploda não fiz nada sozinha.

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