Capitulo 21

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Sina Deinert

Saímos do carro e os seus seguranças atrás.
Um local com sua fachada toda escura, na porta várias pessoas fazem fila esperando a sua liberação para poder entrar.
Noah me segura pela cintura, não me soltando em nenhum momento passamos pela fila e vamos direto para a entrada. O segurança que estava na porta apenas sai da frente dando passagem para que possamos entrar.
Um cheiro extremamente forte, uma mistura de álcool com cigarro invade o meu nariz. Paredes na cor vermelha e preta estão por todos os lados.
Passamos pelo bar com suas Bartenders cada uma com um mini vestido na cor vermelha.
As pessoas em nossa volta observam atentamente quando passamos principalmente as mulheres. O que não é de espantar por mais que não goste
de admitir o Noah é lindo, com seu porte atlético e sua presença marcante, coisas que muitas mulheres olham se também fico olhando tenho certeza que outras também vão olhar.
Ele solta a minha cintura para logo em seguida segura a minha mão, me conduzindo em direção a uma escada, subimos ela e vamos para uma área mais reservada.
O barulho aqui é menor, os seus seguranças a todo o momento nos acompanham, dois ficam próximo da escada e os outros dois vão para um bar ali presente.
O seu dedo a todo o momento acaricia o interior da minha mão fazendo círculos na palma, uma sensação gostosa toma conta de mim. Ele me conduz até um sofá se senta e me coloca no seu colo repousando a sua mão na minha perna
— sério isso?
— O que foi?
— Para de assistir filmes, Noah, agora é a parte que fico... ah! Ele me colocou no seu colo quanta honra, até parece.
Saio do seu colo e me sento do seu lado.
— Não sou uma de suas prostitutas, me respeite.
— Você se preocupa com coisas pequenas demais, Sina, outra mulher estaria muito feliz de estar aqui comigo.
— Quero ver o dia que você, vai perceber que não sou qualquer uma.
— Você não acha que está muito nervosinha não?
— Sou um doce de pessoa.
— Está mais para um limão de tão azeda que é.
— Ainda bem que você é mafioso, se fosse humorista estaria morrendo de fome.
Uma garota loira se aproxima de nós, e serve uma dose de uísque para ele.
— Você gostaria de algo?
Assim que vou responder o Noah me interrompe.
— Pode trazer uma água para ela.
— Tenho boca sabia?
— Sei disso, já senti o gosto.
A garota volta e me entrega um copo de água e se retira.
— Você está muito bonita Sina quando você quer, consegue ficar ainda mais linda.
— Já você estraga tudo com suas palavras.
Ficamos uns minutos sem falar nada, de uma hora para outra avistamos uma movimentação estranha lá embaixo.
— Vai lá vê o que está acontecendo.
Ele fala com os dois seguranças que estavam na escada, que no mesmo instante saem para resolver o problema, tem algo errado a mesma sensação não me deixa em paz e um aperto no peito que com o passar dos minutos vai se intensificando cada vez mais.
— Noah.
— Fala.
— Eu gostaria de ir embora.
— Por que, isso agora?
— Não estou me sentindo bem.
— O que você tem?
— Estou com um pressentimento ruim.
Ele começa a rir de mim no mesmo instante que termino de falar.
— Sério, Sina? Você acredita nisso?
— Esquece o que falei.
Viro-me na direção do bar as duas moças que nos serviram estão preparando algo. Acho que um aperitivo. Não sei, a única coisa que quero é ir embora.
A sua mão massageava as minhas costas, carícias que vão do meu pescoço até a base da minha coluna, fazendo com que os pelos do meu corpo se arrepiem no mesmo momento. Ele começa a dar pequenos beijos na região do meu pescoço.
— Você está muito preocupada, Sina, aconteceu alguma coisa?
— O que poderia acontecer? Eu não saio daquele apartamento por nada.
— Não sei, você que deveria falar afinal é você que está estranha.
Percebo que os seguranças, ainda não voltaram.
— Noah, os seus seguranças ainda não voltaram, não acha isso estranho.
Ele para de beijar o meu pescoço e dar uma rápida olhada ao redor, não fala nada apenas se levanta.
— Luiz você vem comigo, você. — Fala apontando o outro segurança fica com ela.
— Ok, senhor.
— O que você vai fazer?
— Calma Sina — fala me sentando de novo no sofá. — Vou ver o que está acontecendo.
— Que necessidade você tem de ir lá?
— Quero ver com os meus próprios olhos, não saia daqui. Ok?
— Ok.
Ele me dá um beijo e desce as escadas me deixando aqui com seu segurança. Já tem uns dez minutos que ele saiu e nada droga.
— Você não acha melhor ir ver o que está acontecendo com o seu patrão não.
— Ele mandou que eu ficasse aqui com você.
— Então eu vou, e você vem comigo.
Falo indo na direção da escada, uma mão segura o meu braço fazendo com que eu parasse imediatamente.
— Me solta, você não vê que pode estar acontecendo algo com ele.
— Ele sabe se defender muito bem, se eu deixar você sair daqui ele me mata.
— Deixar de ser burro se ele morrer, não vai ter ninguém para te matar só eu.
— Não recebo ordens de você e sim dele.
Assim que abro a boca para responder ouço barulhos de tiros e uma gritaria para todos os lados. Sinto uma mão me empurrar com toda a força caio no chão e bato a cabeça.
Abro os olhos e o segurança do Noah está na ponta da escada trocando tiros com dois homens que tentam vir em nossa direção.
Pequenos pontos de luz se fazem presentes na minha frente, a minha cabeça começa a doer na mesma hora.
— Droga.
Passo a mão na minha cabeça.
Arrasto-me em direção a uma porta quando estou quase chegando nela, ela se abre revelando dois homens enormes. Eles olham para mim e depois para o segurança, este entra em desespero, no final ele sabe que não tem como ganhar esse confronto, afinal são quatro contra um.
Ele continua a trocar tiros com eles, o que não faz muita diferença. Ele leva um tiro no peito e cai, quando vou me arrastando em sua direção sinto quando alguém me segura pelos cabelos me levantando.
— Você vem conosco.
— Me solta não tenho nada a ver com isso.
Começo a dar socos nele o que não tem nenhum efeito.
Sinto a sua mão ao encontro do meu rosto, vou parar no chão com o impacto, sou levantada de novo e logo em seguida senti que ele me deu um soco no estômago. Só estou de pé porque ele está me segurando com força.
Lágrimas já embaçam a minha visão, choro como nunca.
— P-para para por favor.
Sou ignorada sinto a sua mão em volta do meu pescoço, ele me prende na parede me suspendendo.
— Não consigo respirar. — Ele não responde
Sou lançada em direção a mesa de vidro, onde está o copo de água de mais cedo, ela se quebra com o impacto. Sinto algo escorrer na minha perna, olho para baixo e vejo um pedaço de vidro enfiado lá, entro em desespero não um vidro pequeno, ele é grande muito grande.
Meu corpo está todo doendo a minha cabeça, o pescoço, o estômago e agora a minha perna. Estou ficando tonta, sinto mais e mais sangue escorrer uma poça, já está se formando embaixo de mim.
Sou levantada de novo ficando cara a cara com ele.
— Não quero nem mais uma palavra saindo da sua boca, ou eu te mato aqui mesmo.
Não consigo nem responder, sinto que vou desmaiar a qualquer instante, a dor da minha perna se intensifica ainda mais quando ele me força a andar em direção a porta. Caio no chão de tão fraca que estou.
— Levanta.
Quando ele vai me dar um chute, apenas fecho os olhos esperando o impacto, que não chega, ouço vários disparos, mas não consigo abrir os olhos, eles estão pesados.
Uma mão é passada de baixo da minha cabeça e me suspende, esse cheiro, conheço esse cheiro. Uma dor muito forte se alastra na minha perna, agora estou tremendo em seus braços. Dou um grito agonizante de dor.

A Nerd na MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora