Capitulo 05

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Sina Deinert

— Chegamos.
— Ainda bem! Não estava mais conseguindo ficar mais tempo no mesmo lugar que você.
— Sou uma ótima companhia.
— É tão boa que vive só você naquele apartamento. Nunca se perguntou o porquê?
Pela primeira vez na minha vida não tenho palavras para responder. O que ele percebe na hora.
— Você já sabe a resposta, por isso não responde, ótimo.
O avião aterrissa e saímos. Tem um carro todo preto a nossa espera. Entramos. O Noah ficou do meu lado os outros ficaram no banco na nossa frente.
— Onde vou ficar, em algum hotel?
— Infelizmente no meu apartamento.
Prefiro não responder já estou cansada e com fome para falar a verdade a minha barriga está roncando.
Ficamos rodando por uma hora mais ou menos até chegar a uma parte da cidade muito chique com seus prédios a perder de vista, uma loja mais linda que a outra.
Paramos em um prédio enorme todo de vidro preto, estou ficando até tonta só de olhar para cima.
Sou tirada dos meus pensamentos quando alguém pega meu braço e sai me empurrando em direção ao prédio.
— Me solta! Sei andar, que merda.
Ele me solta já no elevador e não falo mais nada. Uma vez ou outra me pego olhando para ele pelo vidro a nossa frente. Ele é bonito tenho que admitir, seus olhos verdes com aquele maxilar bem definido e aquele cabelo castanho claro com pequenas ondas é de se admirar, tirando o fato que ele é um demônio em pessoa.
Ele aperta o último andar o que não é mais novidade sendo ele quem é. O elevador para e saímos, paramos em um Hall e logo na frente tem uma porta toda trabalhada na madeira escura.
O seu segurança abre a porta e entramos. Paro em uma sala, toda branca e cinza com uma escada escura no meio. Na sala tem uma parede de vidro tomando a maioria do espaço a nossa volta deixando o ambiente claro, pois a parede deixava uma luz incrível entrar. Um jogo de sofá creme compunha o seu interior. A vista desse apartamento era incrível parecia que eu estava no céu, com uma TV enorme na frente a única coisa que imagino e eu aqui sozinha com um balde de pipoca assistindo minhas séries preferidas, só de imaginar um sorriso se forma no meu rosto.
— Não sei por que você está com esse sorrisinho no rosto, você não está de férias, idiota.
— Idiota é sua mãe, seu cavalo.
Ele me dá um tapa no rosto, o que faz com que os meus óculos caiam no chão.
Não vou chorar, não vou...
— Se você quiser te mostro uma coisa que é grande igual a de um cavalo, você quer?
Não respondo, apenas o encaro com tanto ódio que não sabia que poderia sentir.
— Foi o que pensei, ande, saia da minha frente.
__ Claro, é só a inteligência me falar onde fica o meu quarto.
— Você só pode gostar de apanhar, não tem outra explicação. Pode procurar qualquer um lá em cima menos no último do corredor.
— Até parece que gostaria de ir ao seu quarto.
— Pode ficar tranquila você seria a última mulher que eu levaria para a minha cama.
Subo a escada e vou procurar um quarto. O primeiro era bonito, mas era muito escuro, então decido ficar com o segundo que era todo decorado na cor branca com detalhes em rosa. Coloco minha mala em cima da cama e começo a arrumar as minhas coisas.
Já se passaram três dias que estou aqui, fico quieta no quarto, saindo só para comer alguma coisa. Até agora não descobri nada, mas estou cada dia mais perto.
Pego uma calça jeans e uma camiseta branca. Tomo um banho rápido e me arrumo, o meu rosto já está melhor e já nem dá para ver as marcas no meu pescoço. estou com muita fome então saio do quarto a procura da cozinha.
Depois da sala tem uma cozinha tipo americana completa. Abro a geladeira, mas só tem refrigerante, suco e nos armários não tem nada
— meu Deus, esse homem não come não? Que ódio, eu estou com fome.
Saio da cozinha e vou a sua procura, não estou nem aí com ele, só quero me alimentar direito. Não o encontro em lugar nenhum aqui embaixo. Então, vou a sua procura no seu quarto. Estou aqui em frente a sua porta decidindo se bato ou não. Duvido que ele esteja preocupado se já comi algo, então bato duas vezes e nada. E agora, o que faço, dou meia volta e vou para o quarto? Não! Abro a porta e o encontro só de toalha no meio do seu quarto.
Ele me olhar com a raiva de sempre, passa a mão pelo cabelo em sinal de frustração.
— O que te falei sobre o meu quarto, é surda, por acaso? — fala já aos gritos.
— Calma aí cara, só queria saber onde tem comida aqui.
— E isso te dá direito de entrar em meu quarto sem autorização?
— Bati, você que não respondeu.
— É gênio, talvez seja porque eu sabia que era você.
— Que seja, e a comida?
Ele suspira alto e passa a mão pelo cabelo mais uma vez.
— Se arruma, vamos jantar fora.
— Eu já estou arrumada.
Ele me olhou dos pés à cabeça de novo.
— Isso é o que você chamar de se arrumar?
— Muito engraçado, estou me matando de rir, não está vendo? E outra, não tinha quase nada na minha mala.
— Até parece que tinha algo que preste naquele apartamento.
— E a comida?
— Me espere na sala.
Agora estou aqui no sofá esperando o idiota descer. Sério quando tempo se leva para se arrumar já estou aqui há uns vinte minutos.
Quando já estava desistindo, ele chega na sala no seu terno super caro e seu cabelo levemente molhado.
— Não preciso falar o que vai acontecer se você não se comportar, não é.
— Não sabia que eu era uma criança que precise se comportar.
Ele não responde apenas sai em direção ao elevador. Lá já tem dois seguranças nos aguardando. Saímos do prédio e agora estamos no mesmo carro de antes, eu de um lado e o Noah do outro. Acabei percebendo que tem mais dois carros nós seguindo. Paramos em um restaurante com a fachada toda na cor vermelha. Um rapaz abre a porta e saímos, o Noah vai à frente e eu o sigo. Paramos na recepção e uma mulher muito elegante nos atende.
— Senhor Urrea , é ótimo recebê-lo aqui mais uma vez.
— Valéria que bom vê-la de novo, vou querer a mesa de sempre.
— Claro, senhor, é por aqui. Entramos e seguimos a moça até um canto mais afastado.
Esse com certeza é o restaurante mais lindo que já coloquei o meu pé, estou até sem graça pela roupa que estou usando.
O Noah está agora na minha frente como se esse lugar não fosse digno da sua presença. As pessoas olham disfarçadamente o que torna tudo isso mais estranho.
— O cardápio, senhor, já sabem o que vão beber?
— Quero uma coca.
O rapaz me olhar como se eu fosse um extraterrestre.
— Aqui não servem refrigerante, Sina, pode trazer duas taças do Barolo.
— Ok, senhor.
— Eu não quero vinho, pode ser um suco então.
— Eu estou pagando, então é o vinho que você vai beber.
— Em momento nenhum te pedi para pagar nada, só falei que queria comer, se esse é o problema eu pago.
Ele começa a rir da minha cara Tento ficar tranquila, mas está cada vez mais difícil.
— O que você tem no banco provavelmente não daria para pagar nem essas duas taças de vinho.
— Você que veio para cá, eu só queria comer, uma lanchonete estaria ótimo.
— O dia que você me ver em uma lanchonete, pode saber que tem algum problema.
O rapaz traz o vinho e nos serve, pego o cardápio para ver o que vou pedir, só quero comer. Dou uma olhada e está tudo em italiano, o que não é um problema já que falo cinco idiomas e italiano é uma delas, mas a única coisa italiana que já comi foi macarrão.
— Pode ser o Tortellini de Bolonha.
O Noah me olha esperando que eu faça o meu pedido.
— Ah! Vou querer o Gnocchi.
Experimento o vinho, que coisa ruim, meu Deus!
— Nossa, esse vinho é horrível.
— Você não sabe apreciar o que é bom, garota.
— Sei sim, e isso é horrível.
— Você tem ideia do valor de cada taça.
— Só porque é caro, não quer dizer que é bom.
Quando ele ia responder uma garota linda mesmo atravessa o salão e vem em direção a nossa mesa. Ela está com um vestido preto que não deixa nada para a imaginação e o cabelo na cintura de um ruivo maravilhoso. Ela para do lado da nossa mesa nos observando.
— Noah, o que você está fazendo aqui com isso?
— Isso?
O Noah a olha dos pés à cabeça levanta uma sobrancelha e fala.
— Rebeca

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