Capítulo 31: Maldita Ally

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Isabel, em meio ao vazio e à solidão, encontra-se diante de uma nova realidade. Sem lar, escola e amor, ela precisa se reerguer e encontrar uma maneira de sobreviver em meio às adversidades da vida.

Após intensas buscas, Isabel finalmente encontra um aluguel acessível para sua situação financeira precária: uma casa minúscula e mal acabada. Ao adentrar o pequeno espaço, ela se depara com um ambiente deteriorado, paredes descascadas e móveis antigos e desgastados. O local é simples e modesto, mas é o que ela pode pagar com suas limitadas economias.

A casa oferece um único cômodo que serve como quarto, sala de estar e cozinha, com pouca ventilação e iluminação. O banheiro é apertado e os encanamentos parecem precisar de reparos. Apesar de suas condições precárias, Isabel vê uma oportunidade para recomeçar e chamar aquele lugar de lar.

Com o aluguel estabelecido em 500 dólares mensais, Isabel percebe que terá que se esforçar ainda mais para conseguir sobreviver. Ela continua trabalhando no mercado, dedicando-se ao máximo para garantir sua subsistência. Cada centavo conta agora, e ela está disposta a fazer o necessário para se manter em pé.

Mesmo diante de tantas dificuldades, Isabel encontra forças dentro de si para seguir em frente. Ela sabe que enfrentará desafios e terá que trabalhar duro, mas está determinada a trilhar seu caminho solitário em Nova York e reconstruir sua vida, um passo de cada vez.

Passaram-se quatro longos meses desde a dolorosa separação de Isabel e Ana.  Durante esse período, Isa fez 18 anos e comemorou sozinha e sem ninguém, a vida delas tomou caminhos distintos e repletos de adversidades. Ana, infelizmente, mergulhou cada vez mais fundo em seu vício pelas drogas, o que resultou em sua demissão do mercado onde trabalhava. O seu relacionamento com Isabel desmoronou completamente, e as duas não trocaram uma palavra desde aquele fatídico dia.

Enquanto isso, Isabel trabalhava incansavelmente para se sustentar, colocando suas habilidades de escrita em prática e escrevendo sua própria história. Em meio a essa rotina exaustiva, ela recebeu uma notícia inesperada e empolgante: uma editora se interessou pelo seu texto e queria marcar uma reunião para discutir uma possível publicação.

O coração de Isabel se encheu de alegria e esperança ao receber essa oportunidade promissora. Ela pulou de felicidade no pequeno cômodo da sua casa, agora seu refúgio solitário. No entanto, ao se dar conta da ausência de alguém para compartilhar sua conquista, a felicidade se misturou com um sentimento de vazio.

As relações sexuais casuais com Letícia continuavam acontecendo, mas eram meramente físicas, desprovidas de qualquer sentimento profundo como era o caso com Ana. Isabel sentia o peso de seu erro, a traição que havia cometido contra a pessoa que amava. Sentada em frente ao seu notebook, ela se deixou levar pelas emoções avassaladoras e as lágrimas rolaram por seu rosto.

No cenário solitário do seu pequeno espaço, Isabel enfrentava as consequências de suas escolhas. Ela ansiava por uma reconciliação com Ana, por uma chance de redimir-se e construir um futuro juntas novamente. Porém, ela sabia que não poderia forçar o destino. Agora, diante da possibilidade de publicar sua história, ela buscava uma nova direção para sua vida, mesmo que estivesse percorrendo esse caminho solitário.

Ela decide sair para se divertir e esquecer suas mágoas, mas a diversão acaba se transformando em uma tristeza ainda maior quando ela se depara com a cena de Ana beijando Ally no mesmo parque onde ela estava.

Ah, que golpe no coração! Isabel sente uma fúria ardente surgir dentro dela. Ela encara Ally, que percebe o olhar furioso de Isabel e responde com um gesto obsceno, mostrando o dedo do meio. Isabel, revoltada e cheia de adrenalina, não pensa duas vezes. Ela vai até a mansão onde Letícia está e, num ato impulsivo, empurra Letícia contra a parede, arrancando suas roupas e iniciando um encontro sexual intenso.

Nesse momento, toda a raiva de Isabel em relação a Ana é depositada nesse ato ardente com Letícia. Os corpos se entrelaçam em um frenesi de desejo e luxúria, enquanto a noite avança sem limites. Eles mergulham em um mar de prazer, alimentado pela raiva e pela paixão reprimida.

Ao acordar na manhã seguinte, Isabel questiona o que aquilo significa. Será que essa conexão com Letícia será algo mais do que apenas uma noite de intensidade? Letícia, a marquesa da paixão, responde que não pode se comprometer, pois muitas coisas dependem dela e um compromisso iria atrasar ela.

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