Capítulo 33: Perdão, Amada

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No dia seguinte, Ana encontra Isabel no mercado, seus olhos cansados revelam o peso das últimas semanas. Ela cumprimenta Isabel com um simples "bom dia" e entrega as compras para ela passar. Isabel percebe a expressão cansada de Ana e pergunta se está tudo bem. Ana hesita por um momento, mas decide não compartilhar seus sentimentos naquele momento.

Isabel, preocupada com sua amada, segura o braço de Ana antes que ela vá embora. Ela pede para conversarem mais tarde na quadra de basquete, localizada na rua atrás do mercado. Ana, relutante no início, acaba cedendo diante da insistência de Isabel. Elas marcam o encontro para a noite, com a esperança de que possam esclarecer suas emoções e resolver seus problemas.

A quadra de basquete estava vazia e iluminada pela luz fraca dos postes. Isabel estava lá, esperando ansiosamente pela chegada de Ana. O ambiente carregava uma atmosfera melancólica, como se estivesse refletindo os corações partidos das duas.

Quando Ana finalmente apareceu, Isabel começou a falar, desesperada para se desculpar. Ela se ajoelhou diante de Ana, implorando por perdão. As palavras saíam em um tom melancólico e cheio de arrependimento. Ana, incapaz de manter uma aparência fria, desabou em lágrimas. Ela gritou de dor, questionando por que Isabel a traiu dessa forma.

Isabel tentou explicar que foi levada pelo momento, que ainda a amava profundamente. Ela suplicou por uma segunda chance, prometendo fazer tudo certo dessa vez. Mas Ana, mesmo com lágrimas nos olhos, relutou em aceitar. Ela disse que o máximo que poderiam ser era apenas amigas, que não poderia mais se relacionar romanticamente com Isabel, mesmo que ainda a amasse intensamente.

A tristeza pairava no ar enquanto elas encaravam uma à outra, a esperança de um amor verdadeiro desvanecendo lentamente. Era um momento dramático e doloroso, onde as emoções se entrelaçavam com a sensação de perda e desilusão. O destino das duas estava agora selado em uma amizade amarga, enquanto seus corações ansiavam por algo mais, mas se resignavam à realidade que as separava.

Isabel, a pobre alma perdida, caminha pelas ruas escuras de New York, suas lágrimas se misturando com a chuva que cai sobre sua cabeça. O coração dilacerado, a alma em pedaços, ela segue em direção à sua solidão.

Isabel chega em casa, um pequeno apartamento vazio e sombrio. As paredes parecem sussurrar tristeza enquanto ela se joga em sua cama. Seu corpo treme com a dor da rejeição, sua mente ecoa com as palavras de Ana. "Adeus, Isa", ecoam em sua cabeça como um lamento eterno.

Ela se afoga em suas lágrimas, sentindo a dor queimando em seu peito. Seus soluços ecoam pela sala vazia, uma triste melodia que só ela pode ouvir. O mundo ao seu redor parece desbotado, sem cor, como se a alegria tivesse sido sugada do ar.

Enquanto a noite se arrasta, Isabel se perde em pensamentos de amor perdido, de promessas quebradas e de um futuro incerto. O tempo parece suspenso, como se o mundo inteiro estivesse chorando com ela.

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