Capítulo 37: Isabel, Você Não Sabe A Verdade

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A manhã de sábado chegou com um sol tímido que lutava para atravessar as nuvens cinzentas. Isabel, envolvida pelos pensamentos que a consumiam, sentia o peso do tempo se esgotando. Menos de três semanas para o Natal, menos de três semanas para tomar uma decisão crucial.

Enquanto o vento sussurrava pelos galhos das árvores, Isabel pegou seu celular e viu uma mensagem de Letícia. A vontade de matar saudades era evidente nas palavras escritas. Isabel hesitou por um instante, mas acabou aceitando o convite. Elas marcaram de se encontrar às 21 horas, deixando um tempo precioso até lá.

Antes de partir para o encontro, Isabel sentiu a necessidade de ir à casa de seu pai. O velho lar, marcado por lembranças dolorosas, parecia um labirinto de memórias sombrias. Ao adentrar a residência, o cheiro de álcool impregnava o ar e o caos se revelava em cada canto.

Seu pai, um homem destroçado pelas escolhas erradas e pela culpa, estava ali, mergulhado em sua própria tristeza. Isabel sentiu uma mistura de pena e ressentimento ao encarar aquela figura patética diante dela. Ainda assim, ela fingiu não saber o que realmente aconteceu com sua mãe.

- Pai, preciso te perguntar algo. O que aconteceu com a mamãe? - indagou Isabel, tentando manter uma expressão serena.

Seu pai, com os olhos vazios e o corpo trêmulo, pareceu se desconectar da realidade por um momento. Um silêncio pesado pairou no ar antes que ele finalmente respondesse, com a voz embargada:

- Ela... ela se afogou. Fomos à praia... e... eu não pude salvá-la.

A resposta do pai ecoou nos ouvidos de Isabel como um eco macabro. Ela percebeu algo estranho em sua reação, como se houvesse um segredo obscuro sendo escondido. A curiosidade se misturou com a desconfiança, alimentando a necessidade de descobrir a verdade por trás da morte de sua mãe.

- Pai, há algo que você não está me contando, não é? Por favor, me diga a verdade. - pediu Isabel, com uma firmeza determinada em sua voz.

O pai desviou o olhar, incapaz de encarar a filha. A hesitação era evidente em sua postura. Finalmente, ele cedeu, soltando um suspiro carregado de pesar:

- Eu... eu não posso... Não posso te contar. É melhor você não saber, Isabel.

A resposta evasiva do pai apenas aumentou a sede de respostas de Isabel. Ela se deparava com um enigma que precisava desvendar, mesmo que isso significasse confrontar seus próprios demônios. O tempo apertava, mas antes de seguir adiante, ela precisava desvendar o mistério que envolvia a morte de sua mãe.

Enquanto a neve caía lentamente do lado de fora, Isabel deixou a casa de seu pai com um misto de frustração e determinação. Ela sabia que a busca pela verdade seria um desafio, mas estava disposta a enfrentar qualquer obstáculo para desvendar os segredos que haviam sido enterrados por tanto tempo.

A neve delicadamente cobria as ruas, Isa caminhava com um misto de determinação e ansiedade. Seus pensamentos tumultuados sobre sua mãe e a curiosidade insaciável sobre a verdade que lhe escapava, competiam com o desejo ardente de esquecer tudo e viver o presente. Ela decidiu deixar a busca pela verdade de lado, pelo menos por enquanto.

Em sua jornada, Isa avistou uma pequena sex shop, suas janelas adornadas com vibrantes luzes coloridas. Sentindo uma pitada de ousadia e empoderamento, ela decidiu entrar e explorar o vasto mundo de possibilidades que se escondiam lá dentro.

Dentro da loja, o ambiente era preenchido por uma atmosfera sedutora. Prateleiras repletas de acessórios íntimos, roupas sensuais e produtos provocantes preenchiam o espaço. A iluminação suave e a música de fundo sutilmente erótica criavam um clima de excitação discreta.

Isa caminhou pelas fileiras de roupas provocantes, examinando cada detalhe com curiosidade e um toque de diversão. Ela procurava encontrar o traje perfeito para a ocasião na casa de Letícia. Sua mente vagueava entre opções sensuais e sedutoras, imaginando a reação de Letícia ao vê-la.

Após algum tempo, Isa finalmente encontrou o conjunto que combinava com sua personalidade e a atmosfera que ela desejava criar. Com uma mistura de confiança e timidez, ela escolheu a roupa e fez a compra, deixando a loja com uma sacola na mão e um sorriso travesso nos lábios.

Seguindo seu caminho em direção à casa de Letícia, Isa sentia uma mescla de emoções. Havia uma excitação palpável no ar, mesclada com um toque de apreensão. Ela sabia que estava se aventurando em terreno desconhecido, mas estava determinada a explorar seus desejos mais profundos e desfrutar do momento presente.

A neve continuava a cair suavemente, adornando a cidade com seu manto branco. Isa seguiu em frente, com o coração palpitando e a mente cheia de expectativas. Ela estava pronta para mergulhar em um novo capítulo de sua história, ansiosa para descobrir o que a noite com Letícia reservaria para ela.

Isa adentrou a mansão com um misto de curiosidade e excitação. Ela seguia os passos do funcionário, atravessando corredores luxuosos e imponentes. As paredes revestidas de madeira escura e os lustres pendentes do teto criavam uma atmosfera de mistério e sedução.

Guiada até um quarto espaçoso e elegantemente decorado, Isa sentiu uma onda de antecipação tomar conta de seu corpo. Ela sabia que aquele seria o local onde se prepararia para o encontro com Letícia, onde se transformaria na personagem sensual que desejava ser.

No quarto, a iluminação suave destacava os detalhes requintados do mobiliário. A cama imensa, com lençóis de seda, chamava a atenção no centro do cômodo. À sua volta, uma penteadeira com espelho adornado, uma poltrona aconchegante e um guarda-roupa repleto de opções sensuais.

Isa decidiu tomar um banho relaxante antes de se vestir. Ela se despiu lentamente, deixando que a água morna acariciasse sua pele, levando consigo o peso das preocupações e inseguranças. Após um longo banho, ela saiu, sentindo-se revigorada e pronta para entrar no papel.

Com cuidado, Isa abriu o guarda-roupa e escolheu o traje que havia comprado na sex shop. Era um conjunto de lingerie preta, composto por uma renda delicada e um sutiã com tiras sedutoras. Completando o visual, uma cinta-liga e meias rendadas.

Agora vestida e confiante, Isa partiu em busca de Letícia. Ao se aproximar de um quarto com a porta entreaberta, ela notou a suave luminosidade das velas que iluminavam o ambiente. Seu coração batia acelerado, ansiando pela visão que encontraria do outro lado.

Ao adentrar o quarto, seus olhos encontraram Letícia, completamente nua, iluminada pelo brilho das velas. O olhar de Letícia se intensificou ao ver Isa vestida daquela forma provocante. Sem hesitar, Isa tomou o controle da situação e avançou sobre Letícia, envolvendo-a em um momento erótico e intenso.

O quarto se tornou um cenário de desejo e paixão. Os corpos de Isa e Letícia entrelaçaram-se em movimentos sensuais e provocantes, enquanto o fogo da luxúria ardia intensamente entre elas. A atmosfera estava impregnada com a energia da entrega e da exploração mútua dos desejos mais profundos.

A cena erótica era uma sinfonia de prazer, cada toque, cada beijo e cada gemido ecoando pela atmosfera do quarto. A sensualidade se misturava com a entrega, criando uma conexão ardente entre as duas mulheres que se entregavam ao êxtase da paixão.

Aquele momento fugaz, carregado de desejo, representava a união de duas almas sedentas de prazer e intimidade. Isa e Letícia exploravam juntas as fronteiras do prazer, transcendendo as convenções e entregando-se à intensidade daquele encontro.

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