Across the crown - Kaulitzcest Version

4- Morrer sozinho

P.O.V Bill
Me acalmei sob o abraço do meu irmão. Saí do abraço e enxuguei as lágrimas que ainda insistiam em cair.
-E o que vamos fazer nesse mausoléu?-Tom pergunta
-Eu não sei.-falo com a voz ainda embargada.
-Nao vou te deixar beber até desmaiar.-ele fala e se levanta da cama e estende a mão para mim que a pego e levanto com sua ajuda.
-Eu não quero sair, Tommy.-suspiro
-Nao estou te chamando pra sair, não mais. Só estou falando que você não vai beber.-ele completa e saimos do meu quarto.
-Entao vamos no terraço.-falo
-Lá é frio.-ele fala
-Entao levamos edredom.-dou de ombros.
Voltamos para o meu quarto e pegamos os edredons. Subimos as escadas que levava até o terraço e, ao chegarmos lá, haviam guardas para todos os lados.
-Fala sério!-Tom reclama
-Nao acostumou ainda?-pergunto e sorrio.
-Já mas, é chato as vezes.-ele reclama.
Dou de ombros enquanto ajeitamos os edredons por cima do gramado e nos deitamos.
-E agora, Billy?!
-O quê?-olho para ele.
-Com o que vai ocupar a cabeça?-ele me olha
-Com vocês e o castelo.-falo despreocupado e volto a olhar para cima.
-Nao pretende namorar mais?
-Por agora não.-dou de ombros.
-Eu posso te apresentar...
-Tom, para.-grunho e ele ri.
-É tao fofo com raiva.- ele fala rindo e eu reviro os olhos
-Vai me atormentar até eu sair com você não vai?
-Me conhece tão bem.
-É mas eu não vou. Pode ir se quiser.-minha voz vacila um pouco, quase entregando que eu nao queria que ele fosse
-Vou não. Você vai sentir saudade.
-Vai, Tom. Eu vou ficar bem.
-Vamos para dentro.
-Mas acabamos de subir.
-E agora vamos descer. Vem.-ele levanta e estende a mão para mim, pego a mão dele e ele me ajuda a levantar.
-Vamos fazer o que exatamente lá dentro?-pergunto e começamos a andar para dentro.
-Vamos transar.-ele fala e me pega pela cintura e me leva rapidamente para perto de seu corpo e boca. Caio na brincadeira dele e quando me aproximo mais de sua boca, ele parecia que ia me beijar mesmo mas me afastou rapidamente.
-Nao íamos transar?-pergunto e gargalho no final.
-Idiota.-ele grunhe.
Estranho sua irritaçao mas dou de ombros e continuo o seguindo.
Ele se calou e percebi um certo desconforto vindo dele.
-O que vamos fazer?-pergunto enquanto o sigo para não sei onde.
-Quer assistir algum filme?-ele pergunta
-Nao! Eu estou bem. Tom, espera.-falo e ele para de andar e me olha.-Eu sei que você quer sair, vai. Eu vou dormir.
-Entao tudo bem, me liga se precisar de algo.-ele fala e eu concordo.
Ele deposita uma beijo na minha testa e sai pelo corredor. Espero ele sumir pra seguir para o meu quarto.
Ao entrar sinto uma corrente de ar frio se chocando contra o meu corpo. Me jogo em baixo do edredom na minha cama e fecho os olhos na esperança de dormir.
***×***
Acordo assustado. Não sei exatamente com o que, mas estava assustado. Levanto da cama coçando os olhos e olho as horas no relogio da parede 2:30 da manhã. Suspiro e saio do meu quarto. O corredor era frio e solitario, mas segui o caminho até a cozinha.
Esse castelo realmente me assusta, ele é um prédio antigo e rústico tipo aquelas mansões mal assombradas. Chego na cozinha e abro a geladeira, pego uma maçã e saio dali indo para a sala. Será se Tom já chegou?! Ao pensar nisso ouço a porta da frente se abrir e reparo Tom entrando com uma mulher. Reviro os olhos.
-Tom, temos trabalho amanha.-alerto ele e ele sorri.
-Nem ligo.-ele fala sorrindo.
-Ele está bebado, moça?-pergunto me aproximando.
-Um pouco.-ela responde
-Um pouco?-dou risada.-Tom, se você não acordar cedo amanhã vai se ver comigo.-aviso e subo as escadas.
-Voce só liga para o castelo. Tudo é o castelo!-ele grita e eu paro de subir e me viro para ele.-Quando voce vai parar de pensar nisso e pensar em você? Assim vai morrer sozinho!
-Pelo menos eu não saio comendo qualquer uma que aparece na minha frente!-falo com raiva.
A moça me olha horrorizada e sai correndo dali.
-Otimo ela foi embora!-Tom grunhe.
-Vai dormir, Tom!-falo e volto a subir as escadas.
Ouço um estrondo e me viro para ver o que era. Meu irmão havia caído mas estava consciente.
Ponderei entre ir ou não ajudar ele, até que fui.
-Vem, Tom!-falo pegando ele do chão e colocando seu braço ao redor do meu pescoço.
-Nao preciso de ajuda!-ele reclama e tenta tirar seu braço do meu ombro.
-Precisa e não reclama!-falo e começo a levá-lo para cima.
-Bill, eu acho que sou gay!
-Por que?-pergunto curioso
-Nao sei!-ele responde.
Fico pensando e resolvo deixar para lá. Levo ele para o seu quarto e o deito na cama.
-Até amanhã, Tom.-falo e percebo que ele dormia.
Suspiro e fecho a porta, saindo dali. Chego no meu quarto e me jogo na cama pensando no que ele havia dito. "Morrer sozinho"...será?! Mas eu não quero sair com qualquer uma. Eu escolhi tanto para no final me foder. Nao é possivel que eu seja o unico que tenha cometido esse erro, é?!
Respiro fundo e acabo dormindo em meio aos pensamentos.