19- Parem o mundo

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P.O.V Tom

Acordei com batidas desenfreadas na porta. Me levanto meio zonzo e passando as mãos nos olhos e abro a porta dando de cara com Georg e ele parece furioso.

-O que?!-pergunto com a voz rouca por conta do sono

-O Bill...-meu coração dispara.

-Ele tá bem?-corto ele sem esperar o mesmo terminar.

-Até demais.-ele entra no meu quarto e eu fecho a porta.

-Tá mas o que você quer?-pergunto me virando pra ele.

-A gente tava voce sabe...-ele faz um sinal com a mão.

-Nao quero saber como vcs transam.-grunho

-Nao é isso...é que...-ele hesita um pouco-...ele falou teu nome enquanto isso.-ele completa apertando as mãos uma contra a outra em um sinal bem claro de que ele quer me matar.

Minha pele esquenta e eu sinto raiva mas não demonstro, eu quero matar o Bill.

-O que tem?!-cruzo os braços e o encaro com cara de tédio.

-O que tem?!-ele quase grita.-Tem noção do quanto isso doeu?!-ele para por uns segundos.

- Voces tiveram algo?-ele dispara e me analisa.

Sinto um grito querer escapar da minha garganta, mas respiro fundo antes de falar com a maior dor do mundo:

-Claro que não! Ele deve ter ficado estressado porque vamos competir agora pela coroa e deve ter ficado com isso na cabeça.-dou de ombros e ele relaxa.

-Tem razão. Desculpa.-ele pede

-Tudo bem. Só me deixa banhar.-falo e ele assente.

Ele se levanta da cama e se vai, deixando a porta aberta.

Fecho a ela com delicadeza pra ele não perceber a minha raiva.

Eu poderia quebrar o Bill por ele mexer tanto assim comigo e ser um filho da puta.

Se ele não sente nada então porque porra ele fala meu nome no meio de uma transa com o namorado?!

Porra Bill, assim não dá.

Respiro fundo e olho para a janela: já era dia.

Retiro minha roupa e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido tentando ao máximo não pensar em Bill.

Saio do banheiro e coloco o terno escuro que estava no meu guarda-roupa.

Me olho no espelho e ajeito meu cabelo antes de comprimir um choro que parecia rasgar minha garganta.

Respiro fundo e saio do meu quarto encontrando a mãe no corredor.

-Bom dia, mãe.-falo e ela sorri.

-Bom dia, meu filho. Preciso de vocês dois no orfanato hoje.-ela fala voltando a ficar séria.

-Nós dois?

-Sim. Certas coisas vocês precisam fazer juntos. Ainda são os príncipes.

-Tudo bem. Que horas nós vamos?!-pergunto

-Daqui meia hora.-ela fala e me dá um abraço rápido antes de sair.

Sigo para a sala e em seguida para a cozinha.

Nesse trajeto todo eu não encontrei Georg nem Bill e esperava não ver eles nunca mais.

Só que tem um probleminha: quando entrei na cozinha dei de cara com eles tomando café.

Across the crown - Kaulitzcest VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora