23 - Talvez não tenha cura

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Quem é vivo sempre aparece não é mesmo?!
Explico-me: eu e minha neném ficamos doentes por quase um mês inteiro (agora estamos bem) eu acumulei matéria da faculdade (faço história, quem sabe serei sua professora 😌) tive vários episódios depressivos durante esse tempo que fiquei fora (cuidem da saúde mental e física de vcs) precisei de um tempo para me reestabelecer, mas cá estou eu de volta novamente.
Espero que ainda estejam aí 🥰

******************

P.O.V Tom

-Eu preciso de você...-insisto

-Voce aceitou casar com ela.-ele fala e me afasta de si.

-Eu aceitei pra poder ver você, não entende?!-eu já estava quase chorando.

-A gente iria dar um jeito. Droga! Sai daqui. Quero ficar sozinho.-ele coloca as mãos sobre seu rosto.

Respiro fundo mantendo o olhar nele. Minha mente queria falar, mas minha boca não abria por nada.

Me aproximo e coloco a mão em seu ombro, mas ele se esquiva e sussurra um:

-Sai por favor.

Saio rapidamente dali antes que a gente brigasse de novo.

Chego na sala e sou abordado por Mellissa que vem rapidamente até mim.

-Eu ouvi os gritos.-ela fala

Não falo nada e a abraço, quase chorando.

-Tom, não chore. Vocês vão dar um jeito. Sempre dão um jeito, não é agora que vai ser diferente.-ela fala passando a mão nas minhas costas.

Saio do abraço e para ela e para a barriga dela. Sorrio e dou um beijo na testa dela antes de sair dali e ir para o jardim.

Não demora muito e vejo Bill vindo na minha direção.

-Eu vou te matar!-ele fala sério quando chega na minha frente.

-Por que?-pergunto curioso.

-Nao consigo viver sem você.-ele responde enquanto relaxa os ombros que estavam tensionados.

Ele senta na grama e me puxa para sentar também, me abraçando em seguida.

Coloco minha cabeça no peito dele e ele beija rapidamente meus cabelos.

Não dissemos nada.

Eu sabia que ele estava zangado então não quis puxar assunto. Depois de um tempo, ouvi sua voz novamente.

-Tom, eu só queria poder fugir com você...pra bem longe.-ele fala de forma suave.

-Eu só queria ter voce pra sempre, não importa onde...-falo e levanto o olhar para ele.

Sorrimos um para o outro e qualquer clima de romance foi cortado pelo barulho de carro adentrando o jardim.

Nos afastamos e ficamos observando o carro que entrava e nele estavam: Gustav e Georg.

Olho triste para Bill que me olha de volta, engolindo o choro.

Me levanto e entro no castelo, não queria mais ver nada.

P.O.V Bill

Observo Tom entrar, sem poder fazer nada para impedir.

Georg e Gustav vêm até mim.

-Oi, meu amor.-cumprimento Georg com um sorriso.-O coelhinho saiu da toca hoje.-falo para Gustav.

-Ele insistiu em vir.-Georg fala se aproximando e me dá um selinho.

-Aconteceu algo?-pergunto.

-Nao, ele disse que não queria ficar sozinho.-Georg responde.

-Eu vou ver a Mellissa.-Gustav fala e se retira.

Olho para Georg que dá de ombros.

***×***
P.O.V Tom

Eu e Bill estamos no meu quarto conversando faz um tempo.

-Amor, o que pretende fazer quando nosso tempo acabar?!-pergunto e ele para de rir de repente.

-Nosso tempo não vai acabar.-ele fala me olhando nos olhos.

-Eu vou me casar e não quero você como amante...dói.-minha voz sai como um fio de tristeza, o que realmente é: uma grande tristeza.

Ele apenas me beija, acho que para me calar mas beija.

Nosso beijo se encerrou rapidamente porque realmente não tinha clima pra isso.

-Nao toca mais nesse assunto.-ele fala e eu concordo com a cabeça.

Ficamos calados, nos olhando por algum tempo até que senti meus olhos pesarem.

Ele me puxa para cima dele e beija minha cabeça. Acabo dormindo com seus carinhos em mim.

***×***

P.O.V Bill

--Semanas depois--

Estamos no meu quarto brigando faz sei lá quanto tempo e eu já estou querendo explodir e arrancar a cabeça dele.

-Mas, Tom...-Tento falar

-Mas nada, Bill!-ele rebate irritado enquanto aponta o dedo indicador para mim.-Escolhe um dos dois.

-Nao tenho como escolher, Tom. Me entenda...-falo quase chorando mas ele mantinha a postura firme.

-Te entender?! Me entenda você. Não é fácil saber que em pouco tempo vai se casar com ela e mesmo assim continuar com você. Por mais que eu te ame, eu não vou mais fazer isso com ela e muito menos com o bebê que vocês esperam.-ele diz por fim e sai, batendo a porta.

Me jogo na cama e fico com a mente vagando pelo céu e pela terra até que levanto e saio do quarto.

Topo com Anna pelo corredor.

-Mi...-ela fala carinhosa.

-Agora não, Anna.-falo e continuo andando até a biblioteca.

Entro e vejo a mãe sentada no sofá.

-Mae.-falo e ela me olha.

-Oi, filho.

Me aproximo dela e me sento ao seu lado.

-Mae, a senhora desistiu do casamento?

-Claro que não. Eu já escolhi o vestido dela e...

-Mae, eu não quero casar com ela.

-Mas vai.-ela diz, firme.

-Obrigado?!

-Se possível até amarrado.-ela fala séria.

-A senhora vai aguentar me ver infeliz pelo resto da vida?!-ela parece pensar um pouco

-Sim.-diz enfim.

Isso quebrou meu coração de uma forma indescritível, nunca pensei ouvir isso da minha própria mãe.

Apenas suspiro e saio dali.

Engulo as lágrimas assim que vejo Tom com Anna no colo.

-Bill, a Anna disse que vc falou mal com ela.-Tom fala

-Desculpa, princesa. Eu tô com a cabeça cheia.-falo e beijo a testa dela, deixando eles ali e seguindo para o meu quarto.

***×***

Eu acabei dormindo e, quando acordo, vejo que já está tarde.

Me levanto e saio do quarto.

Vejo Mellissa escorada na porta do quarto dela.

-Mel?! Você está bem?-pergunto e ela assente.

-Quero falar com voce.-ela fala e entra no quarto dela.

Sigo até ela e entro, fechando a porta atrás de mim.

-Mike, vcs estão brigados?-ela pergunta enquanto nos sentamos na cama.

-Sim...

-Por que?

-Ele não quer ficar comigo, sabendo que vou me casar...

-E por quê vai se casar?

-Por causa da mamãe.

-Voce já é maior de idade, ela não pode te obrigar.

-Ela pode e já está fazendo isso.

Ela suspira e não diz mais nada, ficando apenas com um semblante tristonho.

Olho um pouco para ela, me levanto e saio do quarto.

Vou para o meu quarto e levo um susto ao ver Priscilla na minha cama.

-O que tá fazendo aqui?-pergunto tentando não me exaltar.

-Vim ver meu primo.-ela fala sorrindo.

Parece tão inocente uma desgraça dessa.

-Já viu, agora vaza.-retruco e ela bufa.

Ela sai do quarto fechando a porta com força.

Deito na cama e me enfio em baixo do edredom mas batem na porta.

-Inferno! Me deixa em paz!-grito

-Tem certeza?-era o Tom.

-Entra logo...-falo alto

Ouço a porta abrir e fechar, sendo trancada.

-Tom?!-a voz dele se aproxima.

Me viro para ele e retiro o edredom de mim, ele me olhava com pesar.

-O que foi?-indago.

Ele se abaixa do lado da minha cama e pega meu rosto com a mão, me fazendo aproximar dele.

Nada foi dito, não precisávamos dizer.

Um beijo lento é iniciado.

Essa boquinha dele é tão gostosinha que dá até dó. Ele fazia carinho no meu rosto enquanto me beijava.

Eu me derretia com aquela boca, meu corpo esquentava a medida que ele acelerava o beijo.

Ele sobe na minha cama, sem nos desgrudar e fica por cima de mim, fazendo movimentos de vai e vem com o quadril.

Abro as pernas e as encaixo sobre ele.

Ele geme contra minha boca e desce para o meu pescoço, deixando chupões e mordidas.

Arranho as costas dele por baixo da camisa e o mesmo vai se ajoelhando na cama e retira a camisa, voltando rápido para minha boca.

Sua boca pedia pela minha de forma desesperada e, por um momento, lembrei do que aconteceu hoje.

Afasto ele levemente de mim e saio de baixo dele. Fico em pé ao lado da cama, ofegante e completamente excitado.

Ele me olha extremamente confuso.

-O que foi?!-pergunta se pondo em pé na minha frente.

-Voce falou aquele monte de coisa pra mim e acha que resolve assim?-me altero.

-Nao tentei resolver, só tentei esquecer isso por agora. Só por alguns minutos...

-Nao dá pra esquecer.-rebato me sentando na cama.

-Tom, olha pra mim...

-Vai embora!

-O que?!

-Vai...

Eu não olhava para ele mas ouvii quando se levantou e eu seguro em seu braço.

Nos olhamos por segundos e ele retira minha mão de si e sai.

Eu observei ele saindo pela porta, mas antes de sair, ele me olha com lágrimas nos olhos e depois bate a porta.

-Volta...-sussurro para mim mesmo.

Sinto meu corpo despedaçado e pisoteado por umas duzentas manadas de elefantes.

A porta se abre e eu olho para ela esperando que fosse Tom mas era a Mellissa.

-Bill?!-ela fala e fecha a porta.

Ela vem até mim e me abraça. Começo a chorar igual um bebê que perdeu a mãe.

P.O.V Tom

Entro no meu quarto e soco a porta enquanto derramo lágrimas.

-Conseguiu a despedida que tanto quis?-a voz irritante da Priscilla ecoa pelo quarto.

Me viro para ela e apenas aponto para a porta do meu quarto.

-Nao vai querer nem um beijinho de consolo?!

-Se voce não sair daqui agora eu te coloco pra fora a força!

Ela se levanta da minha cama e sai rindo do quarto. Bato a porta assim que ela sai e volto a chorar de angústia.

Me jogo na cama e sinto algo gelado por baixo de mim.

Lembro que não vesti a camisa mas isso é o de menos.

Pego o objeto e era a correntinha que Bill havia me dado de aniversário.

Droga! Foi a Priscilla que deixou aqui com certeza.

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⏰ Última atualização: Apr 11 ⏰

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