20- Eu já nem sei mais

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Me avisem de erros por favor. Agora tenho as unhas grandes e tem erros passando despercebidos 🥲



P.O.V Tom

A tarde passou se arrastando.

Só saí do jardim pra ver se a Mellissa estava bem e voltei.

Eu quero gostar dela mas não consigo.

Porra! Ela tá carregando meu filho, eu preciso gostar dela.

Eu me preocupo com ela apenas pelo bebê que aliás nem vi ultrassom nem nada.

-Filho?!-mamãe se aproxima de mim e se senta do meu lado.

-Hum?!-falo sem olhar para ela.

-Eu quero que saiba que o que eu faço é pro seu bem...

-Nao é não.-rebato

-Claro que é!

-Nao é! A senhora está vendo apenas a sua imagem, não quer que seja manchada.

-É a sua imagem também.

-Eu quero que a minha imagem se exploda. Eu quero ser feliz e não ter um casamento de fachada que vai fracassar rapidamente pelo fato de eu não amar ela.

-Voce aprende a amar.-ela fala e eu a olho incrédulo.

-Me recuso a acreditar que isso tenha saído da sua boca.-falo e me levanto dali indo para dentro do castelo.

Subo rapidamente para o meu quarto e encontro a DESGRAÇA EM PESSOA DEITADA NA MINHA CAMA!

-Bill, vaza daqui!-falo zangado.

Ele se senta na cama e me olha com o semblante sério.

-Precisamos conversar.-ele fala

-Eu quero que você se foda!-tranco a porta pra não me ouvirem gritando.

-Sabe que não quer!-ele não usou outro tom que não fosse seriedade no que falou.-Agora senta que a gente vai conversar sim.

-Nao tenho nada pra conversar com você!-cruzo os braços.

-Vê se relaxa e se senta!-ele levanta da cama e continua me encarando.

-Eu não vou sentar. Fala logo o que você quer antes que eu taque fogo nesse quarto com você dentro.-falo entre dentes.

-Parece um anjo falando!-ele estava começando a se zangar.

-Fala logo!-falo

-Eu quero saber o porquê do seu braço parecer inchado e porque você fez careta quando os cruzou!

-Fala sério, Bill!-falo e vejo que ele não iria parar de insistir e me enfureço.-Bill, depois de tudo que você fez comigo, você quer mesmo bancar o irmão preocupado pra cima de mim?!

-Eu me preocupo com você sim!

-Eu não vou falar nada...-minha voz começava a embargar e ele faz menção de se aproximar.-Se você chegar perto de mim eu juro que te mato.

Ele respira fundo e se senta novamente.

-O que aconteceu com seu braço?!-ele insiste e eu solto uma risada sarcástica.

-Nao te interessa!-falo com um sorriso no canto dos lábios.

-Ou fala pra mim ou pra mãe!

-Vai correr pra mamãezinha vai?!

-Vou!

-Porra, Bill!-bufo e ele sorri vitorioso.-Eu só me machuquei quando fui fazer oral em você!-falo e ele arregala os olhos.

-Fala mais alto acho que o outro estado não escutou!

-Cara sinceramente.-pondero com a cabeça e acabo cedendo.-Eu só me machuquei em um pedaço de ferro e não queria preocupar a mamãe.

-Meu Deus, deixa eu ver.-ele vem preocupado até mim.

-Cala a porra da boca e sai do meu quarto!-falo e abro a porta.-Nao quero te ver tão cedo.

Ele me olha por alguns segundos e sai.

P.O.V Bill

-Mas então ele começou a rir igual otário e...-Georg estava falando quando escutamos o barulho de algo quebrando.

-Parece ter vindo do quarto do Tom! Vou lá, fica aqui.-falo e rapidamente corro para as escadas e as subo.

Mamãe estava na porta do quarto dele já.

-Voce ouviu esse barulho?-ela pergunta

-Ouvi, mãe.-falo -Eu vejo o que aconteceu não se preocupe.

-Eu preciso ver também.-ela insiste.

-Acho que não há necessidade, ele pode ter caído no banho. Se for grave eu chamo a senhora. Por favor.-ela me olha um pouco mas acaba concordando.

-Mas me chame mesmo.-ela fala enquanto vai saindo dali.

Pego a cópia da chave que eu tenho do quarto dele e abro a porta.

Entro e a tranco novamente.

Ouço soluços vindo do banheiro. Respiro bem fundo antes de abrir a porta do mesmo.

Assim que abro vejo Tom encolhido no chão e chorando.

Cacos de vidro espalhados por todo o banheiro, ele deve ter caído.

-Tom...-Balbucio e ele me nota.

Termino de entrar e me ajoelho perto dele que logo me abraça e continua chorando.

Olho em volta e consigo ver uma adaga no chão com sangue.

Abro a boca para falar mas ele me corta com um:

-Por favor não diga nada...-entre soluços.

Afasto ele de mim um pouco e vejo um sangue meio seco em sua coxa e o puxo novamente para o abraço.

Eu podia sentir a dor dele mas não podia fazer nada.

Ele me olha nos olhos e simples me beija de uma forma incrivelmente calma.

Acabo retribuindo, não tenho forças para recusar.

Em poucos segundos nos afastamos e nos olhamos nos olhos.

Enxugo suas lágrimas que insistem em cair.

-Eu te amo muito, Bill.-ele fala e é impossível não chorar.

Nos abraçamos novamente e agora o choro é algo que faz parte de nós dois e eu já nem sei o porquê de chorar... Eu só estou chorando.

Across the crown - Kaulitzcest VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora