Across the crown - Kaulitzcest Version

22- Só queria congelar o tempo

P.O.V Tom Estamos deitados na minha cama sem falar ou fazer nada faz um bom tempo.

Estamos vestidos, ok?!

Alguém bate na porta.

-Quem é?!-pergunto alto

-Filho, sou eu.-mamãe fala.

Olho para Bill e ele assente.

-Entra!-falo e a porta abre.

Ela nos encara e entra no quarto, fechando a porta.

-Bill, quero falar com seu irmão a sós, por favor.

Ele prontamente obedece e acena com a cabeça para mim antes de sair do quarto.

-O que houve?-pergunto, sentando na cama.

-O seu casamento vai ser um dia antes da coroação que é pra não atrapalhar você no desempenho.-ela fala

-Ainda não desistiu do casamento?-pergunto com voz de tédio.

-Nao e nem vou.

-Mae, eu já não sou mais criança.

-Mas parece uma. Voce sabe o quanto a imagem de vocês é preciosa...-ela fala e eu tenho uma ideia.

-Vamos fazer um trato.

-Que trato?!

-Eu caso com ela sem a senhora ter que me obrigar se eu puder ter a presença do meu irmão sempre que a gente quiser.-falo

-Voce sabe que não pode. Sabe que seu pai criou as regras em relação à coroa e temos que seguir a risca desde que vocês eram pequenos. Voce sabe que as regras são claras nessa questão.

-A senhora sabe que não pode me obrigar a me casar.

-Posso sim.

-Nao segundo as leis que eu estudei na faculdade.-falo firme.

-As leis que você estudou na faculdade, como diz, não se aplicam aqui dentro e sabe que precisa seguir as regras. Eu entendo que está passando por uma situação difícil e que isso é muito complicado. Eu sou sua mãe, não gosto de ver nenhum de vocês dois tristes entao pela primeira vez vou quebrar uma regra. Não faça eu me arrepender disso. Vá ver ele.-ela fala e sai do quarto.

Sorrio vitorioso e saio do quarto, rapidamente entro no do Bill e o encontro olhando para cima. Ele me olha confuso. Fecho a porta e tranco, indo até ele.

-Voce sabe que não podemos...-ele fala se sentando na cama.

-Agora podemos.-jogo ele na cama novamente, me deitando em cima dele.

-Como?!

-Nao importa...-falo e o beijo para ele não falar mais nada.

Ele me rola para o lado e fica por cima, interrompendo o beijo e me olha sério.

-O que voce fez?-ele pergunta e se levanta.

-Eu só disse que me casaria se ela me deixasse ver você.-me sento na cama.

-Voce o quê?!-ele com certeza está irritado

-Era a única forma...-me levanto.

Ele leva as mãos na cabeça em um nítido gesto de raiva.

-A gente ia dar outro jeito. Agora você vai ter que casar mesmo sem querer.-ele fala entre dentes pra prender o grito que com certeza ia dar.

-Billy, eu...

-Voce lascou a nossa vida.

-Eu agi por impulso. Foi a única coisa que veio na mente e eu fiz. Me desculpa se pensei na gente...
-Tom, você...-ele respira.

-Droga!

Me levanto da cama e vou em direção à porta.

-Nem pense em sair daqui.-ele fala e eu paro de andar, me virando pra ele.-Nao vou te deixar sozinho depois do que você fez. Se senta ali e me espera acalmar.

Ele vai para a sacada e eu me sento na cama dele. Respiro fundo várias vezes.

Eu fiz o que achei certo não é justo ele me tratar assim, é?!

Caio na cama, levando as mãos para o rosto em um longo suspiro.

Estou frustrado, tem como não estar?! Eu decepcionei ele.

Eu nunca quis decepcionar ele. Falando nele.

-Tom, se esconde...-ele fala vindo rápido até mim.

-Por que?-pergunto me levantando da cama.

-Só se esconde.-ele fala.

E eu faço o que?! Isso mesmo, me jogo debaixo da cama.

-Acho que dava pra ir no banheiro.-ele fala se abaixando.

Quando tento sair, alguem bate na porta e ele não me deixa sair.

Deito de bruços e fico olhando os pés dele.

-O que você quer?-Bill pergunta sério e zangado para alguém que adentra o quarto.

Vejo as pernas virem e a pessoa se senta na cama dele. Ele fecha a porta.

-O que você quer, Priscila?-ele pergunta e eu me mordo pra não sair dali.

Apenas observo as pernas.

-Voce sabe o que eu quero.-ela fala e cruza as pernas.

-Eu não vou transar com voce.-ele fala e eu abro a boca, chocado.

-Eu sei. Então quero apenas uma coisa...-ela abre as pernas.

-Nem pensar.-ele nega

-Só um pouquinho, Billy...-ela fala manhosa.

-Para, Priscila.-ele fala mais rígido e ela se levanta.

-Diga adeus a coroa então...-ela fala e começa a andar, mas para por algum motivo.

Olho direito e Bill estava a segurando pelo pulso.

-Pede qualquer coisa.-ele fala e ela ri.

-Que bonitinho...não quer trair o amorzinho mas mesmo assim trai o Georg.-ela fala rindo e eu sinto meu coração ser dilacerado.

-Vc sabe muito bem o que me fez fazer.-ele grunhe

-Ui! Fica bravo não, gatinho. Faz mal pra pele.

-Fala logo o que você quer e me deixa em paz.-ele fala

-Por agora nada. Você tá se mantendo afastado do Tom?

-Sim.

-E onde ele está agora?

-Nao sei. Agora sai daqui.-ele fala mais grosso.

Ela ri e se retira do quarto. Ele a segue e tranca a porta mas alguém bate na mesma.

Ele abre e eu vejo as pernas da Mellissa.

-Fala!-ele fala

-Posso entrar?!-ela pede com a voz calma.

-Por que eu deixaria?

-Eu ouvi tudo e sei que o Tom tá aqui.-ela fala.

Bill puxa ela pra dentro e tranca a porta. Saio de baixo da cama e eles me olham.

Bill vem pra mim e me abraça.

-Aconteceu algo, Mellissa?-pergunto olhando para ela.

-Eu quero ajudar voces.-ela fala e Bill se desvencilha de mim.

-Por que?-ele pergunta olhando sério para ela.

-Nao é justo com vocês...

-Pelo que eu lembre você não gostava de mim.-Bill fala cruzando os braços.

Ela dá de ombros.

-Eu gosto do Tom e se ele te ama então eu quero ajudar voces a se livrarem dela.

Bill me olha e eu dou de ombros.

-Certo! Senta.-ele fala apontando pra cama.

Nós três nos sentamos e Bill começou a contar...

-Pouco antes da gente sair de Roma aquele dia, a Priscilla mandou mensagem e uns vídeos pra mim. Ela começou a ameaçar a gente de que se eu não fizesse o que ela queria, ela iria divulgar o vídeo e várias fotos que não faço ideia de como ela conseguiu.

-O que ela iria ganhar divulgando?-Mellissa pergunta

-A coroa.-Bill responde.

-Se ela tirar a coroa da genge, vai pra ela automaticamente. E quando a gente chegou de viagem eu tive que fazer uma supercena pro Tom desistir de mim. Eu achei que ia ser fácil mas não foi...-ele me olha e volta a olhar para a Mellissa

-Mas e o Georg?-pergunto.-Voce tinha terminado com ele ou não?

-Sim...mas depois daquilo, eu tive que fazer de tudo pra ela pensar que a gente já era mesmo então mandei o Georg vir aqui e a gente conversou.

-E o que acontece com ele agora?-pergunto

-Vou fazer ele desistir de mim. Não posso terminar com ele.

-Voce vai continuar traindo ele comigo?-pergunto

-Nao é uma traição se quem eu amo é você...

-Claro que é traição.-falo e me levanto da cama.

-Tom, não faz isso com voces.-Mellissa fala.

-Mellissa lindinha, é uma traição.-falo

-O Bill dá carinho e amor pra ele.-ela fala

-E depois transa comigo.-completo.

Bill apenas observava sem dizer nada.

-Tom, não tire conclusões assim.-ela fala

-Depois eu penso nisso. Como você pretende ajudar?-pergunto

-Nao faço ideia ainda, mas vou tentar. E sempre que eu chegar perto de você faça o possível pra mostrar que se interessa por mim, ok?! Porque sempre que eu fizer é porque tem alguém olhando...-ela fala

-Tá! Agora...-olho para Bill.

-Já entendi.-ela fala e se levanta.

Ela sai do quarto e eu a sigo, tranco a porta e volto para a cama.

Me sento de frente para Bill.

-Billy, voce acha certo isso?-pergunto calmo

-Jamais... Mas se é o único jeito de te ter...

-Então me entende agora?-pergunto e ele assente.

Suspiro e vejo que ele começava a dar vestígios de que choraria.

Puxo ele para um abraço e não dá em outra, ele começa a chorar. Deito com ele na cama e ele se aconchega mais em mim.

Ele chorava baixinho e abafava na minha camisa, alguns soluços.

-Calma, Bill...-falo, fazendo carinho na cabeça dela.

Meus pensamentos voam para longe e eu não sei o quão longe eu fui parar pra achar memórias do nosso pai.

Saio rapidamente dos pensamentos, antes que eu chorasse.

Bill estava calmo, calmo até demais.

-Billy...-chamo baixinho e ele apenas me aperta mais.

Sorrio e continuo ali abraçado a ele, sem a mínima vontade de querer saber o que vai acontecer daqui pra frente.

Só queria que esse tempo parasse aqui, exatamente aqui.