i knew you were trouble | anthony larusso!

eu nunca odiei você.

ANTHONY LARUSSO

TÁ BOM, o que foi isso!? Porque essa doida me beijou, eu não sei. Mas que foi bom, foi. Foi ótimo, na verdade, incrível.

Mas não posso me apegar à isso, temos que ser profissionais e fazer tudo com o pensamento de que vai acabar logo.

Quando nos afastamos, vi que ela estava assustada. A acalmei com o olhar, tentando me comunicar com ela.

— Anthony..— Ela sussurra, com a voz embargada.

Merda, ela vai chorar? Por quê chorar? Eu a machuquei? Ela não gostou?

Não deu tempo de conversarmos, já que Falcão e os garotos pegaram Mack e a levantaram.

Ela rapidamente limpa as lágrimas que caíram, e começa a forçar uma risada.

Após a comemoração, que eu já nem estava mais tão animado assim, ela dá a desculpa de que está com dor de cabeça e vai embora. Minutos depois, decido acompanha-lá e apenas digo à eles que vou cuidar da Mack.

— MacKenzie!? MacKenzie!? — Gritei, mas ela apenas acelerou o passo, nem olhando para trás.

— Kenzie, por favor! — Ao chama-lá pela terceira vez, ela para.

— Não me chama assim. — Ela sussurra, virando-se para mim.

Ela está chorando. Há lágrimas em toda a parte de sua bochecha, seus olhos estão vermelhos e ela soluça às vezes.

— Por quê ficou tão mal com o beijo? Foi ruim, é isso? — Pergunto, aproximando-se dela.

— Não foi. — Ela ri. — Na verdade, foi incrível, Thony. Mas eu não posso mais continuar com isso. — Ela faz menção para voltar a correr.

— E por quê? Não está gostando, porque estou forçando a barra, é isso? Se você quiser, eu amenizo.

— Não é isso, eu só não consigo mais fingir. — Ela disse, incomodada.

— Não, Mack, por favor. Se você quiser, a gente pode terminar até uma semana antes do halloween, mas por favor, continua.

— Uma semana antes do halloween? — Isso pareceu convence-lá. Ótimo.

— É.

— Tá bom, então. Dia vinte e cinco de outubro acabamos tudo, combinado? — A garota cruza os braços, olhando para qualquer lugar, menos para mim.

— Combinado. — Respondo, sem pensar muito.

De repente, é como se meu corpo não obedecesse mais meus comandos, e eu começo a me aproximar de MacKenzie. Só parei quando ficamos há milímetros de distância.

— MacKenzie, olha para mim. — Sussurro, depois de um tempo.

Ela fecha os olhos, respirando fundo. Parecendo buscar forças.

— Mack, olha para mim. Por favor. — Sussurro, fitando seus olhos com preocupação.

— Não dá. — Sua voz é embargada.

— Kenzie, olha para mim. Eu só quero que olhe para mim. — E então, a garota levanta seu olhar para mim. Ela mordia o lábio inferior, acredito que, para segurar o choro.

— Se você não está bem, sabe que pode desabafar comigo, né? Sou seu amigo. — Pouso a mão em seu ombro, tentando conforta-lá.

— Pensei que a gente se odiasse. — Ela ri pela primeira vez na conversa.

— Eu nunca odiei você. — Sorrio.

E então, seus olhos começam a brilhar. Ela ficou bem surpresa com a minha fala. Isso a fez sorrir, o que automaticamente me deixou feliz.

— Ótimo, agora vamos para a sua casa, mocinha. Temos muito o que fazer. — Digo, passando meu braço atrás de seu pescoço e a levando comigo.

— Tipo o quê? — Ela pergunta, curiosa.

— Vai ver. — Sorrio para ela, pela milésima vez no dia.