bom, hoje foi inacreditável.

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MACKENZIE DÍAZ

HOJE É domingo. Pede cachimbo? Não. Pede socorro, mesmo.

Todos os domingos, a minha família e a de LaRusso se reúnem para um almoço. Eu não fui no último, então minha mãe quer que eu vá nesse.

— Cadê o sorriso, Mack? — Pergunta minha mãe, após tocar a campainha.

Eu forço o sorriso mais feio de todos e ela faz careta.

— Não sei porque está tão mal-humorada. Vai ver seu namorado. — Ela disse, dando de ombros.

— Meu o quê!? — Murmuro, arregalando os olhos.

Samantha abre a porta com um doce sorriso no rosto, interrompendo nossa conversa.

— Sejam bem-vindos, como sempre. — Ela diz, cumprimentando minha mãe com um abraço, Robin com um toquinho e Miguel com um selinho. Ew.

— Eaí, cunhadinha. Como você está? — Sam sorri para mim, e eu olho para trás. Só para ter certeza de que ela está se referindo à mim.

— É-é comigo? — Pergunto, apontando para meu peito, deixando transparecer meu nervosismo.

— Mais é claro. Com quem mais seria? — Ela ri, me abraçando. Não retribuo pelo choque.

— Oi pessoal. — Amanda entra em meu campo de visão.

— Vem cá dar um abraço na sua sogra, menina. — Disse Amanda, após cumprimentar minha mãe e meus irmãos.

Isso só pode ser um pesadelo. E que pesadelo! Calma, Kenzie. Talvez, se você se beliscar, você acorde.

Me belisquei e não funcionou. Tá, talvez isso seja uma DR. Uma DR em que eu nunca desejei estar.

— MacKenzie! Vai lá abraçar a Amanda! — Minha mãe me tira do transe, brava por ter deixado tia Amanda no vácuo.

Eu só me aproximo e a abraço. Em choque demais para dizer alguma coisa.

— Ah, deixa ela, Carmen. Deve estar tímida, você sabe. — Ela fala para minha mãe, e eu arregalo os olhos, saindo do abraço imediatamente.

— O Anthony está lá no quarto dele, querida. Vá acorda-lo. — Fala Amanda.

Subo às escadas, correndo. Entro em seu quarto feito um furacão e o derrubo da cama.

— O QUE ACONTECEU!? — Ele grita, rapidamente se levantando.

— QUE HISTÓRIA É ESSA DE QUE A AMANDA É MINHA SOGRA!? — Bato no braço de Anthony, fazendo ele gemer. — E QUE A SAM É MINHA CUNHADA!? — Faço menção para bater nele novamente, mas ele se afasta.

— Bom. Cunhada, de todo o jeito, vocês já eram. — Ao ouvir isso, pego uma pelúcia qualquer de sua cama e arremesso em sua cabeça.

— Ei, ei, calma aí! Você sabe o que aconteceu, foi no dia do jantar. — Ele se explica.

— Mas eu pensei que você tinha desmentido. — Digo, colocando as mãos na cintura.

— Isso não vai rolar. Vamos ter que fingir, pelo menos para eles. Foi mal aí. — Ele fala e dá um sorrisinho para tentar me convencer.

— Argh, se eu te pego, moleque! — Falo, correndo até ele. O esperto passa por cima da cama, ficando do outro lado.

— Vai me pegar, mas não do jeito que pensa. — Piscou para mim e eu me arrepiei. Mas ignorei, ficando mais brava ainda e correndo até ele.

— Você vai ver só, eu vou falar toda a verdade agora mesmo! — Digo, brava. Passo por ele e vou em direção à porta, mas o mesmo segura em meu braço.

i knew you were trouble | anthony larusso!Onde histórias criam vida. Descubra agora