030 ━━ 𝐒𝐄𝐌 𝐒𝐀Í𝐃𝐀

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Após uma hora que a Buckley havia saído, a menina voltou com um papel enrolado. Chamando o trio de amigos de volta para dentro da sala de funcionários. Com uma curiosidade crescente do que poderia ser aquilo, Lydia não parou de olhar para a mão da amiga nem um segundo.

  ─ Eu acho incrível o que a gente consegue com vinte dólares no cartório da cidade. ─ A Buckley estendeu um mapa na mesa. ─ Starcourt Mall. A planta completa.

  ─ Nada mal. ─ Dustin falou olhando a loira.

Robin apenas sorriu como uma resposta. Lydia ficava olhando atenta para a planta e Steve se sentava. ─ Nós estamos aqui, na sorveteria. ─ Robin apontou. ─ E aqui é onde queremos chegar. ─ A mesma arrastou o dedo indicador apontando para outro canto da planta.

  ─ Eu não tô vendo nenhuma entrada. ─ Steve falava.

  ─ Não têm. ─ Robin respondeu.

  ─ Não se pensarmos apenas em portas. ─ A Hopper sorriu compreendendo a lógica da amiga.

Robin olhou a amiga com um sorriso momentâneo. ─ Exato. ─ Ela tirou uma folha e deixou sobre o chão.

  ─ Dutos de ar. ─ O cacheado falou olhando as amigas.

Lydia desviou o olhar sorrindo minimamente.  ─ Exato. ─ Robin assentiu e foi até o quadro branco onde haviam suas canetas. ─ Pelo visto, a sala secreta precisa de ar como qualquer outra sala. ─ A Buckley voltava com uma caneta vermelha. ─ E esses dutos de ar ─ A mesma circulou no papel com a caneta e em seguida traçou um caminho. ─ Vão vindo até aqui. ─ Robin circulou na outra ponta da folha.

O quarteto olhou para o duto de ar que havia ali na sala. A Buckley tinha um sorriso contente sobre o rosto.

Após Steve pegar uma escada que havia no local e subir segurando uma chave de fenda, o rapaz abriu a proteção de ferro do duto enquanto colocava a chave sobre a boca para conseguir usar as duas mãos e tirar a proteção de ferro.

  ─ Me dá a lanterna. ─ O Harrington entregou a proteção de ferro para Dustin, enquanto o mesmo o entregava uma lanterna. ─ Obrigado. ─ Steve pegava a lanterna e começava a iluminar dentro do duto.

Lydia olhava curiosamente para o duto da sala, enquanto movia levemente seu corpo para os lados tentando ver algo. A cada passo que davam para descobrir o que tinha naquela bendita sala secreta, ao mesmo tempo que na mente da Hopper a menina dissesse a si que era uma péssima ideia e o mais lógico a se fazer naquela situação era falar com seu pai, um diabinho no outro lado de sua orelha repetia que tinham que descobrir o que poderia ser aquilo. E lá estava, a Hopper, junto de seus dois amigos e seu namorado, Steve Harrington, tentando desvendar o que infernos tinha naquela pequena sala secreta que aqueles russos poderiam tanto guardar. E o mais curioso, o que queriam nos Estados Unidos? Principalmente em Hawkins. Uma cidade tão pacata, a não ser pelos acontecimentos dos últimos anos.

Steve olhava para dentro do duto com a testa franzida. ─ É, sei lá, gente. Não sei se você cabe aqui dentro, não. Eu acho… ─ Ele deu uma breve pausa. ─ Bem apertado. ─ O menino descia a escada.

  ─ Vai caber. ─ Dustin respondeu convicto. ─ Confia em mim. Sem clavícula, lembra? ─ O cacheado pegou a lanterna da mão de Steve e começou a subir a escada.

  ─ Hã? Como é que é? ─ Um risco apareceu entre as sobrancelhas da Buckley.

Steve se virou para a amiga. ─ Ele tem uma doença doida. ─ Steve espremeu os olhos tentando lembrar o nome. ─ Cri… Crito… ─ O mesmo desistiu de lembrar. ─ Sei lá. Ele não tem ossos e se dobra feito o Gumbo.

𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋, steve harringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora