042 ━━ 𝐎 𝐕𝐄𝐋𝐇𝐎 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐑𝐄𝐄𝐋

419 26 1
                                    

O trio de meninas finalmente haviam chegado no manicômio de Pennhurst. Lydia se sentia o ser mais ridículo que existia, pra completar, Steve, antes das garotas saírem da casa de Nancy, havia dito que pareciam três bonecas da Holly que haviam ganho vida, e aquilo era quase inegável, porque de fato a Hopper se sentia daquele jeito, uma bonequinha. Robin, usava um vestido rosa de babado com a parte de baixo sendo florido, junto de um casaco bege e um saltinho branco. A Hopper usava um vestido liso de manga longa que tinha a altura da sua coxa, ele era de cor azul e tinha alguns detalhes rosados como se fossem listras, junto do saltinho e a meia no pé que se igualava ao de Robin. E, Nancy, usava uma camisa social branca de babado e gola alta, com uma saia azul e um paletó da mesma cor por cima e um salto.

  ─ Eu tô parecendo uma boneca Barbie com isso aqui. ─ Lydia falava enquanto andava ao lado das amigas. ─ Sem falar que jajá eu vou morrer de calor.

Robin andava de um jeito tropeçado enquanto vinha atrás das amigas. ─ Não dá pra respirar nisso aqui, coça muito, tá coçando tudo.

Nancy virou para as amigas. ─ Nem tudo é sobre conforto, ok? Somos pesquisadoras sérias. ─ Lydia tropeçava e um pequeno pedaço de pedra, ela não era nada acostumada a usar saltos, por mínimo que seja o tamanho.

  ─ Claramente vindo de um almoço de Páscoa. ─ Robin respondeu. ─ Fora que esse sutiã que você me emprestou tá apertando meus peitos. ─ A loira falava tentando ajeitar.

Lydia revirou os olhos claramente irritada com aquela roupa da amiga. ─ Do almoço da Páscoa? Parece que roubamos o armário da minha avó, ou que sei lá, fomos tomar o chá da tarde junto das bonecas da minha prima de quatro anos.

Nancy suspirava enquanto olhava ambas novamente. ─ Olha, deixem que eu falo com ele. Será que isso é possível?

  ─ Não só possível, como é inevitável, porque daqui a pouco vou morrer sufocada. ─ Robin puxou a gola da camisa.

As meninas finalmente entravam no manicômio e iam direto para a sala do Dr. Hatch. Tinham três cadeiras, Nancy se sentou no meio, enquanto Lydia e Robin nas pontas. O homem lia a caderneta de informações colegiais das meninas e ambas as três ficavam ansiosas esperando pela reação do mesmo.

  ─ Os CR's são muito altos. Das três. ─ O homem suspirou e fechou a caderneta. ─ Impressionante.

  ─ E essa é uma recomendação do professor Brantley. ─ Nancy entregou uma folha para o homem.

O homem pegava a folha. ─ Ah, eu conheço o Larry! Muito bem na verdade. ─ Lydia forçava um sorriso falso no rosto e depois olhava as amigas. ─ É o que dizem: "Os que não conseguem fazer, ensinam." ─ O homem gargalhou fazendo as meninas gargalharem de jeito falso e se olharem.

  ─ É… foi por isso que nós viemos. ─ A Wheeler falou hesitante. ─ Tem um limite do que dá pra aprender em sala de aula.

O homem assentiu. ─ Eu simpatizo com a dificuldade, mesmo, mas temos um protocolo pra visitar um paciente como o Victor. ─ As meninas se ajeitavam na cadeira. ─ Precisam entrar com um pedido. Depois passar por um processo de avaliação. Depois disso, o conselho toma uma decisão. ─ Lydia ficava sem reação junto das amigas enquanto fitavam o homem. ─ Vi que estão decepcionadas. ─ O homem suspirou. ─ Mas seria um prazer apresentar a instituição pra vocês. Talvez consigam até falar com alguns pacientes de baixa segurança.

  ─ Olha, seria um prazer… ─ Nancy respondeu olhando as amigas. ─ Mas é que… ─ Ela hesitou mais uma vez. ─ Nossa tese é pro mês que vem.

  ─ Estão atrasadas.

  ─ É.

  ─ De quem é a culpa?

𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋, steve harringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora