029 ━━ 𝐈𝐍𝐒𝐀𝐍𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄

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A Mayfield olhava para a mais velha. ─ Não se incomode com isso, Lyd. Não precisa nos dar carona até minha casa.

Lydia olhava as mais novas. ─ Faço questão. Não é uma boa vocês duas tarde da noite indo a pé até sua casa.

─ A El tem poderes, fica tranquila.

─ É. ─ Eleven concordou.

A Hopper negou com a cabeça. ─ Nada disso. Sou responsável por vocês. ─ Lydia pegou as chaves do impala.

Ambas suspiraram, mas concordaram. Porque de fato não era uma boa ideia andar sozinha aquelas horas. Por mais que a cidade fosse um paraíso e raramente acontecesse alguma tragédia, ainda tinha as coisas dos dois anos passados. A mais velha se aproximou de um pedaço de papel em braco e escreveu "El foi dormir na casa da Max."

─ Pro papai não ficar preocupado. ─ Lydia falou colocando um ímã no papel para que ficasse preso e destacado na geladeira.

As meninas concordaram. Ambas foram até o impala da Hopper e entraram. Lydia dirigiu até a casa da Mayfield, e ao deixar as meninas lá voltou para sua casa.

A Buckley estava sentada no banquinho que havia atrás do balcão, Enquanto ouvia a gravação russa que rodava em seu walkman, a mesma segurava uma folha com a tradução da frase dos supostos russos malignos, enquanto ao seu lado havia um dicionário aberto. Lydia ficava cuidando dos clientes, entregando sorvetes e recebendo o dinheiro.

─ Vem com a gente, Lyd? ─ Steve perguntava em frente ao balcão enquanto olhava a namorada que terminava de entregar o troco para um cliente.

Lydia olhou para o namorado e desviou o olhar para a Buckley ao seu lado que estava concentrada. ─ Alguém tem que ficar vendendo sorvetes com a Robin.

Steve sorria. ─ Até daqui a pouco então, baixinha.

Lydia sorriu acenando. ─ Até já. Juízo vocês dois.

Dustin e Steve saíram juntos e logo sumiam em meio a multidão do shopping. Lydia nem prestou atenção na dupla de amigos sumindo em meio a multidão, porque estava anotando algumas coisas em uma caderneta da empresa. Mas logo perdeu sua concentração com Robin que falava alguma coisa e fazia a Hopper a observar.

─ Isso não faz sentido. Tenho certeza que está certo a minha tradução. ─ Robin abaixava os fones do walkman e olhava para a amiga.

Lydia se virou para a loira após fechar o caderno. ─ Porque está certo. Qual é, já revisamos o que?... umas 5 vezes só hoje? ─ A mesma se escorou em uma bancada que havia atrás.

O ambiente ficou em um breve silêncio, até que Robin quebrou novamente. ─ Uma pergunta bem aleatória, mas como você e o bocó começaram a namorar?

Lydia riu anasalado e sorriu. ─ Ano passado. Eu sempre fui próxima da Nancy no colégio. Então eu e o Steve nos conhecemos há dois anos atrás e ano passado nos confessamos.

─ Entendi. Acho que lembro de você na época. Você andava com a Carol e o Tommy. Não sei como você aguentava aquela turma de idiotas.

A Hopper olhou para baixo enquanto cutucava um pouco a carne de seus dedos. ─ Sinceramente, não aguentava. A Carol era insuportável. E o Tommy só falava merda atrás de merda. E o Steve… ─ A morena parou brevemente pensativa. ─ Bem, o Steve é o Steve, você conhece a peça. ─ Lydia olhou para a amiga. ─ Mas e você gosta de alguém? Deve ter algum garoto que você sinta algo ou já sentiu algo.

─ Acho que gostar de alguém desse jeito não é muito meu estilo. ─ A Buckley se levantou e suspirou.

─ Entendi. Mas qualquer coisa tô aqui. É sempre bom ter esses momentos com alguma amiga, sem ter meninos ouvindo ou enchendo o saco e falando merda.

𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋, steve harringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora