ღ Lee Know

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Minha casa estava uma bagunça e eu estava prestes a chorar de frustração, havia castrado minha gatinha a dois dias atrás e eu pensei que seria tranquilo e que eu iria conseguir fazer tudo sozinha, trocar o curativo, dar remédios, alimentar, limpar

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Minha casa estava uma bagunça e eu estava prestes a chorar de frustração, havia castrado minha gatinha a dois dias atrás e eu pensei que seria tranquilo e que eu iria conseguir fazer tudo sozinha, trocar o curativo, dar remédios, alimentar, limpar... Se Deus existe ele deve estar rindo de mim agora.

— 'Ottoke? — Algumas lágrimas descem pelo meus rosto e eu olho para minha gatinha preocupada, sento sobre meus tornozelos para acariciar seu pelo, ela mia sonolenta, ainda estava com alguns efeitos da anestesia mas mesmo assim era impossível para mim trocar seu curativo sozinha.— Meu amor... deixa mamãe trocar o seu curativo? Hm? Por favor?

Pergunto para ela que apenas mia alto para mim como se negasse o meu pedido e eu suspiro, assim que faço isso uma pessoa vem a minha mente.

— Minho... — Sussurro lembrando da existência do meu vizinho facilmente irritável e meu coração bate rápido em expectativa.— Ele deve me ajudar... certo?

Pergunto para mim mesma, apesar de Minho estar sempre implicando comigo por coisas fúteis que eu não consigo controlar, por exemplo as vezes eu preciso mudar os móveis de lugar para limpar e é impossível não fazer barulho já que seu apartamento é logo em baixo do meu, mesmo assim todo santo dia em que eu estou limpando o apartamento ele vem reclamar do barulho.

"— Você não disse da outra vez que ia parar com o barulho? — Ele perguntou assim que eu abri a porta.

— Eu disse que iria tentar não fazer barulho, são coisas completamente diferentes. — Esclareço e ele deixou uma risada anasalada escapar.— Não tem como eu limpar os móveis sem mover eles do lugar.

— Então não limpe! — Ele disse simplista e eu o olhei aborrecida.— Eu preciso dormir!

— As duas da tarde? — Pergunto franzino as sobrancelhas.

— Meu sono é desregulado! Algum problema? — Apontou para mim desacreditado e eu sorrir.

— Sinceramente... — Me afastei da porta e bati ela em sua cara.

— Ya! Se não consegue mover as coisas sozinha peça ajuda ao invés de fazer esse barulho todo... — Exclamou por trás da porta e eu revirei os olhos. "

Balancei a cabeça espantando as lembranças dele da minha mente e mordi os lábios em dúvida se pediria sua ajuda ou não, olhei para minha gatinha novamente e voltei a chorar de preocupação.
Arrumei as coisas dela em minha bolsa rapidamente e a coloquei dentro da caixa me preparando para ir até o apartamento de baixo.

— Eu sei que você não gosta da caixinha meu amor... — Conversei com ela que miava sem parar e comecei a fechar o apartamento indo até o elevador.— É rápido, eu prometo.

Apertei o botão do andar dele e em poucos segundos a porta se abriu novamente, não sabia qual era o número de sua porta mas se seu apartamento é embaixo do meu então deve ser do lado esquerdo, por sorte havia apenas dois apartamentos por andar. Toquei sua campainha e esperei enquanto olhava para minha gata que ainda miava alto dentro da caixa, suspirei, sentia que estava estressando ela ao máximo nos últimos dias e isso me enche de culpa.

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