CAP 11 .

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Enid Sinclair.

Assim que abro a porta e entro ouço reclamações de Esther, minha mãe. Retiro minhas luvas a deixando no cabideiro atrás da porta de entrada.

- Que vestimentas são essas?! --- Minha mãe questiona me fazendo olhar-lá e em seguida para minha roupa que no meu ponto de vista não havia nada errado. - Onde você estava até uma horas dessas?

- Estava atirando com Yoko. --- Repondo e vejo aquele olhar de repreensão.

- Você se machucou?!

- Que tipo de calças são essas? --- Olho Catherine, minha irmã, descer as escadas com seu vestido ridiculamente exagerado.

- Está sangrando?! Aí meu deus! --- Isabel minha irmã mais nova exclama se aproximando olhando diretamente para minhas pernas.

- Sangue... sangue... e mais sangue! --- Retiro meu casaco sobretudo enquanto falo de forma dramática.

- Enid Sinclair! Pare já! --- Minha mãe me repreende. - Seu noivo está no escritório e seria ridículo ele lhe ver desse jeito!

- Ajax está aqui? --- Coloco meu casaco de volta, escondendo minhas calças sujas de sangue.

- Ele está sim e... --- Catherine vem até a mim com aquele sorriso que significa que não vai falar algo nada agradável. - É possível ele desistir de casar com você ao ver-lá com essas calças... parece um homem! --- Escuto suas risadas.

- Ele vai desistir de casar com ela e vai escolher você? --- Isabel fala dando ênfase no "Você."

- Chega... chega...! --- Minha mãe empurra as duas vindo até a mim. - Vai se arrumar para ver o seu noivo! Vai, Vai! --- Me vira em direção as escadas e me empurra.

Subo as escadas na maior lentidão, indo em direção ao meu quarto. Ao entrar sigo rapidamente para o banheiro pequeno mas aconchegante que havia em meu quarto.

Retiro minhas roupas, ficando despida e entro na banheira, sentindo a água gelada em meu corpo.

[ . . . ]

- Menina Enid. --- Rosêla entra em meu quarto chamando minha atenção, olho para suas mãos e vejo um buquê de lírios. - Ela te mandou flores novamente.

Um sorriso automaticamente cresce em meus lábios enquanto seguro o buquê e vejo a senhora me entregar a carta. Não tem um dia sequer que essa mulher misteriosa não lembre de mim.

- Nunca vi alguém tão apaixonado como ela é por você. --- Rosêla diz e a olho. - Deveria dá uma chance para esse amor.

- Isso é errado. --- Digo desviando o olhar, focando meus olhos nos lírios. - Não posso simplesmente dá uma chance para esse amor que ao menos existe! --- Me a levantei, deixando o buquê em cima da penteadeira. - Eu vou me casar e...

- Se casar com alguém que não ama. --- A senhora fala me interrompendo. Caminho até à janela em meu quarto, abrindo um pouco a cortina, sentindo o vento frio em meu rosto.

- Eu posso aprender a amá-lo. --- Me viro para a mulher de cabelos brancos. - É assim que as coisas funcionam.

- Não se aprende a amar. --- Ela se aproxima, segurando meu rosto. - Sinto muito querida... Seu entendimento sobre o amor está errado. --- Sinto um beijo delicado em minha testa e fecho meus olhos. - Um dia você vai entender.

[ . . . ]

Minha olhos azuis.

Peço a ti que me desculpe por tal desilusão, sei que esperava um admirador e não uma admiradora. Prometo que meus sentimentos são os mais sinceros e puros.

Tenho certeza que é possível amar alguém sem ao menos tocar-lá. Te mando esse buquê de lírios que simboliza amor puro.

De seu verdadeiro e
mais sincero amor.

significant  flowers - wenclair .Onde histórias criam vida. Descubra agora