24° Capítulo

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Alícia.

Já era quinta-feira a tarde, estava arrumando minhas malas para voltar para Londres. Fiquei escutando minha mãe reclamar da minha volta o dia inteiro, mas ela queria que eu fizesse oque?

Passei 2 dias aqui em Washington com elas, era o máximo que eu conseguia ficar. Já estou até imaginado no quanto eu vou me ferrar com essa vinda escondida. Meu vôo estava marcar para as 16:00, e já era 14:30, o bom é que o aeroporto não fica tão longe da casa da minha avó. Estava terminando de fechar a mala, quando Júlia entra no quarto.

Júlia: você já vai embora?

Olho em seus olhos que pareciam tristes e decepcionados.

Alicia: oh pequena, eu ja tenho que ir. Tenho que trabalhar em Londres, para continuar mandando o seu dinheiro.

Júlia: mas eu queria que você ficasse comigo e com a vovó. Por que você não trabalha no Canadá?

Ela me deixou sem respostas para a sua pergunta, ela também acha que sou enfermeira, e hospital tem em todo canto do Canadá.

Alícia: eu ainda estou vendo essa possibilidade, tenho muitas responsabilidades e ordens a cumprir em Londre. Não é tão fácil como você pensa.

Júlia: você não gosta de mim?

A vontade que eu senti de chorar nesse momento era inexplicável. Júlia é tão doce e carinhosa, como eu ia explicar a ela que o problema que eu tenho com ela não é esse?

Alícia: claro que gosto de você, Júlia.

Júlia: e por que eu não posso morar com você?

Alícia: eu ja expliquei a você que eu trabalho muito, não teria tempo de cuidar de você, como tem que ser feito.

Júlia começa a chorar e me abraça. Eu não odiava ela, eu apenas não conseguia criar um afeto grande por ela. Talvez por ela me lembrar ele e aquele dia terrível.

Alícia: não chore princesa. Eu vou visitar vocês de novo.

Acaricio seus cabelos e a abraço.

Diana: vem Júlia, sua mãe tem que ir.

Levanto meu olhar e olho para a minha mãe, que estava com cara de poucos amigos. Afasto um pouco Júlia, e seguro sua mão.

Alícia: escute bem Júlia, eu prometo que no seu aniversário eu busco você e te levo para passar a semana comigo.

Antes que Júlia respondesse, minha mãe rebate.

Diana: não prometa algo que você não possa cumprir, Alícia.

Alícia: eu vou cumprir, mãe. E você já esta avisada, no final de semana antes do aniversário dela, eu vou busca-la.

Júlia: você promete?

Olho em seus olhos que estavam azuis como o oceano, e repito:

Alícia: eu prometo.

Dou um beijo em sua bochecha e me levanto. Pego minha mala e vou para a sala me despedir de Melody e da minha avó.

Amélia: você já vai mesmo, minha filha? Mal chegou e já vai embora.

Alícia: tenho que trabalhar, vovó.

Dou um abraço e um beijo nela.

Amélia: tudo bem. Mas espero que venha me visitar mais vezes, e que da próxima vez já esteja casada e com a sua família formada.

Alícia: não diga bobagens, vovó. Sabe que nunca vou me casar.

Vou em direção a Melody e lhe dou um abraço.

Amélia: nunca diga nunca, Alícia.

Alícia: cuide bem da minha avó, Melody. Ela ja esta velhinha e parece que está começando a delirar.

Sorrio e vou para perto da porta, minha mãe me acompanha e segura meu braço quando eu estava saindo.

Diana: espero que cumpra o que falou, e que não a faça ficar te esperando, igual ano passado.

Alícia: eu já falei que vou busca-la, para de ficar me repetindo isso.

Puxo meu braço e coloco a mala para fora.

Diana: se cuida e preste atenção.

Alícia: sempre me cuidei, e oque não me falta é atenção.

Meu táxi já tinha chegado, coloco a mala no porta malas e ele segue em direção ao aeroporto. Ligo para Willian, avisando que chegaria em Londres por volta das 00:00. No caminho também ligo para Lisa, pergunto como Miguel reagiu a minha ida até aqui, e ele não esta nada feliz com isso.

Nunca fui punida na agência, mas sabia que as punições não eram nada boas. Mas eu estava pronta e de cabeça erguida para enfrentar Miguel, não me arrependo de der vindo até aqui.

Chego no aeroporto e passo pelas burocracias. Quando entro no avião, vou a viagem inteira dormindo e ouvindo música.

Chego no aeroporto de Londres as 00:30. Willian já estava me esperando, sentado em uma cadeira. Quando me ver, ele levanta e eu vou ao seu encontro.

Willian: finalmente.

Ele me abraça e me dar um selinho.

Alícia: nem demorei tanto, chegou aqui que horas?

Willian: 23:30, e sim, demorou muito.

Alícia: tão pontual.

Willian: sempre, querida. E sua irmã? Como está?

Alícia: esta bem...

Willian: oque foi? Parece triste.

Alícia: não é nada. Toda despedida é triste.

Willian: verdade.

Caminhamos em direção a saída e eu acho estranho, deveríamos estar indo para o estacionamento.

Alícia: para onde estamos indo?

Willian: o estacionamento estava cheio, deixei o carro em uma rua próxima.

Alícia: hm... Não esta querendo me matar né?

Pergunto desconfiada, mas dou uma risada para quebrar o gelo.

Willian: Claro que não. Não mataria um coisa gostosa dessas.

Alicia: você só não me matou por que sou gostosa?

Willian: e por que você é valentona.

Alícia: você é um idiota.

Willian: para com isso.

Ele me para e se posiciona na minha frente, olha nos meus olhos e fala:

Willian: estava com saudades de olhar para esses olhos lindos.

Antes que eu possa responder, Willian invade minha boca com sua língua e coloca sua mão em meus cabelos.

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