38° Capítulo

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                      2 𝓼𝓮𝓶𝓪𝓷𝓪𝓼 𝓭𝓮𝓹𝓸𝓲𝓼

Alícia.

Alícia: Lisa, não faça isso.

Lisa: por que? Você merece.

Eu corria por um lado do balcão e Lisa corria pelo outro com um ovo na mão.

Lisa: fique parada, se não vou tacar.

Alícia: se você fizer isso eu te mato.

Lisa: que medinho.

Meu celular começa a tocar e eu olho na direção do barulho.

Alícia: tempo, deixe eu atender.

Ela pensa um pouco e concorda.

Lisa: ta bom.

Passo por ela e pego meu celular, era minha mãe.

Diana: feliz aniversário, meu amor.

Minha mãe falava contente.

Alícia: obrigada, mamãe.

Diana: a Júlia quer falar com você.

Alícia: sério... Passa pra ela

Júlia: feliz aniversário, mamãe.

Alícia: obrigada, meu amor. Como você está?

Júlia: eu estou bem, você vai me buscar hoje?

Alícia: hoje? Combinamos que te buscaria na semana do seu aniversário.

Júlia: mas eu quero ficar com você hoje.

Alícia: Julinha, falta pouco pro seu aniversário, daqui a 2 semanas vamos ficar juntas.

Minha mãe pega o celular de volta e suspira.

Diana: você vai mesmo buscar ela?

Alícia: já falei que sim, mamãe.

Diana: ok Alícia... Até mais tarde.

Alícia: até...

Desligo o telefone e o coloco em cima do sofá. Lisa bate a mão que estava com o ovo na minha cabeça e começa a escorrer pelo meu cabelo.

Lisa: Feliz aniversário, feliz 25 anos.

Ela abre os braços para um abraço.

Alícia: eu vou te matar, LISA.

Começamos a correr pela casa igual duas crianças. Escutamos a campanhia e paramos.

Lisa: quem é?

Alícia: não sei, não chamei ninguém.

Lisa: eu vou atender.

Alícia: e eu vou tomar um banho, pra tentar tirar esse cheiro do meu cabelo.

Faço uma cara de brava pra ela e Lisa ri. Vou para o banheiro e ela vai atender a porta. Passo quase 1 hora no chuveiro, e quando acho que o cheiro já saiu, pego meu roupão e saio do banheiro.

Caminho até a sala para falar com Lisa.

Alícia: quem era...

Vejo Willian no sofá e Lisa levanta.

Lisa: surpresa, mas não fazia parte do meu pacote de presentes.

Ela ri sem graça, Willian levanta e vem até mim.

Willian: feliz aniversário, olhos de diamantes.

Ele me abraça e eu retribuo, olho para Lisa que faz um gesto com a mão, a passando na frente do pescoço como se fosse uma faca.

Não via Willian desde o dia que dei um tiro nele, não sabia como ele estava e nem onde estava. Eu evitava Miguel sempre que podia, mas ele continua me cobrando a morte dele.

Ele se solta do abraço e da um beijo em minha testa, me entrega uma sacola e sorri.

Willian: pra você.

Alícia: obrigada.

Pego a sacola e abro, tinha uma caixa de chocolate e mais algumas barras.

Lisa: é... Acho que vou embora, te encontro mais tarde no restaurante.

Alícia: ta bom, assim que estiver saindo de casa eu te mando mensagem.

Lisa: ta bom, tchauzinho.

Lisa sai do apartamento e eu e Willian ficamos a sós.

Alícia: como sabia que era meu aniversário?

Willian: vi na sua ficha.

Alícia: ah, claro.

Ele segura meu rosto com as mãos e olha nos meus olhos.

Willian: eu estava com tanta saudade de você, do seu cheiro, da sua pele, dos seus olhos.

Willian me da um selinho demorado e eu coloco minhas mãos em cima das suas.

Alícia: eu também... Mas não podemos mais fazer isso.

Tiro suas mãos do meu rosto e caminho para o quarto, ele me segue em silêncio.

Alícia: como esta sua perna?

Pergunto para quebrar o silêncio

Willian: pegou de raspão, já estou melhor.

Me sento na cama e apoio meus cotovelos na minha perna e cubro o rosto com as mãos. Willian também se senta na cama e fica me olhando.

Willian: eu não posso mais negar isso, Alícia. Eu não consigo mais ficar longe de você, você mecheu comigo de uma forma que não sei explicar, eu sinto uma necessidade de está perto de você o tempo todo.

O escuto em silêncio. Me sentia do mesmo jeito, queria está perto dele sempre que pudesse, e essas semanas sem nem ver ele foi horrível.

Alícia: só se conheçamos a 1 mês, na verdade nem isso.

Willian: eu sei, mas sinto que temos uma conexão muito forte, e você não pode negar isso.

Alícia: não mesmo.

Olho para ele, e ele segura minha mão.

Willian: vamos fazer dar certo, Alícia. Cansei de ficar fingido que quero te matar, por que eu não consigo.

Alícia: se descobrirem que estamos juntos, vão matar nós dois.

Willian: vamos ser discretos, eu venho pra sua casa e você vai pra minha. Ninguém vai saber.

Alícia: e quanto aos nossos chefes, eles não vão mais aceitar atrasos.

Willian: vamos continuar enrolando o quanto pudermos.

Fico encarando ele. Eu queria aceitar mas ao mesmo tempo estava com medo de dar errado.

Alícia: vamos ser discretos, nunca ninguém pode saber.

Willian: ta bom.

Ele me envolve em um beijo lento e apaixonado, meu corpo todo corresponde aos seus toques, estava precisando tanto ter ele perto de mim.

Ele me deita na beirada da cama e sobe em cima de mim, seus beijos vão espalhando entre minha bochecha até a minha clavícula. Desfaço o laço do roupão e ele coloca sua mão por dentro, apertando minha costela e descendo seus beijos até meu umbigo.

Willian: não trouxe camisinha, não podemos.

Alícia: você começou, agora vai terminar, é só gozar fora.

Willian: tem certeza?

Alicia: nunca tive tanta certeza.

Ele fica com os joelhos no chão e me emburra para ir mais pra beirada a cama, e então ele começa a passar sua língua por todo minha intimidade.

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