NÃO SEI SOTAQUE CARIOCA!, sou gaúcha e estou pegando de referência o jeito que o mc cabelinho fala, não sei porque, então não liguem.
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Min-suk morava com a sua mãe já que seus pais eram separados a muito tempo, desde seus 8 anos de idade, ela raramente via o pai e o irmão, já que ela e sua mãe tinham se mudado para o Brasil por causa do trabalho de sua mãe, porém, com 14 anos de idade, acabou abrindo uma filial do emprego de sua mãe na Coreia do Sul, e ela voltaria para sua terra natal, mesmo que a min-suk não quisesse, mesmo que ela havia se apegado no Brasil e nos seus amigos, eles lhe chamavam de japinha, mesmo que ela tenha avisado que é coreana, eles não se importavam, e ela e eles sempre levavam tudo na "esportiva", essa é uma das muitas e muitas gírias que ela tinha pegado lá, heheh.
Mesmo que ela não quisesse nem um pouco voltar, já que como eu disse agora, Brasil se tornou seu lar, ela morria de saudades do seu pai e do seu irmão, ela lembrava seus rostos, mas não lembrava o modo que era a convivência com eles.E então ela se despede do Brasil e de todos os seus amigos e conhecidos aos 14 anos, o tiozinho do bar que vendia fiado e sempre jogava conversa fora enquanto limpava o bar, o noia novinho que cantava ela, mesmo ela tendo apenas 14 anos, ele falava que iria se casar com ela quando ela envelhecesse um pouco mais e dava grau de bike com ela, seus colegas que apelidavam ela de "japinha" e ensinaram o melhor da gíria carioca, a vizinha que sempre levava a min-suk em gira de umbanda sempre que podia, e dava os doces da festa que sobrava, as amigas dela que deram a primeira camisa do Brasil e o chinelinho branco com a bandeira do Brasil. Essas são algumas pérolas que ela conheceu no Brasil, ela se despede de todos chorando tanto, era sua casa afinal, seu lar, sua morada, sua paz, Rio de Janeiro trazia para ela uma tranquilidade absurda, ela não morava em favela já que a sua mãe trabalhava duro para isso não acontecer, mas ela sempre ia nas favelas com as amigas, era conhecida como a "japinha da passarela", mas os mais íntimo falavam "sushigril(sushigirl)", os melhores amigos dela.
—Aí, vai dexa nois aqui memo Sushigril?- Lw diz
—Coé, sacanagem isso dai, te livramo de umas treta ai e tu deixa os nego aqui, solo.- Kp diz.Lw e Kp, melhores amigos da min-suk, os irmãos encrenqueiros da favela, os dois com 15 anos.
—Pô, cês acham que eu queria isso? meu rj cara, o lugar que eu cresci, e tem vocês poxa, amo vocês de verdade, meus de fé sempre- Min-suk diz, ela não queria chorar na frente deles, mas ela ja tava chorando um pouco.
—Ai sushigirl, chora não truta, ta tirano, coisa de muiezinha!- Kp fala tentando parecer sério, mas ele ta quase chorando, e olha pro Lw, o Lw vai abraçar a min-suk.
—Coé kaique, fala isso pa' mina não truta, ela vai imbora' pa sempre, cê ta mal não loco?- Lw fala olhando pro Kp e depois olha pra min-suk e abraça ela com força
—Aí mina, tu é incrível, parça, cê é do meu sangue memo' que o teu seja impotado' e o meu de promoção, pode pá? um dia cê volta pa ver o bonde, morô?- Ele não está chorando, mas está com uma expressão definitivamente triste, min-suk riu baixinho e depois fica é possivel ver algumas lágrimas cairem do rosto dela, ela era definitivamente emocional.
Kp fica quieto e só desvia o olhar, o nariz tava vermelho e os olhos brilhando com as lágrimas, algumas lagrimas ameaçavam escorrer, mas ele limpava, se ele olhasse para ela, ele sabia que iria desabar.
—Chega lá nele sushigril', cê sabe como o kaique é.- Lw cochicha no ouvido dela e da um peteleco na testa dela em seguida, ele solta ela, deixando o caminho livre para ela.
Em passos lentos ela se aproxima do seu outro melhor amigo, ela não está chorando mais, mas seus olhos estavam brilhantes e algumas lágrimas ameaçavam cair.
Ela para na frente dele enquanto sorri suave, Kp ainda não olha no rosto dela, ele estava com algumas lágrimas saindo e pequenos soluços, ele não queria olhar na cara da sua única melhor amiga e se despedir, o que ele mais queria era o de sempre, ele queria olhar na cara da sua melhor amiga e chamar ela para tomar um açaí, ou ir na pracinha da favela para ficar conversando, pedir para ela platinar o cabelo dele de novo igual sempre faziam, mas ele não queria se despedir, Lw também não, isso doía em todo mundo.
Min-suk o abraça e ele continua parado sem retribuir o abraço enquanto desvia o olhar, ele fecha os olhos com força e depois abre, ele não chorava mais, ele queria ser forte para sua amiga.
Ele levanta um braço e empurra a cabeça dela contra seu peito de forma suave
—Vai me dexa memo?, queria que cê ficasse min-suk..quem vai ser a "japinha da passarela" da nossa quebrada?- Fala o Kp com a voz séria
—Si banca o durão não kaique, cê que desaba ai qui eu sei truta, chora memo carai, chora mata não- Fala o Lw enquanto ri baixinho, ele limpa umas lágrimas que caiam silenciosamente no seu próprio rosto.
—Se fude luís, ninguém te chamo não loco!, ta tirano fi- Falou Kp enquanto limpa um pouco de lágrimas. Luís (Lw) ri um pouco da fala de kaique(Kp).
—Cês são doido heheh...e kaique, cê não sabe o quanto eu queria ficar, mas já era, meu uber ta vindo, por sorte deu tempo de me despedir de vocês e do resto- Ela ri um pouquinho e depois levanta a cabeça olhando para o Kp e depois vira olhando para o Lw
—Nem entra ube aqui não fi, isqueci heheh, cancela sa viage ai e vamo cume um salgadin perereka sentado na nossa casinha da árvore ai, depois nois vai empina de bike hehe.-Lw fala se aproximando deles
—Issae fia, praque saporra de uber, isso nem entra aqui não fi.-Kp fala largando a min-suk
—Vão se cata hahahah-*Buzina de carro*
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—Diabéisso fi?- Kp diz
—Sei não, se pá é um ericopteru'- Lw diz rindo
—Si fude seu analfabeto- Kp diz dando um tapa na nuca do LwMin-suk ri bastante, mas depois para e vê que é um barulho vindo da entrada da favela, que estava bem pertinho, então era seu uber, suas malas estavam com sua mãe ja no aeroporto
Os meninos param de brincadeirinha e olham para o carro parado na entrada da favela esperando ela, eles vão até ela e os dois a abraçam
—Intão é issae que chamam de despedida dorolida'?- Lw diz.
—Não vai esquece de nois não japinha- Kp diz beijando a testa dela.—Paro, ou eu choro de nov-*Buzina*
—TA TIRANO TIO? SABE ESPERA NÃO TRUTA!-Kp fala mandando o dedo do meio para o carro, levando um tapa do irmão.
—Para kp, ja deu minha hora de ir, a gente vai se falando pelo telefone, pode pá?- Min-suk diz se afastando deles em direção ao carro.—Traquilo japinha, a gente vai si falano ta bom? isquece nois não, amamos voce- Lw diz
—Issae truta, esquece de nós para cê ver o que acontece- Kp fala brincando enquanto ri baixinho e acenando para elaMin-suk ri e fica fazendo coração com a mão enquanto anda de costas até o carro, quando ela chega no carro ela da uma ultima olhada na favela que ela cresceu e nos seus melhores amigos, mesmo que eles se falassem pelo celular, nunca seria a mesma coisa..
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E finalmente após meia hora, você chega no aeroporto e embarca com sua mãe até a coreia(Apartir de agora, você (leitora/o) será a min-suk, fica mais fácil para mim de escrever☺️)
E depois de uma longa viagem, você chega na coreia e da um longo abraço no seu pai e seu irmão, e também na sua melhor amiga, que estava lá, havia muito tempo que vocês duas não se viam, mas conversavam pela internet, então a amizade nunca esfriou, mas raramente você conversava com seu irmão, mas todos os dias ele te perguntava se você estava bem ou precisava de algo, ja com o seu pai você conversava todos os dias por ligação, a internet é algo incrível mesmo..
E assim começou a sua jornada na coreia do sul, ainda morando com a sua mãe, mas indo a casa do pai ao final de semana.
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Normal life (or not)
Genç KurguAos 8 anos de idade, os seus pais se separam e sua mãe teve que obrigatoriamente viajar para o brasil a trabalho, no brasil você faz amigos, aprendeu girias e manias e desfrutou o melhor da cultura brasileira, para no final aos 14 anos você precisar...