Capítulo 05

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Capítulo 05

No Reino de Mayu

Lilith se tornaram uma bela mulher, possuía belos atributos, e tinha atitudes que não a comprometia diante a sociedade, embora não tivesse intimidade com muitas pessoas.

Ela observava em silêncio um aglomerado de túmulos sobrepostas um pouco afastado, por determinação do Padre que pediu um pedaço de terra para enterra as crianças vítimas do abandono não só dos pais, mas foram vitimadas precocemente após uma debandada de Ghouls. Se via mergulhada nas lembranças do passado enquanto por um momento suspirou, mesmo se mantendo parada e em silêncio, olhando para os túmulos enfileiradas. Olhando ao redor notou que estava sozinha. Não conteve a expressar a sua emoção ao ouvir que sobre aquela feroz batalha de sobrevivência de 81 dias, para ela tinha sido muito rápido, era primavera e no outro dia o inverno súbito surgiu sem aviso e com ele suas consequências.

- Minha Senhora, algo lhe incomoda? - interpelou o homem que acabaram de chegar, com o capuz do manto vermelho com detalhes atrás sobre suas costas, revelando assim da raça therian e suas orelhas era de um cachorro porém sua fisionomia e corte em uma das sobrancelhas era de um humano.

- Yohance. - Disse surpresa não esperando sua chegada.

O homem apenas a observou em silêncio.

- Desculpe, estava aqui presa em meus devaneios em meio a esses túmulos. - Lilith disse calmamente, depois acendeu três bastões de incenso e em seguida prostou para fazer uma prece.

O homem apenas a observava em silêncio, que durou por alguns minutos, contundo o vento frio do local envolvia o seu rosto de como se a confortasse.

- Encontramos a chave, está ao lado da rainha de Ystrah minha senhora. Disse o homem interrompendo o silêncio que se sobressaia aquele lugar cheio de sonhos e romances interrompido por tragédias ou por ódio mútuo e também interesse desenfreado.

Mesmo ouvindo ela não deixou de suspira baixinho, sentindo-se extremamente triste em seu íntimo.
Embora estivesse cheio de dúvidas. No entanto, ninguém poderia ajudá-la a respondê-la.

Oitocentos anos se passaram e o mar mudou, as coisas mudaram e as pessoas mudaram, exceto ela, e a resposta de seu ato egoísta de salvar só seu irmão estava exposto em sua frente.

- Está bem, devemos nos preparar para o grande dia.

*********

Na manhã seguinte, todos estava na porta de entrada da mansão do ducado. A carruagem simples era alugada para não levantar suspeitas e atenção de possíveis ladrões.

Mesmo nervosa e sabendo que era inevitável seu amado sobrinho deveria sair de suas sombras, Selene não deixou de se preocupar.

- Você promete que irá cuidar dele não é? - Susurrou ela assim que sua mão levemente apoiada no ombro de Heliel e seu rosto próximo a seu ouvido o fez senti calafrio.

- Sim minha senhora. Afirmou ele na esperança de tranquiliza-la.

O céu trovejou a fazendo sorri de forma triste deixando assim seu comentário : - Oh céus, vejo que até o Deuses compartilhar da minha dor.

- Tia não seja dramática, é somente uma visita de rotina. - Advertiu o garoto.

- Vamos jovem mestre. - interrompeu Heliel notado o olhar frio de Nergal sobre eles.

Já fora do ducado, o vento arrastava sem distinção a poeira e folhas caídas, na janela da carruagem Urias olhava como se contemplasse o passado distante.

- Está tudo bem jovem mestre? - questionou-o, embora sua pergunta não demonstrava de fato um zelo pelo rapaz, mas o silêncio era o que de fato incomodava.

A chuva crepitante caiu, todo o corpo de Urias tremia constantemente, seu rosto estava terrivelmente pálido.

- Porque nesse momento está chovendo? Algo não está certo.

- Perdoe-me o questionamento jovem mestre mas todo ano antes do festival costuma chover não se lembra?

As palavras de Heliel roubou Urias de seus pensamentos, assim que se deu conta do que acabaram de dizer em voz alta, sentiu um constrangimento apoderar-se.

- E verdade, que cabeça a minha. - tentou desconversa. - Enquanto a você, algo te incomoda Heliel?

Heliel engoliu em seco, se perguntando o que diabos estava fazendo. Estava ali para acompanhar o jovem, não para tira suas dúvidas ou criar mais especulações pretensiosa.

Enquanto isso, dúvidas se acumulavam no tocante a ter sido uma péssima ideia ter
escolhido aquela hora para realizar a sua pergunta, já que o jovem Urias tinha um forte apego a ele, mas ele também era reservado. Será que ele se ofenderia? Porque ele se preocupa com a existência de um Arjun como a existência dele, cujo um dos poucos sobreviventes?

Seus pensamentos foram interrompidos pela presença de Urias que o olhava com curiosidade.

- O que se passa nessa sua cabeça? - O tom aveludado de sua voz deixou
em estado de alerta cada terminação nervosa do corpo dele.

- Jovem mestre, como o senhor aguenta tamanho desrespeito de antes de todos naquela casa? Os olhos dele se abaixaram até o piso da carruagem em movimento.

Urias apenas sorriu em silêncio enquanto pensava no que iria dizer.

- Certa vez. - Iniciou ele, Um homem vivia em um vilarejo, e tinha um amigo que o convidou para caçar, sem problemas o homem foi junto a esse amigo, e quando eles adentrou a mata, perdeu a noção do tempo e logo escureceu, eles montaram uma fogueira, e o seu amigo pediu para que ele dormisse que ficaria de sentinela, o homem confiou por saber que o amigo era um aventureiro.

Heliel apenas ficou em silencio. Enquanto Urias continuou.

- Mas ele não sabia que seu amigo mostraria sua verdadeira natureza, no meio da noite, uma Seperte enrolou no homem enquanto seu amigo corria com o machado, o homem sentiu-se traído, ele sentiu a cobra o enguli vivo, e tempos depois rasteja para dentro da floresta, e aos poucos ouvi-se a mordida de uma Maçã enquanto tudo ao seu redor ficava em silêncio.

Uma lágrima tímida surgiu nas bordas dos olhos do garoto, mas não se importou em limpa os olhos.

- Deseja trocar de assunto? Perguntou ele preocupado.

- Não se preocupe Heliel, você não deve se importar se for um Arjun, você sobreviveu e isso que importa, os Deuses rir enquanto os homens faz planos. Lembre-se disso, somos brinquedos para eles.

As palavras do garoto parecia armagas para sua idade, mas Heliel se absteve de rebater tal pensamento. Até que a parada brusca os fez se deslocar do assento duro mesmo com um forro de pena de garçons.

- Parece que resolveram agir. Respondeu Urias com um sorriso zombeteiro.

O último pedido Vol.02 Onde histórias criam vida. Descubra agora