5

1.1K 70 214
                                    

SIM! Eu voltei uma semana depois da última atualização. É ou não é um milagre?

Às meninas do ADF, obrigada por alegrarem tanto meu dia a dia. Amo vocês.

Preciso fazer alguns agradecimentos especiais, que eu deveria fazer todo capítulo, mas as vezes esqueço, à minha querida liline, que aprova quase todas as coisas que eu faço nessa fic, porque é nossa filhota. Então se você não gostou de algo, culpe ela também! À Eloísa, que eu amo irritar e ela também ama fazer o mesmo. E à Rafaela, que é tão maluca quanto eu (talvez isso seja culpa da carioquice, apesar de você ser fluminense).

Quero agradecer também a Mila, minha xará, que tá sempre pedindo att no twitter, obrigada por gostar dessa história, às vezes até mais do que eu.

E por último, mas não menos importante, a Helo, que me fez chorar no sábado quando do nada me mandou um edit que ela fez de pipia, obrigada pelo carinho e por se identificar tanto com o meu aúdio xingando.

Agora chega de agradecimentos, leiam essa caceta. Tchau, até mes que vem.


- Não me chama assim, por favor. - sussurro, encostando a minha testa à dele, com a minha boca próxima demais a dele.

- Meu amor? - aceno quase imperceptível em concordância enquanto observo um pequeno sorriso surgindo dos seus lábios que estavam ainda mais perto dos meus e continua a sussurrar. - Mas você é. Meu amor, meu amor, meu amor...

Nós dois éramos como um campo magnético, era impossível estarmos tão próximos como estávamos agora e não sentir a força que nossas cargas elétricas exerciam.

- Para. - levo meus dedos a boca dele, na tentativa de fazer ele parar de falar, ele passa a beijar meus dedos, um por um. - Por favor, para.

- Eu te amo, Heloísa Sampaio. - verbalizou apenas usando os lábios em silêncio, que já quase encostavam os meus.

Era puro magnetismo como nossos lábios sempre encontravam o caminho de volta um para o outro. Mesmo que por breve momento, minha boca encontrou a de Stenio, em um leve roçar de lábios, em que nenhum dos dois ousou mover um músculo que fosse.

Como se ali, na junção de nossos lábios que já se conheciam de outras vidas, ainda fosse um mundo secreto, um mundo inteiro de possibilidades, uma nova galáxia que podia ser só nossa.

Eu sabia que ele esperava uma reação minha. Eu tinha que dar o comando. E eu o afastei no mesmo segundo que escutei o barulho de malas sendo arrastadas.

Ao olhar para atrás de Stenio, vejo a figura de Bernard nos olhando com certa curiosidade e desconforto.

- Bonsoir. - ao escutar a voz de Bernard, Stenio se vira para cumprimentá-lo com um leve aceno. - Quis te fazer uma surpresa e voltei antes da viagem.

Era uma cena quase cômica. Talvez o certo fosse uma cena digna de uma tragicomédia. Eu encostada na porta, Stenio há dois passos de mim e dez passos de Bernard, que além de expressar desconforto, claramente estava com um semblante cansado, da viagem de volta que só iria fazer no dia seguinte.

Eu alternava meu olhar entre os dois, esperando que um deles pronunciasse algo, ou que eu conseguisse encontrar alguma sentença no emaranhado que se formava na minha cabeça.

Ficamos os três na mesma posição, sem expressar qualquer som que não fosse o de nossas respirações, no que pareceu horas e horas, mas havia se passado apenas alguns poucos minutos, até que Stenio resolve quebrar o silêncio desejando boa noite e seguindo rumo aos elevadores.

Depois que Stenio foi embora, Bernard passou por mim e entrou dentro de casa com suas malas, sem dirigir uma única palavra a mim.

Eu o observei desfazer sua mala com as máquinas fotográficas, repassar as fotos do cartão de memória para seu computador, colocar as baterias das câmeras para carregar. Todas as vezes que ele fazia isso, ele me contava as histórias de cada foto que ia surgindo na tela, de como algum senhor o abordou querendo ser fotografado, depois que ele já havia recebido tantos nãos num dia só, ou da senhora que se maquiou toda e ainda ofereceu café e um pedaço de bolo de fubá, que mesmo não gostando, ele comeu até o final para não fazer desfeita a Dona Emília. Mas hoje, ele fez tudo isso sem conseguir direcionar seu olhar ao meu.

utopia (steloisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora