Capítulo IX

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Os trechos de música do capítulo são de Fireproof da One Direction.

Talvez houvesse alguma magia sobre quando alguém se sente feliz, uma magia poderosa o suficiente para interferir em todas as ações que estão predestinadas a acontecer na vida desse alguém de um jeito positivo e harmonioso, numa contribuição milagrosa para que tudo o que tivesse que acontecer fosse bom.

Era sobre isso que Louis refletia enquanto tomava o café que Harry havia preparado para ele junto de um pão na chapa com queijo — uma das poucas coisas que Louis realmente sabia fazer na cozinha. Depois de sabe-se lá quanto tempo, ele realmente estava tomando um café da manhã minimamente decente, sem precisar correr por estar atrasado.

A lógica seria Louis estar destruído, afinal, ele havia transado durante a noite toda e mal conseguira descansar de um jeito digno, mas a verdade era que ele se sentia feliz e disposto para fazer o que precisasse durante o dia, Harry definitivamente recarregou todas as baterias dele.

Não teve pressa para tomar banho, escovar os dentes e se vestir para sair, simplesmente porque resolveu respeitar seu próprio tempo, a sensação poderosa que dizia para ele que tudo iria dar certo não o deixando se alarmar com o horário e ele se viu certo em não se preocupar quando finalmente pegou seu celular e se deu conta de que estava dentro do tempo planejado.

Com a mochila nas costas e capacete na cabeça, Louis novamente repetiu a rotina de digitar uma mensagem para Harry enquanto seguia para a sua moto, o peito tão leve e mente tão em paz, que sorrir não era uma opção, era involuntário e ele continuaria sorrindo, porque sabia que a sorte estava andando na garupa de sua moto, agarrada em seu corpo como Harry esteve na noite anterior e, céus, isso era muito bom.

Louis:
"Oi, Hazz, bom dia, estou indo para o trabalho e, apesar de ter sido muito ruim acordar sem você ao meu lado, eu amei a surpresa que me fez, o café estava ótimo, muito obrigado!"

Ele estava apenas agradecendo pelo café, mas na verdade queria agradecer por muitas outras coisas que sentia que o rapaz havia feito por ele, começando pela noite espetacular que compartilharam juntos.

Louis ainda podia sentir o gosto de Harry em sua boca, podia ouvir os gemidos dele e também podia se perder na lembrança fresca do quão bem um havia feito ao outro e essa sensação parecia não ser capaz de sair dele, fixada como uma tatuagem em sua pele. Bem, Louis amava tatuagens e tinha agora como preferida a que Harry estava, pouco a pouco, desenhando em seu coração.

Acho que vou perder a cabeça
Algo dentro de mim do qual eu não posso desistir

Com a moto estacionada e um humor nada compatível com trabalhar num sábado pela manhã, Louis foi direto para o andar que ficava sua mesa, assoviando uma música qualquer e pensando que nem mesmo Travis teria o poder de estragar seu dia.

Como, aparentemente, pensar no nome do diabo era um meio de invocá-lo, foi quase um teste direto ao bem-estar de Louis quando ele saiu do elevador e deu logo de cara com o repórter, achando legal ter conseguido manter sua postura tranquila ao caminhar em direção a ele para cumprimentá-lo devidamente.

Travis não merecia isso, Louis sabia muito bem, a viagem desnecessária para Oxford na noite anterior ainda doía em seu âmago, mas como as coisas deram incrivelmente certo de qualquer jeito, sua ira estava muito mais contida do que o esperado.

— Bom dia, Travis, o que tem para mim hoje? — Ele perguntou educadamente, mantendo uma distância saudável do homem enquanto esperava suas coordenadas, trabalhando em deixar sua expressão impassível.

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