Capítulo quatro

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O prédio que carregava seu nome realmente fazia jus à fama

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O prédio que carregava seu nome realmente fazia jus à fama. Como o rei dos imóveis da cidade, a sede da Style's Company não poderia ser diferente: No coração da 5ª Avenida, um arranha-céu espelhado do chão ao teto, que fazia qualquer um se sentir minúsculo. Eu não sabia se meu estômago tinha se revirado pela imponência da fachada, ou porque, em breve, eu me tornaria parte da história por trás dela.

Eu me tornaria uma Styles.

Não que isso fosse acontecer através do que eu chamaria de meios convencionais, é claro.

Quando confrontei Aaron na noite passada, de certa forma, eu queria mostrar a ele que eu não era mais uma menininha mimada e amedrontada. Queria mostrá-lo — ou impor, eu acho — que poderia sim tomar a frente de decisões difíceis, principalmente as que diz respeitem o meu patrimônio. Eu posso até ter cedido, porque era a única alternativa viável, mas a história ainda me descia com desprezo. Não era nada agradável saber que minha vida dependia de um cara pouco confiável e de um casamento completamente forjado. Era humilhante, na verdade.

Mas talvez ajudasse pensar que, assim como eu, ele também precisava de mim. Os dois no mesmo barco, de certa forma, me confortava mais do que eu gostaria de admitir.

Entro pelas portas rotatórias, e o interior não diverge muito do tradicional. É um prédio comercial como qualquer outro, com funcionários saindo e entrando pelas roletas, piso de porcelana e detalhes em mármore branco. Consigo um crachá de visitante na recepção, com uma morena de traços asiáticos muito simpática, que também me notificou que a diretoria ficava no décimo segundo andar. Era o último, de acordo com o painel no elevador.

Quando as portas se abrem, caio direto no que parece ser uma ante-sala, em um silêncio totalmente imersivo — diferente dos outros andares. Dou de cara com o que parece ser a secretária, um pouco mais à frente, sentada atrás de uma mesa amadeirada enorme, no que parece muito focada em digitar algo no computador. Conforme me aproximo, noto algumas particularidades a seu respeito: O cabelo loiro preso em um coque, o óculos de grau singelo pendendo no seu nariz e o decote levemente ousado da sua blusa. Na mesma hora, ela sobe seu olhar e esbarra em mim, um lampejo de confusão passando pelo seu rosto na mesma hora. Não seria uma presunção dizer que subir até ali precisava estar, no mínimo, com horário marcado.

— Boa tarde. A senhorita tem horário marcado? — me indagou, um pouco áspera, assim que parei em frente a mesa. Estava na cara que ela sabia que eu não tinha horário nenhum.

— Não. Mas preciso falar com Harry Styles. Diga à ele que é Summer Davison, ele saberá do que se trata.

— Desculpe, senhorita, mas não posso deixá-la entrar sem um horário marcado. Posso ver na agenda do Sr. Styles quais dias ele estará livre, e...

O telefone de gancho toca, e ela desloca sua atenção de mim para ele, e vice-versa, como se estivesse pedindo algum tipo de licença para atendê-lo.

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