Capítulo treze

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Dormir me parecia o único jeito de sufocar meus pensamentos, àquela altura

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Dormir me parecia o único jeito de sufocar meus pensamentos, àquela altura. Foi até rápido demais. Em um segundo, eu estava me livrando das roupas, e no outro, embalada no edredom na cama. Mas eu acho que ainda estava tão agitada, que meu sono foi quebrado no meio da madrugada. Por isso, não estranhei quando vi o horário no relógio em cima da mesinha de cabeceira.

Meia-noite.

Que ótimo, Summer.

Me sento na cama, conferindo o quarto escuro. Não totalmente, porque a luz da lua invadia ele através das janelas francesas, iluminando-o parcialmente. Eu tinha esquecido de fechar as cortinas antes de me deitar. Me esgueiro para fora da cama com um pouco de preguiça, caminhando até as janelas. Mas, antes que eu consiga puxar as cortinas, a silhueta de Harry atravessando o jardim, ao longe, me prende no lugar. Ele caminha na direção da mansão, e, não muito longe, Eliza tenta alcançar seus passos apressados. Estou sonolenta, mas a percepção da situação é completamente óbvia.

E, calma aí, isso me pega desprevenida.

Viro meu rosto para trás, mirando no chão. A cama de Harry está ali, exceto pelo seu corpo. Não sei porque me dei o trabalho de conferir, porque está claro o motivo dele não estar no quarto.

Ele está lá embaixo, com a Eliza.

Sinto um gosto amargo na boca com a conclusão infeliz, me forçando a retornar meus olhos para os dois. É a tempo de pegar Eliza puxar Harry pelo braço, finalmente o impedindo de se afastar mais. Meio impaciente, ele se vira na sua direção, consequentemente me impedindo de observar seu rosto e suas expressões. Em compensação, não é muito difícil concluir o que está no rosto de Eliza nesse momento.

Completo desespero.

Ela mexe os lábios, e gesticula com as mãos ao mesmo tempo. Está transtornada. É uma conversa acalorada, que eu suspeito que tenha como motivo principal o nosso noivado. Ficou bem claro para mim que ela não desistiria tão fácil, mas até que ponto ela estava disposta a ir? O noivado deve ter lhe dado uma sensação de impotência, e ela sentiu o medo de Harry ir embora para sempre. Ela nem mesmo ficou para nos parabenizar depois. Com certeza toda a situação lhe desestabilizou na mesma hora. E eu poderia até sentir um certo prazer em tudo isso, porque, sendo honesta, ela foi uma vadia comigo, mas eu não diria que me sinto assim agora olhando-os de longe.

Eu nem sei porquê, afinal, Eliza não é uma figura de ameaça para o meu "relacionamento", tampouco para... mim.

Mas tal pensamento se quebra quando, de repente, Eliza se joga em Harry, beijando-o.

E quando ele... retribui.

Ele a beija de volta.

Fico tão chocada, que preciso piscar duas vezes para concretizar tudo. De fato, aquilo estava mesmo acontecendo. E foi como ter um deja-vu, meu e dele, no lago. Um maldito deja-vu.

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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