Capítulo doze

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Quando desci as escadas na manhã seguinte, a mansão estava um verdadeiro caos

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Quando desci as escadas na manhã seguinte, a mansão estava um verdadeiro caos. Haviam garçons perambulando por toda a residência, ajudantes carregando mesas e cadeiras de um lado para o outro e Gemma enrolada no hall, falando de maneira exaltada com uma alguém ao telefone. Demorei um pouco até raciocinar que toda aquela preparação se tratava do aniversário de Amélia, a sobrinha de Harry. O que, por sua vez, também significava que, naquela tarde, findaríamos nosso destino como Sr. e Sra. Styles, já que Harry planejava fazer o pedido na frente de toda a família.

O pedido de casamento.

Só o pensamento me faz ficar subitamente ansiosa. Não de uma maneira boa, é claro. Mas eu tento reprimir essa sensação no momento em que Gemma me pesca no meio da minha descida pensativa pelas escadas.

— Ah, oi, Sun! — ela me cumprimenta com um sorriso rápido, voltando a resmungar algo ao seu telefone no segundo posterior. Eu sufoco a risada com a mudança perceptível no seu semblante, e no tom firme atribuído à pessoa do outro lado da linha. Quando me vejo diante da mesma, ela coloca o celular de lado com a mão, sussurrando de uma vez só: — Desculpe por isso, estou resolvendo os ajustes finais. Como foi a noite? Você deve estar atrás do Harry, não é? A última vez que eu o vi, estava lá fora.

— Obrigada, Gemma — agradeço, também aproveitando para lhe desejar boa sorte, rindo. Com um suspiro, ela cola o aparelho ao ouvido.

— Você por acaso escutou alguma coisa do que eu disse? Não é possível!

Deixo uma Gemma a flor da pele para trás e continuo minha caminhada até o jardim externo. Ultrapassando as portas francesas na sala principal, fico de queixo caído com a estrutura de tendas brancas. Há uma longa mesa retangular à minha esquerda, que eu suponho que vá comportar toda a parte importante da família, com mesas redondas do outro lado, que talvez sejam para os convidados. Uma mulher, já de idade, que eu reconheço dos corredores da mansão, está na tarefa de colocar papeizinhos de lugares em cima dos pratos, em cada mesa. Ao fundo, tem uma das maiores tendas, que se assemelha muito àquelas de circo, e eu fico confusa a cerca do tema da festa.

Cirque Du Soleil.

Viro o rosto na direção da voz familiar, dando de cara com Mike. Não é uma descoberta agradável, e eu desvio o olhar na mesma hora, pensando em alguma forma de escapar dali. Deve ser por isso que meus olhos, inquietos, vasculham todo o local, na procura desesperada por Harry. Ele com certeza me salvaria da companhia do seu tio detestável.

— Amélia sempre teve vontade de assistir ao Cirque Du Soleil, então resolvemos trazê-lo até ela — explicou, como se eu houvesse perguntado alguma coisa. Me mantenho em silêncio, cruzando meus braços num pensamento insconsciente de me proteger, talvez, de seus olhos insinuados. — Não é maravilhoso como o dinheiro pode proporcionar esse tipo de experiência? Quero dizer... não é como se você não soubesse. Você e Harry tem isso em comum, afinal, você também veio de uma família rica, pelo que eu fiquei sabendo.

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