𝐓𝐄𝐍 - 𝑨𝒔𝒔𝒉𝒐𝒍𝒆!

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"Sempre se lembre, eu jurei não chorar mais, se sobrevivêssemos a Grande Guerra."

Taylor Swift

— Entendeu agora Finney? - Jane pergunta pela décima vez.

— Então o Robin é afilhado do sequestrador? E você gostava dele? Eu não tô acreditando Jane. - O garoto diz desacreditado no que tinha acabado de ouvir. — Então era tudo uma farsa? - Ele completa a pergunta.

— É, mais ou menos isso. Ele mentiu pra mim, eu tinha que ter matado ele quando tive tempo, isso sim. - Jane se joga sobre a cama.

— OU, parou Jane, ele tinha que ter um motivo, todos temos, ele não iria querer te matar atoa. - Finney tenta acalmar a garota e falha miseravelmente.

— E se... Ele estiver vivo? O que vamos fazer? - Jane senta na cama encostando suas costas sobre a cabeceira.

— Nada, não sei se seria a mesma coisa agora. - Finney olha para o chão.

— Isso mudou completamente o jeito que eu via o Robin. - Jane diz.

— Como assim? Pensei que já não gostasse dele antes disso. - Finney retorna seu olhar para ela.

— É, eu já não gostava, passei a odiar. - Ela responde.

— Tem certeza de que não gostava dele? Vocês eram tão fofinhos! Seriam o casal do ano! - Finney tenta animar a garota.

— Eca, nunca Finney, não viaja. - Jane faz uma expressão de nojo.

— Então por que você ainda tem a bandana dele no pulso?

Dessa vez Jane não conseguiu achar as palavras certas para responder o irmão e decidiu tentar mudar de assunto.

Eles ficaram estendendo a conversa por mais alguns minutos, e depois foram para sala ver o que a irmã estava fazendo.

— Onde está o papai? - Jane contorna o balcão da cozinha.

— Ah.. ele viajou, disse que era muita coisa pra cabeça dele. Era pra gente ter ficado com a nossa prima mas ela não veio até agora. - Gwendolyn pegou o controle da televisão que estava em cima do balcão e se sentou no sofá.

— Ela viajou enquanto eu estava sequestrada? - Jane coloca a mão sobre a testa, indignada.

— Exatamente. - A voz de Finney vem do corredor.

— Que ótimo paí em. - Jane se vira para abrir a geladeira. — Qual é a prima que deveria ficar com vocês? - Ela completa.

— Mavie, a Mavie River, lembra? - Finney chega até o balcão da cozinha e se apoia no mesmo.

— Eu odeio aquela garota, de verdade. - Gwen olha para o irmão e se levanta do sofá. — Era para a Mavie estar aqui a uma semana.

— Bem, pelo jeito ela não vem. - Jane fecha a geladeira e estava com um morango na mão que tinha tirado de lá.

— Ainda bem. - Gwendolyn completa.

O barulho da campainha é ouvido pelos três.

— Parece que falamos rápido de mais...

Jane foi até a porta e pelo olho mágico pode ver uma garota alta de cabelos castanhos lisos até o ombro, de braços cruzados observando suas belas unhas, era a Mavie. Ela abriu a porta e a garota descruzou os braços, mas era claro que ela estava sendo obrigada a estar alí.

— Jane? Você cresceu, a última vez que eu te vi o seu cabelo era todo pro alto. - A garota tinha uma voz doce e de uma adolescente nem parecia até já tinha dezoito anos.

Jane arregalou os olhos e tentou forçar um sorriso para parecer simpática.

— É.. e aí, Mavie? Como está? - Jane se encostou no batente da porta.

— Bem, estaria melhor se não estivesse aqui, mas enfim... - Mavie voltou a cruzar os braços. — Não vai me convidar pra entrar? Pensei que a seu pai tivesse te dado um pouco mais de educação, Jane. - A garota tira o braço de Jane do batente e entra na casa.

Jane se virou para ela indignada, mas não falou nada, o olhar dela dizia por si só.

— Então, pirralhos, vou ficar por aqui até o papai de vocês voltarem, espero que não me perturbem durante esse tempo. - Mavie tirou o celular do bolso e se jogou despojada no sofá.

Gwendolyn estava condenando e julgando a garota com o olhar e rapidamente foi para o lado de Jane e Finney até estavam atrás do sofá observando a prima.

— Que família incrível. - Finney balançou a cabeça e disse de forma irônica.

— Eu vou pro meu quarto, boa sorte aí. - Jane disse.

— É... Eu também vou pro meu. - Finn passou pelo sofá e foi para o quarto deixando Gwen e Mavie sozinhas na sala.

Quando Jane abriu a porta de seu quarto ela imediatamente de jogou sobre a cama, e ficou pensando em se ela não tivesse sobrevivido, e  o que aconteceria com o resto.

Mas os pensamentos passaram quando a ficha caiu de que ela tinha conseguido, ela sobreviveu e a Grande Guerra tinha acabado. Ela viu seus fones em cima da escrivaninha, pegou e os conectou com o seu celular. Colocou uma música, a mesma que ela ouviu quando soube que Robin tinha sido sequestrado; "New Romantics" essa música deixava ela em paz mesmo em momentos de caos.

Quebra de tempo:

No dia seguinte, Jane acordou com risadas vindo da sala de estar, eram exatamente 7:12 da manhã, e ela tinha aula. Foi ver o que estava acontecendo na sala. Abriu a porta de seu quarto e com a visão meio embaçada pois tinha acabado de acordar foi até a sala, e se viu a Mavie e a Gwen, dando gargalhadas no sofá.

— Por quanto tempo eu dormi? - Ela se perguntou enquanto tentava ver se aquilo realmente estava acontecendo.

Quando Mavie viu a Jane parada olhando para ela e Gwen, ela foi simpática.

— Jane! Que bom que acordou, eu vou levar vocês na escola hoje e tem panquecas aí em cima se você quiser. - Ela sorriu gentilmente.

— Ah... Obrigada, Mavie... - Jane foi até o balcão da cozinha e viu as panquecas,ela estranhou de início, mas depois ficou surpresa, Mavie sendo simpática era algo novo para ela.

Logo em seguida Finney saiu de seu quarto, e teve exatamente a mesma reação de Jane quando viu a prima e a irmã mais nova que se odiavam a algumas horas atrás, interagindo perfeitamente.

Jane riu de da reação de Finney, e se sentou no banco, pegou uma das panquecas e um guardanapo, e comeu a panqueca pura mesmo, e estava boa. Mas como ela estava atrasada, ela comeu rápido, se levantou e foi para o quarto se arrumar para a aula.

Em alguns minutos os três irmãos já estavam dentro do carro da Mavie. O silêncio predominava ali dentro, não tinha nem assunto, nem clima para eles conversarem.

Chegando na escola, Jane, que já era a popularzinha, se popularizou mais ainda, ela entrou na escola como se nada nem ninguém pudesse mexer com ela, de novo sua vida passou como um filme.

A Grande Guerra acabou.

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𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐆𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐓𝐄𝐋𝐄𝐅𝐎𝐍𝐄 | ᵗʰᵉ ᵇˡᵃᶜᵏ ᵖʰᵒⁿᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora