𝗍𝗐𝖾𝗅𝗏𝖾 - 𝗱𝗮𝘆𝗹𝗶𝗴𝗵𝘁

9 1 1
                                    

❝ 𝖤𝗎 𝗇𝖺̃𝗈 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗈𝗅𝗁𝖺𝗋 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗇𝖺𝖽𝖺 𝖺𝗀𝗈𝗋𝖺 𝗊𝗎𝖾 𝗍𝖾 𝗏𝗂, 𝖾𝗎 𝗇𝖺̃𝗈 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗉𝖾𝗇𝗌𝖺𝗋 𝖾𝗆 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝗇𝖺𝖽𝖺 𝖺𝗀𝗈𝗋𝖺 𝗊𝗎𝖾 𝗉𝖾𝗇𝗌𝖾𝗂 𝖾𝗆 𝗏𝗈𝖼𝖾̂.❞   

— 𝖣𝖺𝗒𝗅𝗂𝗀𝗁𝗍, 𝘛𝘢𝘺𝘭𝘰𝘳 𝘚𝘸𝘪𝘧𝘵

(...)

Jane levantou de forma afoita da cama, pegou um suéter de gola, branco acinzentado, para tentar esconder as marcas, mas o machucado em sua testa ainda era completamente visível.

Se olhou no espelho da porta de seu guarda roupa, não se reconheceu, estava pálida, tinha olheiras, seus lábios pareciam ressecados, a trança que ela tinha feito hoje de manhã em seu cabelo já tinha sido desfeita.

Sentiu vontade de chorar, mas não tinha tempo para isso.

A garota foi até o banheiro, abriu a pia, a água estava gelada, e isso era ótimo. Lavou seu rosto, lábios, mãos novamente, mas ainda se sentia suja.
Quando terminou, saiu de sua casa rapidamente, sem se importar com o que Mavie falaria, ou se falaria algo.

(...)

Chegando na praça, Jane reparou que Finney estava mais nervoso que o habitual, ele e Bonnie estavam sentados em uma pequena mesa, e tinham uma distância considerável entre um e o outro.

— Oi, gente! – a voz da garota soou fraca, mas Jane continuava se aproximando de seu irmão e Bonnie, acenando de forma simpática para os dois.

— Pensei que não viria, Jane. – Finney lançou um olhar penetrante para a irmã, que logo riu de nervoso.

— Me atrasei um pouco. – a garota respondeu, um sorriso se alargou em seus lábios, mas ela ainda demostrava preocupação em seu olhar.

Jane se locomoveu e sentou ao lado seu irmão, Finney, ficando de frente para Bonnie, que sorria genuinamente ao olhar para eles.

— E então? – Jane Blake disse, quebrando o silêncio extremamente constrangedor daquele local. — Sobre o que vocês estavam conversando? – a mesma completou.

Jane pode ver um sorriso tímido se formando entre os lábios de Bonnie.

— Então... – Bonnie começou, ainda parecendo sem graça. — Finney estava me contando sobre como ele sabe cozinhar incrivelmente bem.

Jane esboçou uma risada curta e genuína, o Finney com certeza não cozinha bem, a garota teve péssimas experiências com o irmão na cozinha.

— E o que você sabe cozinhar mesmo, Finn? – disse Jane, ao esconder o sorrisinho irônico.

A testa de Finney se franziu em um piscar de olhos, mas logo sua expressão se transformou em um sorriso falso.

— Muitas coisas. – o garoto respondeu, olhando fixamente para a irmã. — Muitas coisas, Jane. – ele repetiu.

— Sério? Pode chamar a Bonnie para ir lá em casa provar um de seus pratos... – a garota fez uma pausa e cobriu a boca para tossir. — Maravilhosos. – a mesma completou.

Finney riu com a provocação da irmã, e suas bochechas ficaram tão vermelhas que ele facilmente poderia ser confundido com um tomate.

— Qualquer dia eu chamo sim. – disse Finney, com sarcasmo.

(...)

O assunto sobre comida acabou por alí, e no final de tudo, quem acabou ficando meio excluído foi o Finney.

Bonnie e Jane falaram sobre coisas de garotas, e Finn, para não ficar só observando, ria, acenava com a cabeça, e rezava para elas não estarem falando algo absurdo que de alguma forma ele não entenderia.

— Já está tarde, é melhor eu ir. – disse Bonnie checando o relógio em seu pulso.

— Claro. – Jane sorriu. — Até mais. – disse a mesma, cutucando Finney por de baixo da mesa.

O garoto olhou para ela com uma expressão confusa, e balançou a cabeça como forma de demostrar que ele não sabia o que fazer.

E Jane fez uma careta e o encarou de forma que fez seu irmão se estremecer, e levantar rapidamente.

Finney seguiu em direção a Bonnie, sua pupila dilatou, suas mãos suaram de uma forma inesperada e seus olhares se encontraram de forma intensa.

Seus corpos se aproximaram em uma harmonia tremenda e devagar eles se abraçaram, Jane sorriu. Um gesto tão pequeno porém incrivelmente bonito de se ver.

Quando seus corpos se afastaram, um sorriso afável se formou nos lábios de Finney, ele realmente gostava de Bonnie e não fazia questão nenhuma de esconder.

— EI, Finn! – Jane o chamou, fazendo o garoto voltar a realidade. — Foi melhor do que você esperava, não foi? – a garota cruzou os braços, e apoiou se corpo no irmão.

— Foi... – Finn ainda continuava sorrindo involuntariamente, e suas bochechas estavam completamente rosadas, era fofo de se ver.

— Vamos? – Jane perguntou, ajeitando a postura.

Finney concordou, e eles seguiram caminho para casa.

(...)

— Jane, será que ela gosta de mim? – perguntou Finn, abrindo a porta de casa, ainda completamente bobo e apaixonado.

— Será? – a garota repetiu com incredulidade. — Finney, segue o seu coração. – disse Jane, dando pequenos tapinhas no ombro do irmão e entrando em casa, se deparando com Mavie, que olhava para os dois com indiferença.

— O que vocês estavam fazendo até tarde fora de casa? – Mavie tinha uma expressão rude, e pelo jeito que ela olhava para Jane e Finney, ela parecia os desprezar.

— Não é da sua conta. – disse Jane, de forma curta e grossa.

— Ok. Então eu ficarei com a carta que deixaram aqui para você hoje de manhã. – Mavie tirou um papel do bolso de seu casaco.

— Mavie, me dá isso. – Jane exclamou, ela não fazia a mínima ideia do que poderia ser, mais a curiosidade falou mais alto dessa vez.

Mavie cumprimiu os lábios e bufou, mas entregou a carta na mão de Jane, que tinha um olhar penetrante para ela.

Quando Jane pegou a carta, foi direto para seu quarto, se jogou na cama e a abriu imediatamente. Era um papel dobrado, sujo, e parecia que já tinha sido amassado.

Para Jane Blake, a estressadinha.

Me promete dessa vez se proteger, não acabou, nunca é assim que acaba, mas eu prometo que vamos ter um final feliz dessa vez.❞   

A carta não foi assinada, o que deixou Jane ainda mais preocupada, ainda mais indecisa, ainda mais confusa. Não fazia a mínima ideia de quem poderia ser, porém tinha medo de quem poderia ser.

A mente de Jane estava uma bagunça.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 10 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐆𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐓𝐄𝐋𝐄𝐅𝐎𝐍𝐄 | ᵗʰᵉ ᵇˡᵃᶜᵏ ᵖʰᵒⁿᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora