Primeiramente gostaria de dizer que tudo que vou contar aqui mudou minha vida por completo, me transformou como pessoa. Alguém bom ou nem tanto. Fiz escolhas ruins, escolhas boas e paguei o preço de todas elas. Aqui falo para você sobre o amor em todas as suas formas.
É isso. É uma história de amor.
De amor ao próximo
De amor próprio
De amor fraternal
De amor incondicional
De amor para todo o sempre.
A minha história começa em que momento mesmo? Ah sim. Eu vou contar da parte mais impactante para frente. De quando eu tinha uns seis ou sete anos anos e minha mãe fugiu com outro homem. Lembro dos olhos dela imerso em lágrimas, da cara de pena. De pedir para ela voltar, mas ela nunca voltou. Nunca mais.
Daquele dia em diante, a minha vida virou um inferno.
Yosano
Uma família rica e tradicional. Um clã respeitado no mundo do jujutsu, que caiu na desgraça depois que os líderes descobriram que dava para ganhar muito mais dinheiro do que trabalhar de maneira honesta. Meu pai era um homem rígido e de índole questionável. E ficou ainda pior quando minha mãe foi embora.
Ele parecia querer suprir toda a frustração me punindo. Ainda tinha mais um detalhe, eu não era um filho homem. Ele fazia questão de me dizer isso todas as vezes.
E ainda tinha a Kaede. Minha madrasta. A mulher mais desprezível que já conheci. Ela veio há algum tempo depois para nossa casa. Meu pai não perdeu tempo. Ela tentou de todas as formas, mas nem ela conseguiu o sonho do meu pai: ter um filho homem.
Teria que se contentar com a gente. Eu e minha irmã, a Haru. Um anjo que nem parecia ser filha daqueles dois bostas. Como se eu pudesse dizer algo. Eu também era filha de dois bostas.
O clã Yosano tinha gostos peculiares. Tráfico de drogas, de armas e ferramentas amaldiçoadas, de mulheres. Isso era o que mais me dava nojo. Todo dia alguma garota chegava na nossa propriedade. A maioria não aparentava ter nem 15 anos. Não muito mais novas que eu naquela época.
E muitas vezes, elas eram abusadas ali mesmo dentro daquelas paredes. O meu pai era um homem sádico. As vezes eu achava que aquilo lhe satisfazia.
Meu pai por não ter um filho homem resolveu me criar como se fosse um, eu devia ter uns 8 anos quando ele me puxou pelo braço até um dos inúmeros quartos daquela casa e me mostrou algo que não era próprio para uma criança ver e ainda disse: "Veja Kira é assim que um homem faz com uma mulher, foi isso que a Vagabunda da sua mãe esteve fazendo esse tempo todo que ela foi embora.".
Tá. E eu tinha culpa? Não, eu não tinha. Mas, ele não queria saber disso. Ele ainda odiava a minha mãe com todas as forças e queria que eu odiasse também. E eu odiei por muito tempo.
Ele também me treinou como um filho homem, bom ele exatamente não, foi meu tio Hiei, que foi a figura paterna que eu tive. Mas, meu pai exigia um treino puxado. Do tipo de levar a exaustão, de não dormir a noite por causa da dor no corpo. Artes marciais, luta com espadas e outras ferramentas e uso de energia amaldiçoada. Às vezes treinava com ele, às vezes com os outros membros do clã. Todos os dias incansavelmente. "Se vou ter que amargar não ter um filho, pelo menos quero que você seja forte, não leve desaforo para casa, não seja mole, lute. Um dia você poderá servir para alguma coisa, assim eu espero. A não ser que você fuja como a vadia da sua mãe.".
Ele sempre mencionava a minha mãe com algum apelido depreciativo: "a Vagabunda da sua mãe", "a vadia da sua mãe", "a piranha da sua mãe" e outros que eu não vejo necessidade de ficar elucidando aqui.
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Dragão Fantasma
Fanfiction[NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE 18 ANOS] Kira cresceu num lugar ruim e sem expectativas, a mãe fugiu com o amante, o pai a odeia e ela ainda tem lidar com as hostilidades da madrasta. Tudo muda quando o pai a manda para uma missão no Colégio Técnic...