Capítulo 20 "Agora você também sabe!"

64 7 3
                                    

Lim-Sejun chegou com os medicamentos um pouco antes da minha irmã e Dan retornarem com o Mestre Lee.
- Você sabe que ele não pode morrer, mais as feridas dele não está se curando como no seu corpo original. - Mestre Lee explicou olhando para Sung Jin.
- Ele puxou um pouco da minha energia da mutação! - Sung Jin falou.
Mestre Lee olhou para mim e depois para Sung Jin.
- Won-Cho, mais ele está morto agora. - disse olhando para o Mestre Lee.
Mestre Lee me olhou entendendo o que eu estava falando, ele esticou a mão sobre o corpo do Sung Jin e lançou uma magia sobre as feridas, Sung Jin segurou minha mão e gemendo de dor, logo depois as feridas sumiram, mais marcas das feridas ficaram no lugar.
- O corpo dele se recuperará logo. - explicou Mestre Lee. - Alkmene me leve a saída. - pediu ele.
Soltei minha mão do Sung Jin e me levantei, sai do quarto desejando que meus pais demorassem mais ainda para voltar, virei no corredor central e Mestre Lee caminhava lentamente com o bastão na mão, ele esperava que eu começasse a explicar, mas não comecei.
- O Rei vai culpar a morte do Won-Cho ao grupo que está atacando a ele, deixe que ele mire isso a eles, vamos achar um jeito de fazer com que não descubra que você também estava lá. - Mestre Lee explicou o que era para mim fazer.
- Won-Cho era o líder desse grupo, ele ordenou que eles matassem o Tio Won, tem que dar um jeito de falar isso para o Rei e fazer que a morte de Won-Cho foi para salva-lo. - expliquei sem olhar para ele.
Mestre Lee parou de andar e me olhou pensando no que eu havia dito.
- Está me pedindo para dizer que a morte de Won-Cho foi a coisa certa? - perguntou.
Confirmei com a cabeça.
- Sem me mencionar a isso tudo. - falei sorrindo.
Ele olhou para a porta de entrada e soltou um ar pesado, ficou ereto e me olhou novamente.
- Não vou prometer que vou conseguir, porém, vou tentar fazer isso, agora todos da Assembleia Unânime estão furiosos. - ele falou me olhando.
Concordei com a cabeça e abri a porta para ele, ele saiu logo depois e fechou a porta, virei e caminhei de volta para o meu quarto, antes que eu pudesse entrar minha irmã abriu a porta e pegou meu braço e me puxou para o quarto dela, me empurrou para longe me fazendo tropeçar, ela estava furiosa e bateu a porta.
- Pode me contar o que está acontecendo? - ela ordenou cruzando os braços.
- Senta aí! - apontei para o chão atrás da mesa dela.
Ela passou por mim em passos pesados e se sentou na onde eu pedi, olhei em volta e sentei na sua frente.
- Sung Jin, na verdade, é um mutante de almas. - comecei a explicar.
Sua boca ficou entre aberta.
- Como a mamãe? - questionou.
Confirmei com a cabeça.
- Seu nome original é Chamgseob! - disse olhando para ela. - E ele é... - fiz uma pausa.
Ela ficou esperando.
- Ele é meu marido! - terminei por fim.
- OQUÊ? - ela deu um grito.
Dei um pulo ficando ajoelhada e tampando a sua boca.
- Ninguém sabe dos meninos, além do Mestre Lee. - comentei por fim.
- Espera, Chamgseob, o Ceifador, o Rei dos Mortos? - questionou de uma vez.
Confirmei com a cabeça.
- Então isso lhe torna a Rainha dos Mortos? - perguntou toda animada.
Não tinha pensado nisso até aquele momento.
- Não! - respondi seca.
Ela desanimou, de repente arregalou os olhos e segurou meus ombros apertados.
- Então eu vou poder ficar com o Dan! - ela se animou. - Meu Deus! Você é casada! - ela surtou de novo.
Olhou para baixo da altura da minha barriga, coloquei os braços na frente.
- Não! - quase gritei. - Nunca aconteceu! - disse.
- Porque não? - perguntou.
- Porque no dia do meu casamento fomos atacado e o corpo original do Chamgseob morreu e ele fez a Alquimia das Almas e foi para Sung Jin, depois disso eu não consegui me focar, surgia uma missão aqui, outra ali e assim sucessivamente. - expliquei olhando para os meus braços.
- Sua hora vai chegar. - ela falou e esticou o corpo.
- Espera, mais porque disse que agora poderia ficar com Dan? - perguntei.
Ela ficou com as bochechas vermelhas, encolheu o corpo e abraçou os braços em volta do peito.
- Porque eu achei que você gostava dele! - respondeu olhando para baixo.
- Mais eu gosto dele, como primo, assim como Gang. - falei olhando para ela.
Me levantei e sentei ao seu lado, passei meu braço por trás das suas costas e a puxei para mim, ela apoiou sua cabeça no meu ombro e segurou minha mão que estava na frente do meu corpo, ela apertou minha mão e a outra segurava meu hanbok.
- Pode ficar com ele, eu já sou casada! - brinquei.
Ela soltou uma risada e puxou o ar.
- Dan me falou que Gang está saindo de mais a noite e Lim-Sejun me disse que Ahnsoon disse a ele que Oh está saindo de noite também - ela olhou para mim com esperança. - Será que os dois estão saindo as escondidas? - questionou.
Dei de ombros, Gang e Oh estavam juntos naquele dia em que nos encontramos, eles estavam bem próximo, porém Oh não parece ser do tipo que saem as escondidas a noite para encontrar com um homem, ainda mais Gang, apesar que pode acontecer.
- Pode ser! - falei.
Uma batida na porta fez com que eu e Sohn olhássemos para a porta.
- Pode entrar! - Sohn disse.
Dan abriu a porta mais não entrou.
- Sung Jin está te chamando. - ele falou me olhando.
Olhei para ele e depois para Sohn, me levantei cem ela logo em seguida, sai do quarto, Sohn atrás de mim, Dan por último.
O som da voz da minha mãe me fez parar na entrada do meu quarto.
- Será que as meninas estão dormindo? - minha mãe perguntou, provavelmente para o meu pai.
- Espero que sim! - meu pai respondeu. - Vamos dar uma olhada!
Olhei para Sohn que me olhou, depois olhei para Dan, minha irmã passou por ele, provavelmente para ir para o quarto, empurrei Dan para o meu e fechei a porta atrás de mim no silêncio.
- Saiam pela janela. - falei baixinho.
Sung Jin estava de pé no canto da parede, Sung Hoo estava ao seu lado, Lim-Sejun foi o primeiro a sair, depois os gêmeos e por fim Sung Hoo, Sung Jin segurou a minha mão e olhou no fundo dos meus olhos, apontei para Sung Hoo com a cabeça.
- Vão! - pedi.
A porta do meu quarto se abriu, me virei já pensando numa explicação, soltei o ar pesado pelo nariz quando minha irmã entrou e fechou a porta, esticou a coberta no chão, correu e escondeu os panos sujos e o remédio num canto e deitou, fechei a janela e deitei ao seu lado, cobri minha perna e fechei os olhos colocando o braço sobre seu corpo e fechamos os olhos.
Segundos depois a porta se abriu, Sohn estava de frente para mim e de costas para a porta, neguei em abrir os olhos, mais sabia que os dois estava nos olhando, a porta se fechou e eu com Sohn soltamos o ar pesado que estava preso em nossas gargantas, soltamos risadas baixas e nos abraçamos.

Alquimia das Almas: Amor e Lado NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora