Capítulo 26 "As Quatro Famílias de Daeho!"

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A luz do sol entrou no quarto do Dan através da janela que eu tinha certeza que tinha fechado ontem.
Olhei para a janela e logo em seguida para a porta, me sentei no susto quando vi minha tia sentada ao meu lado com o belo vestido rosa rodado e seus cabelos castanhos espalhados na frente dos ombros caindo como água em uma cachoeira com várias ondulações espalhado pelo cabelo.
- Bom dia Tia! - fiz uma reverência com o corpo.
Ela sorri.
- Bom dia! - ela repetiu ainda me olhando.
Passei as mãos nos olhos para afastar a sujeira.
- Quando fui acordar o Gang hoje me deparei com o Dan no mesmo quarto e eu garanto que os dois não dormem no mesmo quarto a mais de quinze anos, então... - ela falava quando eu ainda processava a onde eu estava. - Então quando os acordem eles me disseram que você passou a noite aqui e tive que vir ver se era verdade e aqui está você, poderia ter me avisado que passaria a noite aqui, teria arrumado um quarto mais... - ela fez uma pausa. - feminina. - completou.
Olhei para ela e lembrei a onde eu estava, assim que desabei em lágrimas com os meninos eles me trouxeram para cá, olhei para minha tia e sorri.
- Me desculpa. - pedi. - É que briguei com a minha mãe e não consegui ficar com ela lá em casa, ai eu encontrei os meninos na rua ontem e eles me viram do jeito que eu estava e me trouxeram para cá. - expliquei.
Ela sorri e se levantou, acompanhei ela com o olhar.
- Vou pedir para uma serva ir avisar a sua mãe que você está aqui, enquanto isso, venha tomar café. - ela pediu.
Me levantei e fui junto com ela para a sala.
Somente os meninos estavam lá, colocaram mais um acento a mesa, me sentei lá e olhei para os gêmeos que sorriram para mim.
- Como foi a sua noite? - questionou Dan.
- Obrigada meninos! - agradeci a ambos que concordaram com a cabeça, olhei para minha tia. - E desculpa, tia. - pedi.
Ela segurou minha mão e olhou para os gêmeos.
- Sem problemas, minha sobrinha favorita sempre estará bem-vinda. - falou olhando para mim. - Porém, agora temos que lidar com outro problema. - ela soltou a minha mão e olhou para os gêmeos.
Uma serva colocou o chá nas nossas xícaras.
- Que problema mãe? - Gang respondeu.
- O das mulheres não poderem estar mais na Assembleia Unanime. - falou para os dois como se fosse óbvio.
- Temos que concordar, essa votação repentina da saída das mulheres tem algo de errado. - falei para os três.
- Sim! - Dang-Gu surgiu atrás de mim concordando.
Olhei para ele.
- Bom dia! - ele disse para todos nós, porém beijou sua esposa.
- Bom dia! - respondemos todos ao mesmo tempo.
Ele se sentou na minha frente e colocou a xícara na boca, ingerindo o chá.
Olhei para os meninos que me olharam, voltei a olhar para meu tio que olhou para a esposa.
- Como vamos fazer para colocar vocês de volta lá dentro? - ele questionou a ela como se eu e os gêmeos não tivessem aqui.
Coloquei a xícara no lugar e me levantei.
- Bem, eu vou indo, se não minha mãe é capaz de vir atrás de mim. - dei uma desculpa para sair dali. - Obrigada tia. - agradeci com uma reverência. - Primos, podem me acompanhar? - questionei e ambos me olharam. - Até a entrada da casa! - pedi.
Ambos se levantaram, eles fizeram uma reverência aos pais e saímos da sala. Caminhamos lado a lado até a entrada da casa, coloquei o sapato e virei para eles.
- Me encontrei na casa, vão atrás do nosso primo Lim-Sejun e pede para ele chamar as princesas, vou pegar a minha irmã, daqui a uma hora. - ordenei.
Ambos concordaram, para fingir ele me deram um abraço.
- Até daqui a pouco! - Gang falou na minha orelha.
Sai do abraço e sorri para ambos, dei as costas para eles e continuei meu caminho.
O único problema é que eu não sabia que daqui para frente não sorriria mais como eu sorri para eles agora.
Virei a direita e me assustei com um abraço por volta do meu pescoço, primeiro me senti sufocada, logo em seguida, o cheiro de perfume de flores, em seguida o abraço acolhedor da minha mãe.
Lágrimas brotaram nos meus olhos me fazendo querer chorar, pisquei várias vezes para que isso não acontecesse, ela me tirou do abraço segurando meus ombros.
- Nunca mais faz isso. - ela quase gritou.
- Desculpa! - falei com a voz rouca devido às lágrimas que insistia em querer cair.
Ela sorriu segurando as lágrimas que também insistia em cair, ela me puxou para um novo abraço e me apertou com força, retribui o abraço passando meus braços em volta do seu corpo e a puxando mais ainda para mim.
- Está tudo bem! - ela falou saindo do abraço. - Vai para casa tomar um banho, vou passar na sua tia para conversar com ela. - ela falou sorrindo.
Concordei com a cabeça e me despedi, começamos a andar em direções opostas, assim que ela entrou na outra rua, comecei a correr para casa, entrei no jardim esbarrando no Sung Hoo que estava saindo, ele me olhou de cima a baixo, depois para mim.
- Na casa daqui a uma hora, avisa o Sung Jin. - pedi passando por ele.
Corri mais um pouco entrando em casa, passei pelo meu quarto e entrei no quarto da minha irmã que estava sentada numa mesa de canto com um livro na mão.
- Vem! - a chamei. - Temos um trabalho a fazer.

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Avancei a escadaria do castelo e passei pelos guardas que apenas me olharam, caminhei em direção a biblioteca que tinha que passar por um enorme e longo o corredor.
Entrei na biblioteca que era enorme, cada livro indicava uma história e uma arma, uma arma na qual eu iria usar com o maior gosto.
Passei pelos enormes corredores e longos, com os livros, a minha disposição, caminhei até a última sessão dos livros de história de Daeho, parei de frente para a última estante do corredor, olhei para o maior livro da biblioteca, a qual contava a história correta de Daeho, a verdadeira.
Peguei o livro e caminhei para fora da biblioteca, não era um roubo, era um empréstimo na qual eu iria devolver.
Sohn estava me esperando do lado de fora, fui ao seu encontro e fiquei na sua frente.
- Vamos! - falei saindo andando.
- O que tem nesse livro? - questionou.
Olhei para ela e sorri.
- Você vai descobrir. - respondi.
O sol do meio-dia nos deu mais canseira até chegarmos na casa, na verdade, era a cabana onde eu treinava, assim que entramos, os gêmeos se levantaram, Sung Jin e Hoo desencostaram da parede e as princesas me olharam.
Fechei a porta, caminhei até a mesa e coloquei o livro sobre ela, todos olharam para o livro, olhei para eles.
- Temos que fazer tudo isso acabar, o grupo da Hada, as mulheres serem proibida da Assembleia e o grupo que nos atacou há dois dias! - expliquei o porquê tinha os chamados aqui. - Vamos fazer uma coisa de cada vez, primeiro o da Assembleia e talvez tenha um jeito.
Abri o livro e os irmãos se aproximaram da mesa, os primeiros capítulos contavam sobre a origem de Daeho assim como quem os fundou, somente no capítulo quatro dizia os verdadeiros fundadores de Daeho.
- Daeho foi fundada a mais de 200 anos por quatro famílias fundadoras. - apontei para o primeiro fundador que para mim era a cara do Lim-Sejun. - Seo. - apontei para a segunda família que era um homem e não uma mulher como todos diziam, que era parecido com Gang. - Jin. - apontei para a terceira família, o homem para qual era parecido com Dan. - Park. - apontei para a última família, a qual era uma mulher que se parecia comigo, cabelos brancos e os olhos não eram como a dos outros. - E Jang. - falei olhando para eles. - E pode perceber que as quatro famílias continuam de pé, o que eu quero dizer é que, se usarmos isso contra a Assembleia, podemos reverter tudo isso. - expliquei.
- Está querendo dizer que usaremos as quatro famílias para colocar as mulheres dentro da Assembleia? - questionou Ahnsoon.
Confirmei com a cabeça.
- Os gêmeos e Lim-Sejun estarão lá dentro, se eles conseguirem usar isso, vai dar certo. - disse.
Todos estavam me olhando, parecia que eu era um peixe fora d'água.
- Pode dar certo! - Go Oh falou quebrando o silêncio. - Os meninos são os únicos que estarão lá dentro e que podem nos ajudar. - Oh estava tentando convencer a todos.
- É mais... - Ahnsoon parou de falar e olhou para o livro. - As quatro famílias que fundaram Daeho estarão lá dentro, então é uma vantagem para nós, mas mesmo assim, não sabemos se vai dar certo. - ela se levantou e me olhou.
Concordei com a cabeça.
- Eu sei, mais temos que tentar, seu pai não quer falar com o conselho, o meu está tentando fazer de tudo para fazer os Mestres a mudaram de ideia, mais depois do que fiz eles não querer cooperar. - disse.
Olhei para Sung Jin que acenou com a cabeça para me incentivar a continuar.
- Vamos tentar. - Sung Jin falou quebrando o contato entre a gente. - O que temos a perder, se der errado tentaremos outra coisa e se outra coisa não der vamos pensar em outra e assim por diante.
Ele olhou para todos ali e por fim em mim.
- Vamos tentar. - Sohn falou.
- Eu apoio! - Dan falou olhando para o livro. - Sung Jin tem razão, o que perderemos se tentar? - ele me olhou.
- Até lá vamos contando a vocês o que está acontecendo lá dentro. - Gang falou olhando para nós quatro.

Alquimia das Almas: Amor e Lado NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora