XII - Primeiros Sintomas

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Ali estava eu, totalmente sem saber o que fazer ou falar. De um lado meu pai olhava para Angie todo feliz, olhando em seguida para mim com uma cara de quem estivesse segurando um riso ou sei lá o quê. De outro, Angie, toda sem jeito e ao mesmo tempo surpresa por está vendo meu pai bem ali na sua frente; O silêncio ficou constrangedor, até que meu pai o quebra.

- E então... – Começou ele. – Quer dizer que vocês estão namorando? – Perguntou ele, feliz mas surpreso.

Por um momento, nem eu nem Angie falamos nada, então resolvi falar eu mesmo.

- Sim, estamos pai. Não faz muito tempo, mas estamos.

- Você tem um ótimo gosto para namoradas, filho. – Disse meu pai olhando para Angie e sorrindo; Ela ficou vermelha.

- Obrigado Sr. Still. – Agradeceu Angie, toda sem jeito.

- Leon. – Disse meu pai. – Pode me chamar só de Leon, afinal você é minha futura nora.

Nessa hora não sei quem ficou mais vermelho, eu ou Angie. Acho que todo o vermelho do mundo se concentrou nas nossas bochechas, e meu pai agora estava usando e abusando de algo chamado "Inconveniência".

- Pai! – Resmunguei.

- Oops! Desculpa filho. – Disse ele segurando uma rizada. – Mas e então, você é filha de quem mesmo? – Perguntou ele para Angie.

- Sou filha dos Salles. – Respondeu ela.

- Hum! Uma Salles. Seus pais são ótimas pessoas. Tive o prazer de estar com eles algumas poucas vezes. Realmente meu filho escolheu bem.

- Obrigado novamente.

- Pai. – Falei eu. – O senhor me dá uma licencinha enquanto converso um pouco com a Angie.

- Oh sim, Claro! – Respondeu meu pai se levantando e limpando a areia e a grama da roupa. – Vou dar uma volta por ai. Volto já. Faz tempo que não aprecio esse lugar, e agora então, com essas flores lindas... ficou ainda melhor estar aqui.

- Obrigado. Não vai demorar.

Meu pai então saiu caminhando cachoeira acima. Angie então se sentou ao meu lado, olhando na direção de meu pai.

- A quanto tempo ele voltou? – Perguntou ela.

- Ele chegou hoje cedo. – Respondi – Me pegou totalmente de surpresa, mas fiquei muito feliz com a volta dele.

- Nossa! Que bom que ele está de volta.

- Nem me fale. Até pouco tempo atrás eu nem sequer tinha certeza se meu pai estava vivo e hoje, de repente me deparo com ele sentado na mesa de jantar, esperando o café da manhã. Foi simplesmente incrível!

- Acredito mesmo.

- Falando nisso, desculpe por não ter lhe avisado que ele ia está aqui comigo hoje. Queria fazer surpresa.

- Com certeza foi uma surpresa. Mas não se preocupe, foi uma ótima surpresa e fico feliz por vocês terem se reencontrado. – Comentou Angie. - Você contou a ele sobre mim? – Perguntou Ela, subitamente parecendo mais nervosa.

- Não. Claro que não. – Respondi eu. – Não contaria a menos que você permitisse.

- Não sei. Acho que ainda não estou preparada para que mais alguém além de você, meus pais e nossos amigos mais próximos saibam sobre mim. No caso do seu pai, que foi quem encontrou as primeiras pistas de que tudo isso ia acontecer, bem... acho que seria ainda mais difícil contar. Não sei como ele reagiria sabendo que está na frente de uma suposta aberração da natureza e que ela namora com o filho normal dele.

Os Sete Elementos - A Evolução (Livro 1) - (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora