Capítulo III - Welcome to New York!

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POV Narrador

Enquanto que S/N está encostada à parede coberta de grandes janelas, Natasha está à sua frente praticamente a vibrar de tanto entusiasmo. A mãe olha para ela com um sorriso doce, feliz por ver a filha de volta ao normal.

É sábado de manhã, e mesmo que a ruivinha tenha protestado quando S/N a foi acordar, assim que abriu os olhos e se lembrou do que ia acontecer hoje, disparou para fora da cama com tanta velocidade, que chegou a deixar a mais velha tonta. Nunca na sua vida S/N viu Natasha preparar-se para o dia tão depressa, e para ela o momento mais engraçado foi quando a pequena, ao pequeno almoço, nem sequer se sentou na mesa de jantar, preferindo comer o seu leite com cereais enquanto se estava a vestir no quarto. É correto dizer que por algumas vezes a tigela quase caiu em cima de Natasha, mas todas as vezes ela conseguiu preveni-lo a tempo.

Agora a dupla está no aeroporto à espera que o próximo voo de Londres aterre. Não demorará muito, e é visível o quão impaciente Nat está. Até pessoas que passam por elas percebem o entusiasmo da pequena, e chegam até a partilhar um olhar suave com S/N depois de observar o estado animado da ruivinha.

- Tasha, olhar fixamente para o aviso de aterragem não vai fazer o avião chegar mais rápido. - ri

- Mas está a demorar tanto tempo. - choraminga e cruza os braços à frente do peito

S/N gargalha baixinho da impaciência da filha, aproximando-se dela e abraçando o seu pequeno corpo por trás.

- Eu sei, meu amor. Só mais um bocadinho. - murmura

Mesmo assim, o beicinho de Nat intensifica-se e ela encosta a cabeça ao peito da mãe. Os minutos continuam a passar, mas para a pequena parecem horas. Os seus olhos correm freneticamente todas as pessoas que passam por ali, e um suspiro frustrado escapa a sua garganta pois nenhuma delas é a pessoa que ela procura.

Todavia, o seu corpo relaxa quando a mãe começa a cantarolar uma música baixinho. A ruivinha não está habituada a acordar tão cedo, e isso reflete-se. O seu corpo começa a ficar mole e os olhos vão ficando cada vez menos tempo abertos, e se S/N não estivesse atrás de si, com certeza que a pequena já teria caído no chão. No seu estado distraído, não nota nas duas figuras que se aproximam de si, e reparando nisto, Margot sorri com malícia. Percebendo as suas intenções, S/N olha para a irmã com um olhar reprovador e abre a boca para a repreender, mas tarde demais.

- NATASHA! - grita e gargalha quando a sobrinha salta em susto. A loira chega até a pousar a mão na barriga de tão forte que ri, e ao contrário dela, o olhar matador de S/N intensifica-se

Ainda num estado sonolento, Nat vira-se para a mãe e enterra o rosto no seu peito, ainda abalada com o susto que levou. Com cuidado e carinho, S/N penteia os cabelos vermelhos da filha com os dedos, nunca movendo o olhar matador da irmã. A loira lança-lhe um sorriso amarelo, meia arrependida por ter feito aquilo.

- Olha quem chegou, meu amor. - S/N murmura ao ouvido da filha, sabendo que assim que Natasha vir Margot, o seu sono vai desaparecer instantaneamente

A pequena olha para trás, os braços ainda à volta do torso da mãe, mas tal como S/N previa, assim que vê a tia, dispara na sua direção.

- Tia Margot! - exclama, os olhos arregalados em surpresa e animação, e um gigantesco sorriso ocupa o seu rosto

- Natasha! - exclama, mas desta vez muito mais suavemente e doce, lançando os braços no ar em forma de festejo

Ao chegar à tia, a ruivinha atira-se a ela, abraçando o seu corpo com força. Atrás da dupla, um homem alto e com cabelo castanho claro observa-as com um olhar suave. Nas suas duas mãos estão as malas de viagem dos dois visitantes. Ele é um homem bonito e elegante, sem dúvida o tipo de Margot, e S/N não precisa de muito tempo para perceber que aquele é Ryan.

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