Capítulo XV - Invasão de propriedade e Mudanças

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POV Narrador

- Mamã, está na hora de acordar. - uma familiar vozinha fininha cantarola junto ao ouvido da mais velha

Tentando esconder o seu sorriso, S/N finge não ter ouvido a filha a entrar no seu quarto em bicos de pés e subido a cama. Natasha detesta acordar cedo, mas por alguma razão que a ciência ainda não conseguiu descobrir, todos os fins de semana a pequena insiste em acordar antes das oito da manhã. Precisamente nos dias que podia dormir até tarde, a pequena acorda pouco depois do sol nascer, algo que S/N julga que nunca perceberá porquê.

- Mamã. - cantarola novamente, agora abanando o seu ombro levemente - Acorda, mamã. Hoje vamos ao parque. - sussurra um pouco mais alto, claramente tendo dificuldade em conter o seu entusiasmo

Grunhindo numa mistura de desgosto e cansaço, S/N, num movimento rápido, deita a filha em cima de si e cobre o seu pequeno corpo com o cobertor, fazendo-a libertar uma adorável gargalhada.

- Ainda é muito cedo, bebé. - resmunga, a sua voz ainda pesada de sono - Vamos dormir mais um bocadinho.

- Mas, mamã, eu já não tenho sono. Quero ir para o parque. - retruca ao mesmo tempo que tenta escapar dos braços da mãe

Contudo, assim que S/N traz a cabeça da filha para o seu peito, Natasha relaxa, não conseguindo resistir ao quentinho confortável que o corpo da mãe emana.

- Ainda só são sete da manhã, Tasha. - murmura, ainda mantendo os olhos fechados - O parque a esta hora ainda nem sequer está aberto. - mente, sabendo que na verdade o parque abre às seis da manhã. Mas a pequena não precisa de saber isto...

- Oh... - suspira em desapontamento - Mas depois do pequeno almoço podemos ir ?

- Claro, bebé. Agora, dorme. - sorri e tapa os olhos da filha com a mão, fazendo-a gargalhar

A dupla de mãe e filha realmente acaba por voltar a adormecer em poucos minutos, e da próxima vez que S/N acorda, repara no despertador da mesa de cabeceira que já passaram duas horas.

Um pequeno som nasalado chama a atenção da mãe, que leva os olhos à ruivinha deitada em cima de si. O seu cabelo selvagem está espalhado pelo peito da mais velha, e um pequeno e seco fio de baba escorre pelo canto dos seus lábios. S/N e Scarlett criaram a filha mais fofa, não há como o negar!

Penteando os cabelos vermelhos da pequena com os dedos, a mais velha começa a sentir a ruivinha remexer-se poucos minutos depois. Assim que abre os olhos, Natasha sorri com alguma preguiça, mal podendo esperar por se levantar para poder ir para o parque.

Depois de mais alguns minutos de preguiça, S/N e Natasha acabam por finalmente se levantar. No entanto, depois de a mais velha vestir o robe e se preparar para sair do quarto, é parada por uma mão no seu pulso. Olhando para baixo, encontra a filha a olhar para ela com um irresistível beicinho, e já sabendo do que isto se trata, apenas passa as mãos pela cintura da pequena, e pega-a ao colo. Um murmúrio de festejo sai dos lábios da ruivinha, que deixa o corpo relaxar por completo nos braços da mãe.

- Alguém está muito carinhosa hoje. - S/N diz com um sorriso, passando uma mão afetuosa nas costas da filha

- O que foi ? - levanta a cabeça e olha para a mãe - Eu gosto de ti e dos teus abraços. - encolhe os ombros e volta a pousar a cabeça no ombro da mãe, não lhe oferecendo mais nenhuma explicação

Não se conseguindo conter, S/N sorri largamente perante as palavras da filha, abraçando-a com ainda mais força em resposta. O que é que ela disse ? Filha mais fofa.

- Eu também gosto muito de ti, Tasha. - sussurra e beija um par de vezes a sua testa - Mas agora, quem é que está preparada para um dia no parque cheio de brincadeira ? - pergunta alegremente, pulando um pouco para tentar acordar a filha ainda meia adormecida

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