𝐂𝐚𝐢𝐮𝐬 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 • Eclipse Solar

Diciannove

𝐾𝑂𝐼 𝑁𝑂 𝑌𝑂𝐾𝐴𝑁

Aquelas palavras, soltas ao vento, soprando diretamente para ela a deixando imóvel, pensando e tentando lembrar diversas vezes para ter certeza se ouviu direito.

— O que? — sua voz é como um sussurro quando ela ouve suas palavras repentinas.

Olhares, contra Olhares.

— Quero tocar seu rosto, cheirar seu cabelo, beijar seus lábios, sentir seus batimentos contra mim. — ele declara, dando alguns passos em direção a ela.

Nora estava perdida, tudo que o vampiro dizia agora eram como muitas flechas intensas atingindo seu peito e mente sem avisos prévios.

— Caius... — ela diz se afastando, aqueles olhos vermelhos escuros olhando profundamente para ela fazendo meu coração disparar a cada instante.

Ele continua a se aproximar dela, seus olhos nunca a deixando, nem por um segundo enquanto seus lábios se curvam para cima.
— Não se esconda, humana. Isso é inevitável. — Ele envolve seus braços em volta da cintura dela e pressiona seu corpo contra o dele.

Os lábios da garota se apertam quando ela tem que conter um suspiro ao sentir o toque dele, o toque gentil de mãos frias em sua pele contra o tecido de sua roupa.

Ele passa a mão pelo cabelo dela, puxando-a para mais perto dele no processo. — Seu cheiro é inebriante. Você cheira a mel. —  Sua boca está a centímetros da dela enquanto seus lábios se contraem.

O frágil coração de Aria estava batendo mais rápido do que o normal agora, e ela sabia que o vampiro podia ouvi-lo, senti-lo, algo que a humana odiava, pois o deixava saber o quanto sua presença a afetava.

Suas pálpebras tremulam enquanto ele inala o cheiro dela, suas presas crescendo em comprimento. — Não tenha medo, Nora. — Ele a puxa para mais perto e pressiona seus lábios contra os dela, sua mão segurando seu queixo para evitar que ela se afaste.

Seus olhos se fecham contra sua vontade, uma corrente elétrica percorre seu corpo quando ela sente novamente aqueles lábios gelados contra os dela, quase causando um choque térmico.

Ele a beija apaixonadamente, suas presas apenas tocando seu pescoço de uma forma provocante. — Você tem um gosto divino. —  ele sussurra em seu ouvido, seus lábios lentamente descendo até seu pescoço.

Um arrepio percorre minha espinha, minha mente parecia nublada com tantos acontecimentos e sensações ao mesmo tempo, minhas mãos apertam sua camisa com certa firmeza quando percebo sua aproximação da minha jugular.

Ele lambe o pescoço dela lentamente com sua língua longa e afiada, os olhos abertos enquanto a observa tremer levemente. — Não se assuste. Eu estava apenas provando, não bebendo. — Ele ri enquanto seus dedos envolvem firmemente a cintura dela.

Meus olhos piscam algumas vezes ao sentir Caius me guiar em direção à cama, sentando-me, em seguida sou empurrada afetuosamente mais para trás, apenas para que o imortal possa se inclinar sobre mim, rente aos meus lábios avermelhados.

Caius Volturi, visto como aquele que nunca estende misericórdia, nada nem ninguém pode abalá-lo; mas quando o assunto se torna ela, todo movimento realizado fica fora de seu controle; quando ele menos percebe está desfrutar profundamente os lábios macios de Nora, ele nem consegue controlar os fortes apertos em seu pequeno corpo humano, e quando o faz, percebe um suspiro da garota entre o beijo.

Se ela soubesse que atos simples como esse levam Caius cada vez mais longe de seu autocontrole.

O vampiro teve que se afastar bruscamente antes de ir longe demais; parando na frente da cama, vendo a garota sentada, se ajeitando sem entender nada.

— Eu fiz algo errado? — Nora pergunta timidamente. O que fez o volturi rir baixinho, abaixando um pouco a cabeça.

— Creio que não. — Ele responde, aproximando-se novamente.

— Como? — ela tenta entender, olhando para ele, agora que parou frente a frente mais uma vez. A garota recuou um pouco, quando Caius pousou as duas mãos na cama macia em cada lado do seu corpo, alcançando o seu tamanho.

— Não é sua culpa ser tão tentadora. — ele diz em tom baixo, mas sedutor de alguma forma.

Aquela garota tinha certeza que estava com as bochechas coradas, na verdade, ela nunca havia imaginado ou pensado que um dia, Caius estaria falando esse tipo de coisa para ela, ou que a olharia daquele jeito.

A mão dele passa pelo rosto dela, emoldurando sua bochecha enquanto ele se inclina para mais perto dela. Seus lábios estão a apenas alguns centímetros dos dela enquanto seu olhar se move entre os olhos e os lábios dela, demorando-se por uma fração de segundo no local onde deseja morder seu pescoço.

— Irei deixá-la, por algumas horas, nunca me senti assim antes, seria muito arriscado ficar perto de você. —

E foi tudo o que o vampiro disse antes de desaparecer da frente dela, antes de desaparecer daquele quarto e desaparecer daquela hospedagem.

Nora ainda estava perdida em sua mente, tentando organizar seus pensamentos e formular cada acontecimento.

Tudo ainda parecia estranho e como se não fosse real; mas seu corpo ainda podia sentir as sensações, seu toque frio, lembrando-a do que realmente aconteceu.

Com um mar de sentimentos também nunca sentidos antes, Nora se deitou na sua cama confortável e macia, cobrindo seu corpo por inteiro na cama, conseguindo respirar tranquilamente agora.

Tudo entre eles estava ficando mais forte e intenso a cada dia, e os dois sabiam, tinham a plena consciência de que um dia isso iria acontecer, uma hora o elo que os prende iria  forçá-los a terem um ao outro.

Pois esse era seu destino.

Juntos para toda uma vida, era oque eles precisavam, somente.

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