Quattro

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𝐸𝑃𝐼𝐹𝐴𝑁𝐼𝐴

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𝐸𝑃𝐼𝐹𝐴𝑁𝐼𝐴

De volta ao corredor sanguinário — como Nora o nomeou — a garota andava atrás de Alec, olhando para baixo o tempo todo; além de estar angustiada por estar sendo obrigada a permanecer com os vampiros da realeza, oque Nora menos queria ver naquele instante, seria um salão todo ensanguentado, e com corpos empilhados.

Só de pensar sobre isso, seu estômago embrulhava; Alec podia escutar o coração humano da garota swan, bater mais rápido, a cada passo que davam, a cada vez mais perto de chegar.

Ele sorriu de lado com aquele som, o som do medo e do pavor dela, com um ato que eles praticam quase sempre; nunca se importando com a vida de ninguém.

Nora apertou suas mãos quando estavam quase frente a frente com aquela porta de escamas; contudo, felizmente Caius a abriu antes deles, a fechando logo em seguida, não permitindo a visão de nada que se passava dentro do lugar.

O vampiro superior lutou até onde conseguiu com ele mesmo, para não dar a mínima se a garota chamada Nora estava com medo de ver oque houve com os visitantes; porém, quando ouviu seus passos próximos o suficiente, não teve controle algum de si mesmo, e quando se deu conta, estava impedindo a entrada de Alec e Nora.

— Mestre Caius? — Alec resolve se pronunciar.

— Levarei a humana para onde ficará, a partir de agora. Entre, Alec. — ele ordena, e o vampiro que trouxe a Swan, obedece na mesma hora sem questionar.

Nora observa Caius, que estava um pouco diferente de antes, sem o casaco preto do terno, com os cabelos loiros um tanto bagunçados — o deixando mais atraente, na visão dela. — sua blusa em tom de vermelho escuro, com as mangas dobradas; com essas cores de suas roupas, não permitia ver resquícios de sangue, caso existissem ali, o que fez Nora pensar que ele usava essas cores justamente por causa disso.

— Nem sequer chegou direito, e já está causando incômodo. — diz caius, quebrando silêncio, depois de estarem andando juntos no corredor.

— Como se fosse escolha minha ficar aqui. — Nora retruca, não tão alto, para não parecer rude. Ele ainda era um vampiro, que poderia decidir matá-la sem pensar duas vezes.

— Muito menos minha, mas, creio que tudo fará sentido mais para frente. — Ele diz, sem mostrar expressões, andando em uma postura invejável; a garota se esforçava para não parecer tão desajeitada.

— Ficarei aqui pra sempre? — Ela questiona, com medo da resposta.

— Isto dependerá de você. Este será seu quarto. — Fala Caius, abrindo uma das portas de madeira no corredor, que se diferenciava pelos detalhes de relvas e flores.

Nora para na entrada do quarto, ficando na frente do vampiro, enquanto olhava atentamente cada detalhe de seu novo aposento.

Logo de cara, estava uma grande cama de casal com dossel antigo, exatamente igual realeza, a garota se sentia como se tivesse voltado no tempo; os lençóis eram brancos, de seda, e as cortinas do dossel vermelhas, assim como as cortinas das duas janelas teto ao chão da parede ao fundo.

Na frente de uma das janelas, havia um piano de madeira escura, e na outra, um espelho de chão, da mesma cor do instrumento.

Na frente da cama, tinha uma penteadeira, e como Nora se conhecia bem, com certeza usaria de mesa para escrever e tentar continuar trabalhando por ali, até descobrir como será sua vida, a partir daquele momento; e por fim, do lado da penteadeira, ficava um enorme guarda-roupas.

— Confortável? — A suave melodia da voz de Caius, fez a humana se virar, e vê-lo atrás dela, escorado no batente da porta; finalmente parando de analisar o cômodo.

— Sim, muito. — Nora o responde, evitando encarar seus olhos, pois temia não conseguir parar, como da última vez.

— Irei deixá-la se acomodar, então. — Diz se afastando minimamente, a garota apenas afirma sem dizer nada; porém, antes dela fechar a porta, o vampiro volta para complementar.

— Ah, e iremos mandar alguém para buscar suas roupas, e seus pertences. — Finaliza, e antes que Nora pudesse responder algo, Caius some de sua visão de repente.

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Dois dias se passaram, Nora estava completamente acomodada em sua nova casa, que era classificada como um castelo bem antigo de Volterra.

E nesse exato segundo, a garota se encontrava sentada sobre apenas um lenço azul claro que trouxe consigo, para passar um pouco da tarde em um dos parques arqueológicos; este ficava logo atrás do castelo, pois, a construção era uma relíquia histórica.

Havia algumas pessoas por ali, fazendo pinique, casais lendo juntos; Nora admirava tudo isso, juntamente com a paisagem, enquanto aproveitava seu biscoito.

Ela gostava de sentir aquele calor do sol novamente, a lembrava de casa, e de sua mãe.

Entretanto, resolveu se retirar, voltando para seu quarto, quando começou a se sentir observada; provavelmente, deveria ser Demetri ou Felix pelas sombras.

Mas ainda sim, a garota não gostava disso, não era como se ela fosse sair correndo e fugir; mesmo querendo muito.

A humana, agora, andava pelos corredores em busca da única porta diferente entre todas, que era de seu quarto.

— Isto é imprudência, Aro! — Nora escuta, em alto e bom tom, vindo de portas duplas no meio do corredor, que por acaso, estão entre abertas.

Seria muito errado de sua parte, escutar a conversa alheia, contudo, percebeu que falavam sobre ela; não pensando duas vezes, e indo bem perto para poder ouvir.

— Então, estou curioso para saber, o que te fez mudar de ideia. — Era Marcos quem falava.

— A visão de Alice. — Aro, responde simplista. Recebendo um murmuro de Marcos, para ele continuar. — Pude ver aquela garota, Nora, sentada ao lado de Caius, enquanto ele tocava piano. Nosso irmão estava plenamente feliz, seus olhos não eram mais vermelho sangue, e sim dourados, que refletiam ao olhar para os dela, que eram vermelho scarlet, de uma recém imortal.

Nora parou de escutar a partir disso, como assim recém imortal? Iriam transformá-la em seres como eles? Caius estaria feliz ao seu lado? Então, seria por causa disso que estariam a mantendo em cárcere privado? Ela estava sendo uma aposta, que provavelmente irá fazer bem ao irmão velho deles, que não sente felicidade a séculos? Fala sério.

Ela tinha coisas muito mais importantes na sua vida do que agradar um rei vampiro, que reclamou dela na primeira conversa; estava decidida a não participar disso.

Por isso, virou de costas, pronta para sair daquele lugar; se não tivesse alguém atrás de si.

— Iria a algum lugar, humana?

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𝐂𝐚𝐢𝐮𝐬 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢 • Eclipse SolarOnde histórias criam vida. Descubra agora