Carlos Gabriel POV
Eu estou em um banheiro agora, saindo dele e seguindo por um corredor até um quarto totalmente rosa. _De novo...__ Entro no quarto e vou direto até o guarda a roupa na parede à direita, abrindo a segunda gaveta e tirando a minha faixa...
Todos os dias eu a uso antes de ir ao colégio. Isso me faz sentir melhor, sendo a única forma de expressar no meu corpo que eu sou um garoto...
Eu só não contava com a porta destrancada.
De lá entrou a mulher que deveria ser a minha mãe. E ela estava furiosa.
-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? POR QUÊ ESTÁ USANDO ISSO?-Perguntou enquanto me empurrava na cama e puxava a faixa das minhas mãos.
-I-Isso é quem eu sou mãe. E eu já cansei de tentar te mostrar que eu sou assim!!!
-Pois então veremos como o seu pai vai resolver isso.- Em seu olhar havia um ódio que eu nunca tinha visto antes. Decepção.
Eu temi pelo que aconteceria comigo quando ele soubesse. Afinal, ele é o tipo de homem que lida com os assuntos de forma extrema.
Decidi que seria melhor me vestir antes que adentrassem novamente o meu quarto. Dito e feito. Alguns minutos depois ele entrou, com o cinto em uma mão e uma corda em outra.
-O que você é?-Ele me perguntou com um sorrisinho no rosto.
-Eu sou um homem.-Disse com toda a coragem e firmeza que tinha dentro de mim, mas que se esvaiu após o primeiro golpe que ele deu com o cinto nas minhas pernas.
E assim se seguiu mais 10 golpes.
Após acabar, eu estava deitado na cama e com as minhas pernas formigando e
latejando.-Eu vou perguntar mais uma vez, aberração. O que você é?
-E-E-Eu sou u-um h-home-em.-Disse com certa dificuldade por causa dos soluços que saiam de minha garganta sem a minha permissão.
Ele então segurou em meus braços a força, já que eu me debatia, e amarrou a corda que havia trazido consigo em meus pulsos.
Sempre me perguntei o motivo do teto do meu quarto ter um pequeno gancho, se não usávamos nada ali em cima... Bem, hoje serviu para algo.
Ele amarrou a outra extremidade da corda naquele gancho e isso me fez ficar alguns poucos centímetros acima do chão. Senti ele esmurrar minha barriga seguidas vezes. Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, maldita pergunta. dez. E novamente a
-O que você é, aberração?
Após o silêncio da minha parte, ele saiu do quarto e me deixou ali com a desculpa de que estaria me deixando refletir. Não sei ao certo quantas horas se passaram, mas um longo tempo depois ele voltou e deu um último tapa no meu rosto.
-Vamos lá. Novamente. O que você é, aberração? -Ele estava sorrindo. Ele sabia que eu já não aguentava mais...
-U-Um-ma m-mulhe-e-er
Meu corpo e minha mente não aguentariam outra surra. Então foi automático. Ele me soltou, colocou uma roupa qualquer no meu corpo, apalpando as coisas que eu mais odiava que eram os meus seios, dizendo que eu era uma mulher e que aqueles pensamentos eram errados.
Depois de me vestir, me forçou a entrar dentro de seu carro e me levou até a igreja do nosso bairro, onde lá os religiosos começaram a me xingar e me chamar de demônio. Os meninos maldosos começaram a dar tapas no meu corpo, e o que pude fazer foi correr com eles atrás de mim.
Corri por muito tempo, mesmo que minhas pernas já quisessem ceder, até que tropecei ao entrar em um beco sem saída, sentindo os chutes por algum tempo até que eles parassem e eu ouvisse gritos femininos.
Após isso minha vista embaçou e então eu percebi que eu estava sonhando com aquele dia de novo, e comecei a chorar como um verdadeiro bebê. Jogando a chupeta que antes estava em meus lábios longe, e abraçando meu próprio corpo, arranhando-o vez ou outra.
Aquilo era o pesadelo que eu nunca esqueceria.
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littleSpace
Fanfictionmarilia, 26 anos, é uma Mommy por natureza, à procura de sua Little Girl. maraisa, tem 20 anos, forçada a amadurecer muito cedo, se encanta por marilia, quase que imediatamente. Uma não conhece a história da outra, mas os instintos naturais são mais...