Nada flor.

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Terça feira, dia 25 de julho (07:00)

Acordo, e saio da cama tentando não acorda Henrique, pego uma muda de roupa e vou para o banheiro, quando termino o banho eu me visto e saio do banheiro, vejo que Henrique ainda está dormindo então eu desço para a cozinha. Como sempre vejo Pedro na cozinha, me junto a ele, pego uma maçã e vou comer.

- Bom dia. - falo me sentando.

- Bom dia. - fala.

- Vou trabalhar hoje, talvez eu volte um pouco mais tarde. - aviso.

- Não volta muito tarde tá bom. - afirmo.

Termino de comer, pego a chave do meu carro e minha bolsa, e vou para o restaurante, chegando lá vejo que está bem movimentado, hoje já é dia 25, meu acordo com Henrique vai acabar logo, logo. Eu espero que ele se lembre que temos um acordo.

Vou para minha sala, fico mechendo no computador até receber uma mensagem no meu celular.

"Saudades"

Essa foi a única coisa que um número desconhecido me mandou. Não respondi, talvez seja alguém passando trote. Desligo o celular e volto a mexer no computador, mas recebo uma mensagem de novo, do mesmo número.

"Vai ficar me ignorando mesmo?"

Desligo o celular, não respondo a mensagem, mas de novo recebo outra mensagem.

" bom, que não vai me responder vou ficar te observando amor."

Fico arrepiada, com essa mensagem. Quem é esse doente?

Olho pros lados mas não vejo ninguém na minha sala, vou na janela da minha sala e olho na rua mas não tem ninguém, olho no prédio quem tem em frente do meu restaurante e vejo alguém acenando para mim.

Não dá pra ver o rosto pois a pessoa está de máscara, e todo de preto. Fecho a janela bem rápido, tento me acalmar. Viro pra ver se tem alguém lá, mas não tem.

Acho que é coisa da minha cabeça.

Volto ao trabalho, e tanto esquecer o que eu vi.

[...]

Quando terminei as coisas no meu escritório eu fui comer ali mesmo no restaurante, quando terminei de comer voltei para a minha sala, mas logo entra alguém. Olho pra ver quem é e vejo Henrique.

- Olá. - diz todo sorridente.

- Oi. - falo.

- Tá tudo bem? - pergunta.

- Sim, por que eu não estaria? - falo sorrindo de leve.

- Você perece está nervosa, desconfortável sei lá. - fala preocupado.

- Tá tudo bem, não precisa se preocupar. - falo.

- Bom vamos. - fala me chamando.

- Pra onde? - pergunto.

- Para o quinto andar. - fala. - temos que dar uma entrevista de como está sendo nossa parceria. - me levanto chocada.

- Como assim? O nosso acordo está quase acabando, por que temos que fazer isso? - pergunto.

- Eu sei que nosso acordo está prestes para acabar, mas temos que manter seu restaurante no ritmo até nosso acordo acabar. - afirmo e vou com ele no quinto andar.

Ninguém me avisou sobre essa entrevista. Chegando no quinto andar vejo que tem um monte de gente, andando pra lá e pra cá, vejo um monte de câmeras, um monte de aparelhos. Eu começo a suar frio. Nunca dei uma entrevista, estou nervosa.

- Calma Kelly. - fala Henrique me olhando.

- Henrique tô com medo. - falo nervosa.

- Não precisa ter medo, eu vou estar ao seu lado. - ele dá um beijo em minha testa, e sorri logo depois.

Fico mais calma com isso. A gente fica esperando até começar a entrevista.

[...]

Tô exausta, nunca imaginei que a entrevista ia ser tão longa assim, eu esperava que ia ser uma coisa rápida sabe, eu esperava pelo menos isso, mas tá bom né, pelo menos meu restaurante vai ter mais conhecimento.

- Tô cansada. - falo me sentando na cadeira. Eu e Henrique tinha acabado de entrar na minha sala.

- Também. - fala se sentando também. - Eu esperava que fosse mais rápido a entrevista.

- Sim.

- Kelly. - fala chamando minha atenção.

- Hum?

- Eu realmente não tenho chance com você né? - sinto meu coração acelerar.

- Henrique...

- Não precisa falar nada, eu entendo, eu nunca fiz seu tipo, e você não me vê como outra pessoa para você a não ser um parceiro de trabalho. - fala meio triste.

- Henrique...

- Tá bom Kelly, eu já estou indo. - me corta de novo.

Ele sai da minha sala me deixando só, fico observando a porta por um bom tempo. Por que ele nunca me deixar falar? Eu realmente ia falar para ele, que eu gosto dele, mas ele nem deixa eu falar que saco. Se ele me ouvisse pelo menos uma vez na vida, talvez ele não pensaria assim.

Já era 19:00, eu pego minha bolsa e a chave do meu carro, saio do restaurante e vou em direção ao meu carro. Mas alguém me pega por trás tampando meu nariz, deixo minhas coisas cair enquanto eu me debato, tento resistir mas a minha força é inútil contra a força da pessoa.

[...]

- Ela não vai acordar? - escuto uma voz feminina.

- Vamos esperar. - escuto outra voz mas essa é de um homem.

Abro o olho, mas minha vista é impedida com um saco na minha cabeça, não consigo ver nada com esse saco na minha cabeça.

- Quem são vocês? - falo com medo. - O que vocês querem comigo? - pergunto.

- Nada flor. - a voz do homem me faz estremecer.

- Vai dormi vai, já são 22:00, amanhã você vai saber quem a gente é. - fala a voz feminina.

Escuto uma porta se fechar, fico no mesmo lugar, com o saco na cabeça, grito por socorro várias vezes mas ninguém aparece. Acho que estamos longe da cidade. Eu tenho certeza que conheço a voz daqueles dois, eu conheço de algum lugar mas não sei de onde.


Esse capítulo foi pequeno, mas o próximo vai ser grande prometo!!

The DealOnde histórias criam vida. Descubra agora