Deixa ela Manuel.

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Sexta feira, dia 28 de julho (07:00)

Acordo com a cabeça doendo, minha cabeça está latejando de dor, é uma dor insuportável. Acho que minha cabeça vai explodi. Não me lembro de muita coisa de ontem, só lembro que Manuel bateu em mim e na Samantha, e do tanto que ele me bateu, eu acabei desmaiando. E a última coisa que eu ouvi foi Samantha gritando para Manuel parar de me bater.

Não quero nem imaginar o que ele fez com ela, quando ele terminou de bater em mim. Será que ele descobriu que Samantha foi falar com Henrique? Ou será que ele ouviu a minha conversa com Samantha? Espero que Samantha esteja bem.

A porta abre, só foi eu pensar em Samantha que ela apareceu, ela tá com o rosto todo machucado, seu rosto está diferente, e muito diferente por causa dos machucado, será que Manuel bateu mais ainda nela depois que eu apaguei? Meu coração chega a doer, por que tem que ter um monstro desse no mundo?

- Trouxe seu café da manhã. - fala dando um leve sorriso.

- Obrigado. - falo.

Samantha vem até mim, bota a comida em meu colo, e desamarra a minha mão.

- Não tenta fugir tá, come que depois eu te amarro de volta, se não Manuel vai bater na gente de novo. - fala se sentando no chão, e fica me olhando comer.

- E ai, conseguiu falar com ele? - pergunto curiosa.

- Sim, as 19:00 horas ele vem resgatar a gente, Manuel não sabe então relaxar. - fala.

- Então por que ele bateu na gente ontem? - pergunto.

- Quando você apagou, ele disse que bateu na gente por prazer, ele disse que sente prazer em bater na gente. - fala meio triste. - sinto muito Kelly, foi eu que botei a gente nessa, espero que a gente saia dessa.

Começo a comer meu café da manhã quando termino Samantha se levanta para amarrar minha mão de novo.

- Samantha aqui em baixo tem banheiro? - pergunto.

- Sim, mas não posso soltá-la. - fala me olhando.

- Eu to muito apertada, por favor. - imploro.

- Tá bom, vai mas seja rápida. - fala soltando meus pé.

Ela me guia até o banheiro que eu nem sabia que tinha, tava bem escondido, uso o banheiro o mais rápido o possível, e volto para minha cadeira, me sento e Samantha me amarra de novo.

- Vou indo, quando for a hora do almoço eu venho aqui de novo. - afirmo.

Samantha sai do porão me deixando só. Nunca imaginei que aquele mostro ia querer bater na gente por prazer, aquele cara tem problema, no banheiro tinha um espelho, vi meu reflexo, eu estava com o rosto limpo, Samantha deve ter me limpado ontem, Samantha é uma mulher tão linda ela não deveria sofrer na mão daquele cara.

Ele é um monstro, espero que Henrique consiga salva eu e Samantha, pois não estou mais aguentando ficar aqui, isso tudo está me sufocando, não estou aguentando mais, espero que Manuel não apareça mais por hoje, não aguento mais apanhar daquele vei, peguei ranço dele, peguei ódio.

Nunca desejei a morte de alguém como estou desejando a de Manuel, espero que ele apodreça na cadeia, que morra provando do próprio veneno, pois é isso que tem que acontecer. Não suporto mais ser judiada, na mão desse urubu, não aguento mais ele. Tudo que eu quero agora é minha casa, minha cama, meus filhos ao meu lado, só isso que eu queria agora.

[...]

Deu a hora do almoço, pois Samantha estava aqui no porão me dando comida na boca, Manuel não apareceu até agora, pelo menos prefiro que ele me bate do que me estrupar, prefiro que ele me mate.

The DealOnde histórias criam vida. Descubra agora