🧚🏻♀️ Boa leitura
Pedido: Eu mesma (:pov. Sarah Castro
ᵐᵃⁱᵒ 2022
Senti ele enlaçar os braços em minha cintura e ocultei o sorrisinho que o gesto colocou nos meus lábios.
- Oi Joaquín, como você está? - Coloquei o café no balcão, virando para o jogador e enlaçando as mãos na sua nuca.
Ele tinha um sorriso adorável, que iluminava seu rosto inteiro.
- Agora, perfeitamente bem, mi amor. Senti sua falta, Sarinha. - Ele fez um biquinho e eu ri, depositando um beijo leve em seus lábios para demanchá-lo. Adorava a forma como ele dizia meu nome, ou o diminutivo dele, com aquele sotaque e ainda mais quando vinha acompanhado dos beijinhos que ele depositava em minha escápula.
- Você viajou por dois dias, Joaquín. Como teve algum tempo para sentir minha falta? - Ele se afastou um pouco, sem tirar as mãos de mim, me olhando com o máximo de carranca que ele conseguia fazer.
- Quer dizer que você não sentiu minha falta, Sarinha? - Questionou, todo tristinho.
- E eu lá sou mulher de sentir falta de ficante, Joaquín. - Gargalhei, afastando o jogador. - Tive dois projetos para concluir, além de ter que cuidar da Daisy para a Clarice, lavar roupa, organizar esse apartamento inteiro. - Fiz um gesto pelo apartamento, apontando para a gatinha branca da minha irmã, que saltitava pela sala.
- Tudo bem senhorita "fiquei o fim de semana inteiro ocupada e não tive tempo de pensar no amor da minha vida." - Ele voltou a enlaçar minha cintura e tomou meus lábios, impedindo que eu retrucasse a parte que ele se autodenominava o amor da minha vida.
- Bom, eu senti muita falta da minha ficante. Então, o mínimo que você pode fazer por mim, nesse momento, é ficar comigo, não? - Ele me deu um sorriso malicioso, me lembrando momentaneamente que às vezes ele parece ser uma criança inocente e às vezes parece ser um sem vergonha, pronto para arrancar minhas roupas em qualquer lugar.Droga, eu senti falta dele. Que humilhação.
- Claro, eu faço esse sacrifício. - Ele me levantou no susto, me fazendo enlaçar as pernas em sua cintura, me beijando, enquanto seguia o caminho até o meu quarto. Caminho que conhecia decorado de tantas vezes que me levou até a minha cama, me beijando.
Eu conheci o Joaquín quando estava trabalhando em um projeto no CT do Palmeiras no final do ano passado. Meu primo, Scarpinha, me conseguiu o trabalho e foi importante para o meu currículo e também porque eu conheci o novo greengo que tinha chegado ao time.
Joaquín era um fofo. Em primeiro lugar, ele só conseguiu chegar em mim, porque Gustavo o arrastou e nos apresentou. Se eu precisasse contar com esse querido para tomar alguma iniciativa, nada teria acontecido.
Não que algo esteja acontecendo agora. Piquerez se tornou um amigo. E logo depois, nossa amizade passou a ser patrocinada pela Faber-Castell. Mas, é só isso. Pura e simples amizade.
- Assim, Joaquín. - Gemi manhosa, quando ele apertou meu seio esquerdo e abocanhou o direito.
Como eu ia dizendo, a mais pura e...
Ai Deus. Ele arrastou alguns beijos pelo meu corpo, até chegar onde realmente queria.
- Te sentindo desse jeito, eu posso jurar que você sentiu minha falta. - Ele disse meio rouco, com um sorriso convencido nos lábios. Nem vou me dignar a narrar o resto, porque já ficou perfeitamente claro que com algumas poucas palavras e mínimas ações, Joaquín consegue desconfigurar todo o meu sistema nervoso e reprogramá-lo para algo que reage a qualquer estímulo que venha dele. Parafraseando à mim mesma, que humilhação!