Giovani

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🧚🏻‍♀️ Boa leitura
Pedido: Eu mesma

🧚🏻‍♀️ Boa leitura Pedido: Eu mesma

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P.O.V Alana Souza

   Como é possível existir um friends to lovers por aqui, se há alguns meses nem amigo eu tinha?

   Nescau —— Meu gatinho marrom —— miaria que sempre esteve ao meu lado, mas, no momento, eu estou falando sobre um ser humano. UM SER HUMANO.

   Um ser humano muito fofo, diga-se de passagem. Que comprou os ingressos para assistir a adaptação literária de um dos meus livros favoritos e me trouxe ao cinema!

   Nesse momento, as borboletas descontroladas no meu estômago não estão nem me permitindo analisar que mudaram até o DNA dos meus personagens favoritos. Ele está segurando a minha mão, fazendo um carinho bom.

   Como alguém que lê livros de romance descontroladamente e assiste todas as novelas possíveis, eu gostaria de informar que não estou mentalmente preparada para esse tipo de emoção na vida real.

   Primeiro que nós dois nos conhecemos porque ele esbarrou em mim na rua. Esbarrar em alguém é apenas a forma mais clichê que existe de conhecer o amor da sua vida. Minha eu de 2015 que vivia lendo estórias com títulos duvidosos no wattpad teve um colapso e desmaiou, mas passa bem.

   Ele estava apressado, porque tinha se atrasado para o aquecimento. Ele se virou com uma sugestão de risada nos lábios, perguntando se eu estava seguindo ele. Meu coração errou o compasso e eu quase gaguejei quando respondi que provavelmente estávamos indo para o mesmo lugar, já que o Allianz era logo ali.

   Em poucas linhas, já era de se imaginar que meus traquejos sociais não fossem dos melhores.

   Ele me acompanhou, mesmo que estivesse apressado. Perguntou se eu era maluca por ir até o Allianz sozinha em dia de Derby. Respondi que uma amiga mais maluca que eu estava me obrigando.

   Conversamos sobre chuva, cafés, futebol, amigos malucos, gatos e um montão de outras coisas. No fim, ele disse que estava feliz que minha amiga tinha me obrigado a ir até lá, mas pediu que eu tomasse cuidado.

   Alguém por favor pode checar minha pressão? Eu acho que ela caiu aqui quando ele sorriu para mim e me disse que tinha sido ótimo esbarrar comigo.

   Um fofo.

   Depois disso, coincidentemente, começamos a nos encontrar em todos os lugares possíveis. Na padaria, quando eu fui comprar pão de pijama, parecendo um pinto no lixo, na praça, no ponto de ônibus. É aquilo, quando você conhece a pessoa e percebe que já tinha visto ela um milhão de vezes.

   A casa dele era bem perto da rua da minha. É possível que ele tivesse passado por mim inúmeras vezes, mas agora ele não era apenas um estranho na rua. Era o menino que segurava minha mão no cinema e trazia para a realidade as cenas que eu achava que só viveria na minha mente.

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