Joaquín Piquerez

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🧚🏻‍♀️ Boa leitura
Pedido: sinoahcat

P.O.V
Isadora Monteiro

- Cariño, vem aqui. - Joaquín tentou me abraçar pela cintura, mas eu me afastei. Fiz uma careta, colocando uma almofada entre nós dois.

- Nem me vem com isso de cariño, Piquerez. O único carinho que cê vai ter aqui, vai ser a minha mão na sua cara.

- Dorinha... - Ele chamou, daquele jeitinho manhoso, com o sotaque arrastando ainda mais meu nome. Droga, Joaquín sabia como eu gostava quando ele me chamava assim, mas, dessa vez, não funcionaria.

- Joaquín. - Briguei, colocando a almofada como um escudo, mas aquele desocupado continuou se aproximando.

- Não faz isso comigo não, Dora. Eu quero ficar de bem contigo. - Fez um biquinho como se isso fosse me convencer de alguma coisa.

Puff.

Patética.

A forma como estava quase funcionando. Quando foi que eu fiquei tão boba por esse sonso?

- Eu quero ficar de bem contigo. - Imitei e ele se segurou para não rir. - Não ri de mim, eu tô falando sério. - Bati com a almofada de leve no rosto dele. - Pensasse nisso, antes de fazer besteira. Agora, eu vou pro meu quarto, porque olhar para sua cara tá me irritando.

- Por que eu sou lindo demais e você quer continuar brava, mas não consegue resistir? - Exatamente.

- É bom você ter sumido da minha vista quando eu sair daquele quarto, Piquerez. E essa gracinha te rendeu duas noites no sofá. - Sorri cínica, colocando a almofada no sofá e andando calmamente até o nosso quarto. Fechei a porta com mais força do que o necessário e gritei comigo internamente. QUEBRA DESGRAÇA!

Eu estava tão irritada, que poderia passar o dia inteiro imaginando como seria bom tacar uma chinela na cara do Joaquín. É como dizia minha mãe: Mente vazia, oficina do cão. Resolvi fazer algo de útil, já que teria um evento na faculdade e cancelaram as aulas de alguns cursos, para utilizar o espaço.

Comecei a leitura de um livro de introdução ao Cinema, assisti um documentário e anotei os pontos de análise para a próxima aula, deitei no chão da sala olhando para o teto, até que resolvi limpar a casa. Fiz uma faxina simples, só para a Dona Luzia não achar que nós vivemos em um lixão. É basicamente como escovar os dentes mais vezes antes de ir ao dentista.

Sabia que Joaquín chegaria com o almoço depois do treino, porque ele foi o sorteado dessa semana, então nem me dei ao trabalho de cozinhar. Deitei no sofá e fiquei conversando com a minha irmã por mensagem, até resolver levantar e romantizar um pouquinho a vida na padaria que tem aqui perto.

Mesmo irritada, comprei uns pãezinhos para mim e para aquele sonso e fui andando mesmo até o prédio. Cheguei em casa e a porta estava só encostada, o que significa que meu colega de apartamento já tinha chegado.

Encontrei as caixinhas do restaurante chinês lá de perto do CT e comecei a me servir, colocando os pães no balcão, até notar a bagunça que estava por ali.

- Não Joaquín. - Ri, mexendo nas várias caixas ali. O desgraçado comprou todos os meus pontos fracos: Doces e salgadinhos de festa infantil. Tinha bolinha de queijo, canudinho, beijinho, brigadeiro com granulado. Meu Deus.

- Então, estou perdoado? - Apareceu, secando os cabelos com uma toalha e nem se dignou a colocar uma camisa.

- Então, você acha que pode me comprar? - Devolvi e ele me abraçou pela cintura, me fazendo colocar as mãos atrás de sua nuca, involuntariamente.

- Tu gastou quanto com tudo isso, Joaquín? - Antes que ele respondesse, eu soltei uma risada. - Esquece, tu é rico.

- Dora, me desculpa por ter ido naquela festa sem ti. Eu nem ia, mas tu tava naquele festival de filmes e os meninos precisavam de um motorista. Eu te juro que fiquei só no cantinho e só faltei colocar uma plaquinha no pescoço dizendo "Tenho namorada". - Se justificou.

Que???

Sério que ele acha que eu fiquei brava por conta da festa?

- Quem jura, mente. - Brinquei um pouco. O coitado tava preocupado com isso?

- Não tô mentindo, cariño. Pode perguntar pro Veiga e pro Giovani. - Fez uma expressão nervosa, me fazendo rir. Meu Deus, ele é tão bonitinho.

- Joaco, eu confio no que você sente por mim e confio no nosso relacionamento. Não estou brava por conta da festa. Você me mandou áudios a noite inteira bem. - Depositei um beijo em seu rosto, sentindo ele suspirar aliviado.

- Então, nós estamos bem?

- Estamos sim. Mas, da próxima vez que você jogar dois "+4" quando eu já estiver UNO, não vai ser tão fácil assim. - Respondi, pegando meu almoço, antes de comer meus salgadinhos e doces.

- Não Isadora. Tu fez tudo isso por uma partida de UNO? - Questionou, me seguindo até o sofá.

- Fiz, ué. Vê se aprende e não faz mais. - Sorri cinicamente.

Ele me olhou todo apaixonadinho, antes de me jogar no sofá, me fazendo soltar a comida na mesinha, antes de me beijar.

É, existe doido pra tudo mesmo.

Notas da autora

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Notas da autora

🧚🏻‍♀️ Oii. Como vocês estão?

🧚🏻‍♀️ Bem, o imagine deveria ser uma briga, mas eu acabei descobrindo que não sei escrever brigas. Mas, eu vou testar nos próximos capítulos. Por enquanto, espero que tenham gostado desse aqui <3

🧚🏻‍♀️ Cliquem na estrelinha e deixem seus comentários, eu vou adorar ler e interagir com vocês.

🧚🏻‍♀️ Deixem seus pedidos no capítulo "🌙☕️"

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