🧚🏻♀️ Boa leitura
Pedido: sinoahcatP.O.V
Heloísa Sousa- Mamãe, me ajuda. - Ouvi um gritinho de Manuela, seguido daquela risadinha gostosa de ouvir.
Continuei tirando as coisas que Raphael tinha comprado da sacola, esperando que os dois invadissem a cozinha, o que aconteceu alguns segundos depois.
- Não, não manuzita. A mamãe não pode te ajudar dessa vez. É a tradição da família. - A menininha fez uma careta, correndo para se esconder atrás de mim. - Amor, diz que ela não pode fugir, por favor. - Raphael pediu, depositando um beijo em minha bochecha, enquanto tentava alcançar a pequena.
- Manu, sabe que eu amo você e que é quase a morte para a mamãe dizer essas palavras, mas o papai tá certo. É a tradição. - Fingi que estava triste, enquanto me agachava, apenas para ganhar sua confiança e continuar com as cosquinhas.
- Obrigada Heloísa. - Raphael retrucou com um sorrisinho e eu revirei os olhos, voltando logo minha atenção para a menininha.
- Para mamãe, para. - Ela falou, rindo daquele jeito que me fazia derreter. Parei um tempinho depois, depositando vários beijinhos em seu rosto.
- Feliz aniversário, minha linda. - Ela me abraçou apertado.
- Obrigada mamãe. - Me deu um beijinho, antes de correr para perto do pai.
- E de que vai ser meu bolo hoje? - Perguntou, depois de Raphael pendurá-la nos ombros.
- O seu preferido, meu amor. - Sorri. - Doce de leite com maracujá. - Ela sorriu, fazendo Raphael rir junto.
- Ei papai, me desce. O Dadá não me deu feliz aniversário.
- Seu irmão tá dormindo, minha princesa.
- E? Eu acordei mais cedo no aniversário dele para dar os parabéns. Ele tem a obrigação de fazer o mesmo. - E saiu correndo para o quarto do Davi, sem dar tempo de Raphael a impedir.
- Ela parece com você. - Ele disse todo bonitinho, se aproximando de mim.
- Linda né? Eu sei.
- Eu ia dizer meio doidinha, mas também puxou a sua beleza. - Olhei ultrajada, entregando as caixas de creme de leite e leite condensado para ele lavar na pia. - Então, como você está? Eu cheguei ontem do jogo e você já tava babando no travesseiro. - Parei de abrir o maracujá, para encarar meu marido.
- Raphael, eu estou com uma faca na mão. Tu acha legal seguir por esse caminho? - Ameaçei e ele sorriu, porque gosta de brincar com o que tá quieto. - E eu não babo.
- Se você diz. - Deu de ombros, voltando com as caixas higienizadas.
- Mas, e aí, como foi na confeitaria? - Indagou e eu respondi empolgada sobre o meu dia.Eu adorava a forma como o Rapha sempre estava interessado em mim.
Não que ele gostasse do assunto, duvido que alguém além de quem trabalha com isso goste de ouvir descrições detalhadas sobre bolos, docinhos e coisas do tipo. Mas, ele se interessa, porque eu gosto. Assim, como eu escuto com toda atenção do mundo sobre os treinos e os jogos, porque ele fica todo empolgado e feliz quando está me contando.